17 de jul. de 2011

A Saga das Montadoras

Em cinco anos, exportação de carros desaba
Fatia das vendas externas na produção encolheu de 30,7%, em 2005, para 11,9%, no ano passado, segundo dados da Anfavea
Ao mesmo tempo que registra recorde de importação, as montadoras experimentam queda significativa nas exportações.
Enquanto a participação das importações nas vendas nacionais saltou de 5,1% em 2005 para 21,7% em 2010, a fatia das exportações na produção encolheu de 30,7% para 11,9% .O setor encerrou o ano com déficit de US$ 6 bilhões, o maior de sua história, segundo a Anfavea. Este ano, o saldo negativo deve ser ainda maior.
Só o setor de autopeças projeta déficit recorde de US$ 4,5 bilhões para este ano, US$ 1 bilhão a mais do que em 2010, segundo cálculos do Sindipeças.
Além do câmbio, dos encargos trabalhistas, dos custos financeiros, da taxação dos investimentos e de problemas de logística, o conselheiro do Sindipeças, Américo Nesti, reclama que o governo brasileiro não fiscaliza com rigor o índice de peças nacionais e importadas nos automóveis produzidos no País.
A falha ocorre mesmo nos produtos fabricados no Mercosul, cuja regra exige 60% de conteúdo regional.
O Sindipeças defende a revisão na classificação da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), que identifica o número de peças importadas e sua origem. Pedido nesse sentido foi enviado ao governo há vários meses, sem resposta.
“Esse setor me preocupa muito, pois a sobrevivência das empresas nacionais vai ficar complicada”, diz a economista Tereza Fernandes, diretora da MB Associados.
Entre as marcas de importados sem fabricação local que mais crescem no País está a chinesa Chery, que vendeu 8 mil carros no primeiro semestre, oito vezes mais que em todo o ano de 2010.
A marca começou a vender o compacto QQ por R$ 22.990, com itens como ar condicionado e airbag. O Fiat Mille custa R$ 23.220, sem esses componentes.
Diante do sucesso dessas marcas, assim como da também chinesa JAC e da coreana Kia, além dos modelos de alto luxo com preços acima de R$ 100 mil, a Abeiva reviu de 165 mil para 185 mil unidades a projeção de vendas das associadas para este ano.


Fonte: O Estado de S. Paulo, Por Cleide Silva e Marcelo Rehder


Brasil deve importar 52% mais carros neste ano
O Brasil deve trazer do exterior cerca de 1 milhão de carros neste ano, um incremento de 52% em relação ao total de veículos importados vendidos no ano passado.
A previsão é de representantes do setor automotivo e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que debatem medidas para manter a competitividade da indústria e o futuro do emprego na região, em seminário que ocorre desde ontem em São Bernardo.
O setor deixou de criar 20,5 mil empregos diretos nas montadoras e 102,6 mil na cadeia automotiva com a venda de 660 mil carros importados em 2010, segundo estudo do Dieese e do sindicato.
“Com a previsão de que o número de importados chegue a 1 milhão neste ano, o Brasil perderá ainda mais empregos”, diz Sérgio Nobre, presidente do sindicato.
Na sexta-feira, funcionários de cinco montadoras da região -Volks, Ford, Mercedes-Benz, Scania e Toyota- paralisaram as fábricas e fizeram manifestação na via Anchieta contra a desindustrialização no setor.
“Os trabalhadores não querem apenas ser apertadores parafusos. É preciso haver políticas para fortalecer a indústria nacional, manter emprego de qualidade. Não podemos seguir o mesmo caminho dos setores calçadista e têxtil, que passaram a ser apenas importadores”, diz.
Para o diretor da Volks Nilton Jr., a desoneração da folha de pagamentos é um dos temas que necessariamente terá de ser discutido para manter a competitividade do setor e garantir a vinda de novos produtos e investimentos. “O desafio é como manter salários elevados e benefícios, nessa relação diferenciada que existe na região e ao mesmo tempo ser competitivo.”
A produção de carros deve passar de 3,1 milhões para 6 milhões em 2025, segundo dados da Fundação Vanzolini divulgados no evento.

No mesmo período, a participação das quatro maiores montadoras (Fiat, Volks, GM e Ford) deve passar de 80% dos carros vendidos no mercado interno para 66% -mantidas as condições econômicas.
Segundo a Abeiva dos 660 mil importados vendidos em 2010, 105 mil são de associados. A diferença é das próprias montadoras que importam com incentivos.
Fonte: Folha de SP, Por CLAUDIA ROLLI

Ou como se sente sabendo da ganância em casos como do Fit, Fusion e outros uma pequena amostra que circula na rede ,mas em Brasília ninguém baixa.
From: renecontip@hotmail.com
Subject: Honda City Brasileiro - VERGONHA
Honda City Brasileiro - VERGONHA
- Honda City brasileiro é lançado no México com preço inicial de R$ 25.800 ? Como é possível?
A Honda lança no México o novo City. O sedan brasileiro, produzido na fábrica da Honda localizada em Sumaré ? SP, chega ao mercado mexicano com apenas duas importantes diferenças: a primeira é a entrega com mais equipamentos desde a versão de entrada e a segunda é o preço equivalente a menos da metade do cobrado no Brasil.
No México, todas as versões são equipadas com freios à disco nas quatro rodas com ABS e EBD, airbag duplo, ar condicionado além dos vidros, travas e retrovisores elétricos. O motor é o mesmo que equipa a versão vendida no Brasil, ou seja, um 1.5 litro que entrega 116 cv de potência.
Por lá, a versão de entrada será oferecida por 197 mil pesos mexicanos, o que equivale a cerca de R$ 25.800. No Brasil, o City LX com câmbio manual (versão de entrada) que não conta com freios ABS, tem preço sugerido de R$ 56.210.
Mesmo lembrando que Brasil e México possuem um acordo comercial que isenta a cobrança de impostos de importação, fica a pergunta: Como é possível um carro fabricado no Brasil ser vendido, com lucro, por menos da metade do preço em outro país?


E não é só imposto o lucro exorbitante das montadoras no Brasil, alivia as perdas em outros mercados, então os brasileiros pagam para sustentar a vida na Europa, EUA e Japão, continua tudo igual, somos os colonizados, temos que trabalhar e fechar o bico.
IPI,ICMS,PIS,COFINS,IOF,imposto de renda ,IPVA e variação cambial torna onerosa o uso e a propriedade do veículo .
A claro , mais preocupante e que as montadoras estão cobrando um preço que vai além dos gastos com o chamado custo Brasil ,repassando ao consumidor custos que superam a produção , adquirindo uma margem de lucro superior e bem superior aos dos demais países .

Nenhum comentário:

Postar um comentário