1 de abr. de 2010

Greve bloqueia exportação de grãos Argentinos

Funcionários dos terminais em Rosário pedem alta de tarifas e de salários.Protesto acontece no momento do início da colheita de soja no país.

Trabalhadores portuários em greve mantinham bloqueados nesta segunda-feira (29) os principais terminais do maior complexo exportador de grãos da Argentina.
Os grevistas pedem alta das tarifas e de salários. A disputa acontece no momento em que cresce o trânsito para o porto após o recente início da colheita de soja na Argentina, o terceiro maior exportador mundial do grão e o maior fornecedor de derivados.

O protesto impede o acesso ao Terminal 6 - de propriedade da Bunge e da Aceitera General Deheza - além dos terminais da Cargill e os pertencentes à Toepfer, Nidera, Dreyfus,
Minera La Alumbrera e Noble.
Três usinas de biocombustíveis também foram afetadas pelo conflito.
A região, da qual saem cerca de 35 milhões de toneladas anuais de grãos e derivados,
conta com um total de 11 terminais.
O conflito impede que as empresas de grãos embarquem entre
100 mil e 200 mil toneladas por dia.

Nesta segunda-feira, um grupo de motoristas afetados pelo protesto fechou a entrada ao terminal da empresa Associación de Cooperativas Argentinas (ACA).
Os bloqueios portuários, que começaram na semana passada com a obstrução de dois terminais na região, levaram a um acúmulo de cerca de 5 mil caminhões nas imediações do porto San Martín, gerando um caos no trânsito.
Em meio à disputa, os exportadores se retiraram na segunda-feira do mercado de grãos de Rosário, principal cidade de uma região portuária da qual partem cerca
de 85% dos embarques agrícolas do país.
Em um aumento do protesto que começou na semana passada, a Cooperativa de Trabalhos Portuários e o Sindicato Unido Portuários Argentinos (Supa) - ao qual estão afiliados os trabalhadores da cooperativa - ampliaram os bloqueios à maioria dos terminais da região de San Martín e Timbúes, nos arredores da cidade de Rosário.
Disputa A Cooperativa de Trabalhos Portuários pede às empresas exportadoras um aumento de tarifas de até 100% em dólares, em meio a uma safra de soja que deve chegar a um recorde entre 51 e 55 milhões de toneladas.
As empresas exportadoras ofereciam uma alta de 25% na tarifa e um compromisso de elevá-la novamente em 15% no próximo ano, mas até o momento a oferta não foi aceita pela cooperativa. Outros sindicatos no país avaliam medidas de força nos próximos dias para pedir altas salariais
que compensem as perdas de poder aquisitivo devido à aceleração dos preços ao consumidor na Argentina.
Fonte G1, informações da Reuters

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