20 de mar. de 2010

Quem exige no porto


Portos brasileiros exigem trabalhador mais qualificado

Foi-se o tempo de carregar peso. Agora, homens e mulheres têm oportunidades iguais.
O que vale é o preparoExiste um ramo que ancorou de vez na modernidade: trocou o trabalho braçal por tecnologia e agora é disputado por gente bem qualificada.Menos força física e mais qualificação: a exigência vale para selecionar profissionais em qualquer porto brasileiro.
O trabalhador portuário Edson Santos viu essa transformação acontecendo:
“O profissional precisava ser forte. Hoje ele tem que ser tranquilo, consciente, profissional, operando máquinas e todos os equipamentos”.
São máquinas pesadas, que requerem treinamento.
É preciso dominar a tecnologia para executar uma simples manobra.
“Hoje exige conhecimento no manuseio dos botões para trabalhar nas pontes rolantes, nos guindastes de bordo. Antigamente era só uma alavanca com dois movimentos.
Um equipamento desses, hoje, faz oito movimentos”, compara o diretor do Ogmo-ES Amilton Loureiro.“Para o funcionário, isso é bom. À medida que você aprimora o parque de equipamentos, também aprimora o conhecimento do trabalhador”, elogia o gerente de Operações do Porto de Santos Marco Antônio Oliveira.
É um mercado de trabalho cada vez mais disputado.
No último concurso, feito no Espírito Santo, foram mais de cinco mil inscritos
– relação de 8 candidatos por vaga.
Quem foi aprovado e já está no serviço ganha salário que, na média,
fica entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.
Atualmente, só pode ser contratado para trabalhar no Porto de Vitória quem tem pelo menos o Ensino Médio completo.
Não é raro encontrar no cais médicos, professores, advogados exercendo o oficio
de trabalhador portuário. E de trabalhadora portuária também.
A guarda portuária Daniella Neitsel fiscaliza tudo de perto.
No currículo, a especialização vai muito além da área de segurança:
“Sou formada em direito e fiz escola de magistratura, que é pós-graduação na área jurídica.
As pessoas não acreditavam que seria possível.
São área que há alguns anos eram dominadas por homens. Hoje vemos a mudança do perfil.
A trabalhadora portuária Renata Marques também trocou o escritório pelo cais e não se arrepende: “É sempre um desafio. Você mostra o seu trabalho.
Mostra que é possível, que é capaz. É muito gostoso”.
“A automação, a inovação, os novos métodos de trabalho, a exigência constante por mais eficiência mudaram de forma rápida o perfil do trabalhador portuário”,
concorda o ministro dos Portos Pedro Brito.
Por Bom Dia Brasil

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