16.06.2008
Estivadores gaúchos querem integração e aperfeiçoamento
Trabalhando pela formação e integração.
Esta é a
filosofia aplicada pela diretoria do Sindicato dos Estivadores de Rio Grande
(RS).
A entidade congrega 340 trabalhadores (todos sindicalizados), sendo 300
registrados e 40 cadastrados.
De acordo com Liones Mendes, o Ventania (apelido de infância e como gosta de ser chamado),
De acordo com Liones Mendes, o Ventania (apelido de infância e como gosta de ser chamado),
presidente da Estiva de Rio Grande, a entidade busca,
constantemente,
informações sobre a situação macro da categoria.
“A gente
sempre procurou desenvolver um trabalho de integração e formação procurando,
até como referência, o Porto de Vitória onde tem administrações que evoluíram
tecnicamente,
conforme o avanço tecnológico. Eles estão se adequando ao novo
modelo do mundo e,
aqui em Rio Grande, estamos nos adequando para enfrentar
esse novo desafio”.
O Porto do Rio Grande está crescendo rapidamente e Ventania diz que os trabalhadores portuários estivadores e de outras categorias estão buscam crescer não só na parte laboral,
mas também na política estrutural e
administrativa.
“A gente procura fazer este acompanhamento também
para atingir
uma performance na relação capital-trabalho e entre os próprios trabalhadores”.
mas considera isso
normal em qualquer segmento, até porque o próprio sistema,
o empresariado, tenta contaminar às categorias, para que haja o desmembramento,
“mas procuramos
a integração. Não vejo outra forma que não seja a unidade.
O empresariado está
unido e a gente tem que se unir.
Não podemos comprar este produto negativo”.
Social
A estiva riograndense oferece, aos seus associados e familiares, atendimento médico,
com a manutenção de uma clínica, montada pelo sindicato.
De acordo com
o presidente da entidade o corpo médico é da melhor qualidade,
“o melhores da
cidade”.
A clínica, que existe há mais de 30 anos, atende a cerca de 700
pessoas/mês e
foi montada com recursos dos trabalhadores.
A meta da diretoria,
segundo Ventania, é o bom funcionamento da parte social.
O movimento pela união, que os sindicatos portuários de Rio Grande,
O movimento pela união, que os sindicatos portuários de Rio Grande,
faz parte
de um sonho de Ventania, desde quando entrou para a luta sindical, em 1987.
“Tive
orientação de um dos maiores líderes que foi Oswaldo Pacheco.
Em uma reunião
ele falou muito bem a respeito do tema e me chamou num canto e falou:
Ventania
procura sempre caminhar junto pela unidade, porque os trabalhadores não têm
outra saída.
E ele me falou que liderança não se faz com grito, nem com
valentia.
Liderança se faz com competência e,
acima de tudo,
com respeito aos
companheiros.
Isso serviu para nortear minha vida administrativa e política na
minha entidade”.
De acordo com Ventania,
as lideranças procuram o
aperfeiçoamento constante e tem como base a busca pelo entendimento.
“A ruptura
é ruim para todos os lados”.
A mobilização, programada pela Federação Nacional dos Portuários (FNP)
A mobilização, programada pela Federação Nacional dos Portuários (FNP)
em
protesto a contratação com vínculo empregatício por alguns terminais
(Navegantes-SC, Suape-PE e Libra Terminais-RJ)
e que foi adiada, atendendo
pedido da Secretaria Especial de Portos (SEP)
é vista com bons olhos pelo
presidente da Estiva de Rio Grande.
Segundo ele, quando a Lei dos Portos (nº
8.630/93)
retirou das federações a atribuição das negociações,
que passaram a
ser regionais,
virou um “quebra pra capá, como dizemos aqui no sul,
onde cada
um passou a negociar isoladamente, cada um luta por si”.
Ele não concorda com
isso e defende as federações atribuindo-lhes papel muito importante,
em termos
nacionais,
nas questões macros que têm que se desenrolar no nível de Congresso
Nacional ou,
até, em nível regional.
O empresariado tem assediado trabalhadores portuários em Rio Grande.
O empresariado tem assediado trabalhadores portuários em Rio Grande.
Mas, disse Ventania, logo a categoria se desvinculou e
voltou para o sindicato,
voltaram para o trabalho avulso.
Agora, os estivadores
estão sendo procurados pelas empresas, com o mesmo intuito.
Segundo o líder
sindical,
a diretoria da Estiva já está discutindo a questão,
na mesa de
negociação,
e orientando o trabalhador no sentido de que o vínculo não é bom
para a categoria.
Andréa Margon
reportagem
Fotos http://www.portoriogrande.com.br/site/sobre_porto_conheca.php
Andréa Margon
reportagem
Fotos http://www.portoriogrande.com.br/site/sobre_porto_conheca.php
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