Gargalos aumentam espera de navio para atracar em Santos
O tempo gasto pelos navios de carga na espera para atracar no porto de Santos soma 11 anos isso, contando somente o intervalo de janeiro a outubro de 2011.
O problema não foi registrado somente neste ano. Desde 2006, a perda de tempo supera uma década.
Levantamento feito pela Folha, com base em dados da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), mostra que o pico foi 2010, quando o acúmulo de tempo chegou a quase 14 anos.
Para especialistas, além de travar a competitividade da economia brasileira, essa falha na estrutura logística coloca o sistema portuário do país em nível semelhante ao de países africanos ou das nações menos desenvolvidas do Oriente Médio.
Empresas que fazem o transporte marítimo no Brasil dizem que o prejuízo, de cada navio, varia de US$ 25 mil a US$ 50 mil por dia parado, dependendo do tamanho da embarcação.
Os resultados, subestimados, poderiam ser maiores, já que o cálculo desprezou navios que aguardam menos de um dia para atracar.
O complexo santista é o mais importante do Brasil, ao movimentar 24,5% da balança comercial do país nos dez meses avaliados.
Para Claudio Loureiro, da Centronave (entidade que representa empresas de navegação), os atrasos em Santos são inevitáveis porque a demanda é muito grande.
DEFICIÊNCIA PATENTE
A capacidade dos terminais não dá conta desse volume de cargas, afirma o engenheiro naval e consultor da área Nelson Carlini. “Em todos os segmentos de carga essa deficiência é patente.”
Ele diz, porém, que a deficiência não ocorre somente em Santos, tido como um dos melhores portos do país.
“[No Brasil] Estamos no nível da África e do Oriente Médio. Já somos menos eficientes que Argentina, Chile, México e Panamá, assim como todo o Sudeste da Ásia e o Extremo Oriente”, disse.
A tendência de crescimento do agronegócio pode agravar ainda mais o quadro se não houver novos investimentos no setor portuário (leia texto ao lado).
Para Carlini, porém, os investimentos estão muito limitados a medidas de acessibilidade ao cais, como sinalização e aprofundamento dos canais. “O ideal seria ampliar significativamente o número de portos em todo o Brasil.”
O governo federal afirma que investimentos são feitos maciçamente e que o setor tem sido tratado como prioridade desde 2007.
BOLA DE NEVE
Atrasos para atracar num porto representam prejuízos em cadeia, tanto para o produtor como para o transportador marítimo.
Quando um navio que faz a cabotagem (escalada porto a porto pelo litoral) tem essa espera, acaba prejudicando toda a programação para os terminais seguintes.
“Vira uma bola de neve”, diz Gustavo Costa, gerente-geral de cabotagem da Aliança Navegação e logística, empresa brasileira do grupo que controla também a alemã Hamburg Süd.
Costa afirma que o problema no Sudeste é “pequeno” diante do que acontece em portos do Nordeste. “Santos é um caso à parte. Suape (PE) está totalmente travado, Salvador (BA), estrangulado.”
Fonte: Folha.com
E não tem melhores perspectivas no ano que se inicia, mesmo com a prorrogação do reporto, mas com a falha da exclusão das companhias docas .
O tempo gasto pelos navios de carga na espera para atracar no porto de Santos soma 11 anos isso, contando somente o intervalo de janeiro a outubro de 2011.
O problema não foi registrado somente neste ano. Desde 2006, a perda de tempo supera uma década.
Levantamento feito pela Folha, com base em dados da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), mostra que o pico foi 2010, quando o acúmulo de tempo chegou a quase 14 anos.
Para especialistas, além de travar a competitividade da economia brasileira, essa falha na estrutura logística coloca o sistema portuário do país em nível semelhante ao de países africanos ou das nações menos desenvolvidas do Oriente Médio.
Empresas que fazem o transporte marítimo no Brasil dizem que o prejuízo, de cada navio, varia de US$ 25 mil a US$ 50 mil por dia parado, dependendo do tamanho da embarcação.
Os resultados, subestimados, poderiam ser maiores, já que o cálculo desprezou navios que aguardam menos de um dia para atracar.
O complexo santista é o mais importante do Brasil, ao movimentar 24,5% da balança comercial do país nos dez meses avaliados.
Para Claudio Loureiro, da Centronave (entidade que representa empresas de navegação), os atrasos em Santos são inevitáveis porque a demanda é muito grande.
DEFICIÊNCIA PATENTE
A capacidade dos terminais não dá conta desse volume de cargas, afirma o engenheiro naval e consultor da área Nelson Carlini. “Em todos os segmentos de carga essa deficiência é patente.”
Ele diz, porém, que a deficiência não ocorre somente em Santos, tido como um dos melhores portos do país.
“[No Brasil] Estamos no nível da África e do Oriente Médio. Já somos menos eficientes que Argentina, Chile, México e Panamá, assim como todo o Sudeste da Ásia e o Extremo Oriente”, disse.
A tendência de crescimento do agronegócio pode agravar ainda mais o quadro se não houver novos investimentos no setor portuário (leia texto ao lado).
Para Carlini, porém, os investimentos estão muito limitados a medidas de acessibilidade ao cais, como sinalização e aprofundamento dos canais. “O ideal seria ampliar significativamente o número de portos em todo o Brasil.”
O governo federal afirma que investimentos são feitos maciçamente e que o setor tem sido tratado como prioridade desde 2007.
BOLA DE NEVE
Atrasos para atracar num porto representam prejuízos em cadeia, tanto para o produtor como para o transportador marítimo.
Quando um navio que faz a cabotagem (escalada porto a porto pelo litoral) tem essa espera, acaba prejudicando toda a programação para os terminais seguintes.
“Vira uma bola de neve”, diz Gustavo Costa, gerente-geral de cabotagem da Aliança Navegação e logística, empresa brasileira do grupo que controla também a alemã Hamburg Süd.
Costa afirma que o problema no Sudeste é “pequeno” diante do que acontece em portos do Nordeste. “Santos é um caso à parte. Suape (PE) está totalmente travado, Salvador (BA), estrangulado.”
Fonte: Folha.com
E não tem melhores perspectivas no ano que se inicia, mesmo com a prorrogação do reporto, mas com a falha da exclusão das companhias docas .
Ao porto de Santos a falta de equipamentos de içar no cais publico ,falta de um terminal especifico para cabotagem e um para projetos industriais como pas eólicas são pontos negativos mesmo com novos terminais de container .
A descompasso logístico o cais santista não possui mais malha ferroviária eu seu costado o que encareceu nesse ultimo semestre as operações de descarga de equipamentos ferroviários o que não mudara logo.
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