16 de mar. de 2011

Gerra dos portos

Guerra dos portos levou 771 mil empregos

A guerra fiscal na importação por meio dos portos estaduais
já custou ao país 771 mil empregos e
reduziu o crescimento do PIB em R$ 18,9 bilhões,
o equivalente a 0,6%,
segundo estudo da Fiesp-Federação das Indústrias de São Paulo.
O estudo analisou as importações de 2001 até o ano passado
em oito Estados que adotaram benefícios fiscais nos portos
-Paraná, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso do Sul,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Tocantins.
Intitulado
"Custos econômicos e sociais da guerra fiscal do ICMS na importação",
o estudo classifica a
"guerra dos portos"
como mais prejudicial do que a
"guerra fiscal tradicional",
na qual os Estados disputam entre si investimentos
por meio da redução do ICMS.
EMPREGO EXPORTADOO
presidente da Fiesp, Paulo Skaf,
destaca que,
enquanto a guerra fiscal tradicional transfere emprego
de um Estado para outro,
a disputa dos portos gera vagas de trabalho no exterior
e corta no Brasil.
O estudo calculou que nos oito Estados analisados
a participação nas importações do país cresceu 9,8 pontos percentuais.
Em valores,
isso corresponderia a US$ 14,22 bilhões de compras,
no exterior, de produtos industrializados, de 2001 até 2010.
Os técnicos levam em conta que esse valor importado
a mais se deu em boa parte devido aos benefícios fiscais
criados pelos Estados.
Se essas compras fossem feitas no Brasil,
elas elevariam diretamente a produção nacional
em mais R$ 25,02 bilhões e,
indiretamente,
em outros R$ 30,4 bilhões.
No total,
a atividade econômica do Brasil ganharia um efeito positivo
de R$ 55,42 bilhões
no período analisado,
o que poderia ter gerado 771 mil novos postos de trabalho no país.
O impacto positivo no crescimento da economia é estimado pela Fiesp
em cerca de R$ 18,9 bilhões,
o equivalente a um PIB 0,6% maior do que o atual.
MAIS PERDAS
Fiesp adverte ainda que,
se os Estados mantiverem a "guerra dos portos"
nos próximos cinco anos,
o país poderá perder 859 mil empregos e cerca de 0,7% do PIB.
A entidade fez os mesmos cálculos na hipótese de os benefícios
serem mantidos nos próximos cinco anos
e prevendo que as importações brasileiras podem crescer
46% entre 2010 e 2015.
Nesse cenário,
a economia brasileira poderia perder R$ 27,9 bilhões
em compras feitas no exterior,
o que deixaria de produzir um impacto direto e indireto positivo
na indústria nacional da ordem de R$ 61,8 bilhões.
Esse montante poderia gerar 859 mil empregos
no período e aumentar o PIB em 0,7%.
Na análise por Estados, a Fiesp aponta que Santa Catarina
aumentou sua participação nas importações brasileiras de 2% em 2003,
quando criou seu programa, para 6,6% em 2010.
Pernambuco subiu de 1,7% para 2% de 2009 para 2010.
Fonte Jornal Folha de São Paulo

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