10 de mai. de 2011

As rodovias brasileiras III

A Pesquisa Rodoviária CNT 2005, ao avaliar o estado de conservação das rodovias brasileiras, comprovou, mais uma vez, o quadro desfavorável em que se encontram.

O estudo constatou que, dos 81.944 Km de rodovias avaliadas, foram pesquisados 8.736 km na região Norte, 23.976 km no Nordeste, 11.740 km no Centro-Oeste, 22.997 km na região Sudeste ,14.495 km no Sul e 72% encontram-se em situação Regular, Ruim ou Péssimo, o que corresponde a aproximadamente 60 mil quilômetros de rodovias pesquisadas e 28% dos Kms avaliados obtiveram a classificação Bom (17,0% ou 13.922 km) e Ótimo (11,0% ou 8.993 km). Trata-se de uma extensão excessivamente alta e que compromete significativamente a segurança dos usuários, a competitividade do setor de transportes e o desenvolvimento econômico do país.
A avaliação realizada aponta para a situação precária do Pavimento, da Sinalização e da Geometria Viária. Neste ano, 32.187 Km de trechos pesquisados apresentaram defeitos no Pavimento, como desgastes, ondulações, buracos, trincas em malha e remendos ou ainda se mostraram completamente destruídos.

Em relação à Sinalização, a Pesquisa detectou a existência de condições de extrema precariedade, com longas extensões sem qualquer tipo de sinalização. Foram 60,7% dos trechos classificados como Regular, Ruim ou Péssimo. Em termos de Geometria das Vias, o levantamento indicou que 83,4% das rodovias pesquisadas apresentaram deficiências que acabam por comprometer a segurança e a fluidez oferecidas pelas vias aos usuários.
A Pesquisa Rodoviária CNT 2005 constatou que não houve mudanças significativas no quadro geral das rodovias.

Fica evidenciado que os recursos atualmente investidos ainda não são sucifientes perante as necessidades de infra-estrutura rodoviária que o país apresenta.
Para a restauração das condições adequadas de operação da malha rodoviária nacional, devido a sua condição comprometida, exige-se investimentos significativos.

É importante ressaltar que os recursos existem, como no caso da CIDE, mas há sucessivas restrições orçamentárias (contingenciamentos) e há também falta de sensibilidade dos gestores públicos para o problema da infra-estrutura do transporte. Desta forma, esses recursos não têm sido utilizados, como deveriam, para o fim a que se destinam.
É necessário ter maior agilidade na definição de programas de recuperação. Somente com o planejamento de investimentos haverá ganhos de qualidade significativos, principalmente nas rodovias estatais. Sem isso, dar-se-á a continuidade da perda de competitividade brasileira frente aos outros países, o que acaba por gerar empecilhos consideráveis que podem incapacitar o Brasil para mundo moderno.
54,6% da extensão pesquisada encontram-se com Pavimento em estado Regular, Ruim ou Péssimo (44.733 Km); mais de 20 mil quilômetros estão classificados como Ruins ou Péssimos, 60,7% da extensão pesquisada apresentam Sinalização em estado inadequado (49.715 Km) e 39,3% em condições favoráveis (Ótimo e Bom).
Foram identificados 19,9% de rodovias com Sinalização Péssima; 14,5% com Sinalização Ruim e 26,3%
Deficiente. São 49.715 quilômetros de rodovias com sinalização inadequada as condições de segurança na circulação. 10,1% da extensão avaliada não têm placas (8.304 km); 40,6% da extensão avaliada (33.309 km) não têm a presença de placas de limite de velocidade. ; Deficiente,Ruim ou Péssima em 83,3% dos trechos pesquisados, em sua grande maioria (89,9%), serem compostas por pistas simples de mão dupla; terem grandes extensões sem acostamentos (39,6% das rodovias 32.474 Km) ou com acostamentos destruídos ou desgastados; 8,5% da extensão pesquisada têm o acostamento tomado pelo mato (6.955 km); e, ainda,por não apresentarem faixas adicionais de subida em diversos trechos de pistas simples com aclives longos e acentuados.


Os 10 melhores e piores corredores rodoviários brasileiros.
Os melhores:
1º - Limeira (SP)/ São José do Rio Preto (SP)
2º - São Paulo (SP)/ Itaí (SP)/ Espírito Santo do Turvo (SP)
3º - São Paulo (SP)/ Limeira (SP)
4º - Sorocaba (SP)/ Cascata (SP)/ Mococa (SP)
5º - São Paulo (SP)/ Uberaba (MG) 6º - São Paulo (SP)/ Taubaté (SP)
7º - Araraquara (SP)/ São Carlos (SP)/ Franca (SP)/ Itirapuã (SP)
8º - Campinas (SP)/ Jacareí (SP) 9º - Engenheiro Miller (SP)/ Jupiá (SP)
10º - Piracicaba (SP)/ Mogi-Mirim (SP)


Os piores:
1º - Maceió (AL)/ Salgueiro (PE) 2º - Araguaína (TO)/ Picos (PI)
3º - Posse (GO)/ Ilhéus (BA)
4º - Manaus (AM)/ Boa Vista (RR)/ Pacaraíma (RR)
5º - Maceió (AL)/ Paulo Afonso (BA) 6º - Curvelo (MG)/ Ibotirama (BA)
7º - Alta Floresta (MT)/ Cuiabá (MT)
8º - Salvador (BA)/ Paulo Afonso (BA)
9º - Teresina (PI)/ Barreiras (BA) 10º - Belém (PA)/ Guaraí (TO)

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