6 de abr. de 2012

Acidentes na comunidade portuaria

Acidentes com mortes preocupam comunidade portuária
Nos dois primeiros dias úteis de 2011, duas mortes em áreas arrendadas em portos públicos do Espírito Santo causaram a toda a comunidade portuária uma situação de alerta a respeito da segurança e saúde do trabalhador nos portos do Estado.
Na madrugada desta segunda-feira, dia 3, o jovem Cristiano Alves de Souza, 23 anos, que trabalhava na Flexibras, na área do Porto de Vitória, foi atingido por destroços do telhado de um armazém após uma colisão entre um jumbo – um tipo de trator que movimenta bobinas gigantes de mangueiras para indústria do petróleo – e a estrutura do telhado.

No dia seguinte, Etelvino Araújo da Silva, 62 anos, que era auxiliar operacional da Hiper Export, foi atingido por uma peça de sete toneladas no pátio de operações da empresa, no Porto de Capuaba, em Vila Velha.
Os fatos lastimáveis chamam a atenção do Sindicato Unificado da Orla Portuária (Suport-ES), uma vez que esses trabalhadores morreram no exercício da profissão,fato que pode ocorrer com qualquer companheiro que não esteja exercendo de forma correta a função, não use os equipamentos de proteção adequados ou não tenham ambiente, máquinas e instrumentos em bom estado de conservação para operar.
“Estamos lutando para ter a representação desses trabalhadores, que também atuam em atividades portuárias.
Somente por meio de uma entidade sindical legítima podemos cobrar com mais rigor para que as condições de trabalho sejam adequadas para esses trabalhadores.
Isso deve ser documentado na forma de um Acordo Coletivo que priorize a saúde e a segurança deles nas atividades”, ressaltou Roberto Hernandes, presidente do Suport-ES.
Outro terminal que se encontrava nesta situação era o Peiu. No entanto, lutamos e então passamos a ter representatividade por meio do Suport-ES, o que proporcionou e determinou mudanças efetivas para os trabalhadores dessa empresa.
Com o CPVV, as discussões sobre a representação estão adiantadas
 “Analisamos os acordos a fundo, com destaque para o cumprimento da norma de segurança nos portos, a NR29. A Flexibras e a Hiper Export são terminais que estão na nossa prioridade para fazer a representação”, destacou Hernandes.
O diretor do Suport-ES Ernani Pereira Pinto, que também é membro da Comissão Permanente Nacional Portuária (CPNP), irá propor para que as mortes dos dois trabalhadores sejam assunto da próxima reunião da comissão.
Ernani relatou que a última reunião da CPNP aconteceu nos dias 3 e 4 de dezembro de 2010, em Vitória, no Espírito Santo.
O objetivo foi debater e acompanhar a implementação no Estado da NR 29, assim como vem ocorrendo em todos os portos do País. “E 30 dias depois fomos surpreendidos com esses acidentes que resultaram na morte desses dois trabalhadores em terminais arrendados em portos públicos”, lamentou o diretor.

Tais acidentes levantam questões, ainda sem respostas:
- Será que as comissões internas de Prevenção de Acidentes (CIPA) e de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário (CPATP) estão atuando de forma
efetiva nos portos e terminais?
- Será que a NR 29 e NRs pertinentes estão sendo respeitadas?
- Será que os portos, terminais e operadores portuários estão realmente preocupados com a saúde e segurança de seus trabalhadores?
- Será que os próprios trabalhadores têm a consciência da necessidade de preservar sua saúde e primar por sua segurança nas atividades?
- Será que a Autoridade Portuária está presente na fiscalização das empresas nas áreas arrendadas?

O objetivo do Suport-ES é cobrar dos órgãos competentes como Ministério do Trabalho e outros equivalentes que ajam com rigor no acompanhamento das apurações sobre as circunstâncias das mortes dos trabalhadores e a forma como as empresas responsáveis tratam a questão.
Aqui fica também o nosso abraço portuário solidário às famílias das vítimas e estamos de portas abertas para qualquer apoio.
Fonte suport –es

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