O campo de estudo da Saúde do Trabalhador com interfaces com
a saúde pública,
a medicina social e a saúde coletiva indicam que há uma relação
entre o processo saúde-doença com as condições de trabalho e
como ele se organiza .
como ele se organiza .
No século XVIII o médico Bernardino Ramazini (1633-1714)
relacionou com precisão
a origem de doenças em mais de 50 ocupações. Podemos afirmar que as
condições e trabalho é ainda hoje o fator determinante do perfil de adoecimento
dos trabalhadores.Os fatores de risco são todas as condições existentes no
ambiente de trabalho com potencial de ao interagir com o corpo do trabalhador , causar-lhe um dano à saúde
Classificação
1- Riscos de Acidentes
São todas as condições inadequadas que ocorrem
no ambiente de trabalho que podem causar lesões imediatas no corpo do trabalhador (contusões, feridas, fraturas, esmagamentos, etc.).
Nas atividades Portuárias o risco de acidentes
é permanente.
2- Riscos Ambientais
consideram-se riscos ambientais os agentes
físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em
função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são
capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
A- Riscos Químicos;Considera-se agentes químicos as
substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória,
nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou serem absorvidos
pelo contato com a pele ou ingerido. (NR 9 – 9.1.5.2).
B- Riscos Físicos (NR 9)Considera-se agentes físicos diversas
formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído,
vibração, umidade, temperaturas extremas,radiações, infra-som e ultra- som.
(NR 9 - 9.1.5.1)
C- Riscos Biológicos 9.1.5.3.Consideram-se agentes biológicos as
bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
3- Riscos Ergonômicos
Riscos fisiológicos; Cargas fisiológicas
relacionadas ao dispêndio de energia e desgaste no interior do corpo humano
(esforço físico pesado, posições incomodas, alternância de turnos e ritmos excessivos,
postos de trabalhos inadequados e desconfortáveis e etc
Riscos psíquicos. Subcarga psíquica: perda de controle do trabalho pela subordinação à
maquina, desqualificação do trabalho, monotonia e repetitividade, etc.
Fatores que causam doenças
A exposição sem controle aos Riscos
Ambientais e aos Riscos ergonômicos causam doenças nos trabalhadores.O efeito da exposição a estes fatores é silencioso e muitas vezes
não apreendido pelo saber médico (DEJOURS)
Enfim o que fazer?
Penso logo existo...
Os
operadores portuários devem assumir seu papel de responsáveis pela
segurança dos trabalhadores na operação portuária; Rever o papel do Serviço Especializado em
Segurança e Saúde no Trabalho Portuário – SESSTP, dando-lhe maior
autonomia, inclusive de paralisar trabalhos inseguros;
Elaborar PPRA que realmente controlem a
exposição dos trabalhadores aos agentes ambientais;
Realizar Analise Ergonômica do Trabalho e um
programa de melhoria continua das condições de trabalho nos portos;
Os
trabalhadores portuários devem melhorar sua participação na gestão da
segurança através de sua atuação na CPATP; A
autoridade portuária deve assumir seu papel pro ativo na exigência do
cumprimento da Normas Regulamentadoras de SST dos operadores portuários;
O
Port State Control ou a DPC – Diretoria de Portos e Costa deve verificar o estado dos navios estrangeiros que operam no Brasil, em especial no tocante
aos certificados dos equipamentos de guindar.
Antônio Carlos Garcia Júnior Pesquisador da Fundacentro
Fonte http://www.antaq.gov.br/Portal/pdf/Palestras/Forum_Saude_Seguranca_Trabalhador_Portuario_2014/Antonio_Carlos_Riscos_a_Saude_no_Trabalho_Portuario.pdf

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