1 de dez. de 2011

Os 81 da Estiva de Santos

Hoje dia 1 de Dezembro de 2011
comemora se o sindicato dos estivadores de Santos e seus 81 anos
do encontro entre valores como a valentia e o orgulho de serem operários
"sem patrões” que foi ate tese de doutorado.
Em 15 de abril de 1931,Pagu foi presa como militante comunista ,durante uma greve dos estivadores em Santos.O que originou seu primeiro romance, "Parque industrial".
E teve em 1946 o Estivador Osvaldo Pacheco representante na câmera federal .


O Hospital dos Estivadores de Santos , em 1962 ,os associados iniciaram um sistema de contribuição com uma parcela do salário de três por cento. A construção do hospital foi iniciada em 1964 e concluída em 1970,estava erguido o prédio ,com seus 10 pavimentos.O hospital possui 350 leitos e já teve 250 médicos e 680 funcionários.
Foi inaugurado em 05 de outubro de 1970.
Anos de lutas e conquistas que eu pessoalmente presenciei são as lutas ocorridas na Cosipa em Abril de 1997 ,recuperação do campo de trabalho vigília no porão de dois navios e a presença da massa na porta dos representantes da ganância,em Abril ,mas em 2001 numa violenta repressão 50 companheiros feridos e 35 presos no oitavo dia de um movimento em defesa do trabalho nos arredores da praça Mauá,onde fiz vigília pela satisfação de ser Estivador do maior porto do Brasil.Um dia de cão,que fez os mais velhos lembrar sem saudades da época da ditadura militar .
E pela primeira vez,por 15 dias 24 estivadores foram empregados pela Ultrafértil.
Eu que pessoalmente tenho orgulho desde 1 de dezembro de 1994 de ser sócio , carteira preta , associado, de gritar para todos ouvirem eu sou ESTIVADOR.

Dia e noite, sol e chuva,
Sem parar...
Lá está ele a trabalhar
E os braços levantam...
As carteiras balançam!No ponto de escalação
Cada período uma historia
No porão ou no convés do navio,
Do trator ao guincho
Da PA a picareta
De apear a estivar
Do joystick a alavanca
De Madrugada junto ao orvalho da manha
sai em busca
para no cais encontrar seu sustento
As chaves no pescoço, para não as esquecer
Sem aquele devido trato
Com os músculos cansados
As veias saltadas e a pele curtida de sal
Com a alma morta, a carne viva
Sempre sorrindo
Embarcam e descarregam de peito aberto
As riquezas desse Brasil
No vai e vem da maré
E no sobe e desce do dólar
Mas a luta continua do bico de proa ao fora de boca
A lingada tem que ir bem feita

Nenhum comentário:

Postar um comentário