9 de out. de 2015

O Porto de Itajai é vitima ou culpado





O pioneirismo de Itajai o marco da municipalização da cidade do porto Contando com a participação da sociedade e do poder público buscou-se, redefinir os marcos de atuação do porto mediante a transferência da responsabilidade de sua administração para a Prefeitura, em breve período de administração da CODESP, de 1990 a 1995. O grande distanciamento entre a entidade administradora, o porto e os atores municipais se traduziu num ambiente burocratizado que atuou como um “freio” para as atividades portuárias desenvolvidas no município. A municipalização foi um caminho construído pelos atores locais frente à situação de sucateamento que se encontrava o porto.
O processo de municipalização da administração portuária em Itajaí se antecipou em parte à lei federal nº 9.277/96  que, ao ser sancionada, regulamentou o processo de municipalização e estadualização dos portos no Brasil.
Em 1995, o município de Itajaí assumiu a administração do porto através da autarquia Administradora Hidroviária Docas Catarinense  ADHOC, criada pela lei municipal nº. 2.970 de 16 de junho mediante um convênio firmado com o governo federal.
Com a promulgação da Lei de Delegação (9.277/96), a Prefeitura de Itajaí ratificou a condição de entidade responsável pela administração do porto nos termos da presente lei.
A posição de manter o gerenciamento pela municipalidade é unânime entre a comunidade portuária de Itajaí. Representantes dos trabalhadores portuariosadministradores, das agências marítimas, dos importadores, exportadores, operadores portuários e demais segmentos  dependentes  do porto, entendem que o porto e do município.
 Isso se revela em intervenções na manutenção de um ambiente favorável à resolução dos conflitos, uma série de ações no campo simbólico no sentido de resgatar e fortalecer uma “identidade portuária” presente no slogan oficial da prefeitura  “Itajaí: porto de cidadania”.
De 1997 até o ano de 2000,studou-se o processo de licitação que em 2000 foi lançado no mercado  para buscar parceiros para o arrendamento da operação portuária. O projeto TECONVI Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí
A empresa que ganhou foi um consórcio formado pela empresa Triunfo e três pequenos investidores que formaram um consórcio. Em 9 de fevereiro de 2001, é celebrado um Pacto de Transição Negociada – PTN  entre entidades empresariais e de trabalhadores com atuação no Porto de Itajaí, que foi relevante no processo de arrendamento e mostrou a articulação da comunidade local, pois teve como intervenientes a ACII, a Intersindical dos Sindicatos de Trabalhadores Avulsos da Orla Portuária de Itajaí, Navegantes, Florianópolis e Estado de Santa Catarina e o OGMO todos preocupados, interessados e envolvidos com o desenvolvimento do Porto e da Região do Vale do Itajaí-Açú.
 Em janeiro de 2002, recebeu concessão para atuar como operadora portuária no segmento de contêineres.
Com o passar dos anos, as ações foram sendo vendidas até que a
APM Terminals, do grupo MAERSK, em 2007, adquiriu 100% das ações do TECONVI hoje ,a APM Terminals é o operador portuário em Itajaí.
 Como a empresa já tinha um nome, uma razão social forte no mercado, resolveu-se trocar a razão social de TECONVI para APM Terminals .
Em novembro de 2008, uma chuva, implacável, destrói a cidade portuária ,milhares de desabrigados e dezenas de mortos. Cenário de destruição o porto e e a importância literalmente afundou .
A tragédia não afetou a credibilidade
do Porto. A cidade de Itajaí se recupera como o Porto.

A retomada das operações no Porto de Itajaí também impactou no ganho do trabalhador portuário. Embora aquém dos ganhos relativos ao ano passado, o montante de mão de obra pago aos trabalhadores de Itajai registrou um aumento médio mensal de 18,40% no período compreendido entre os meses de janeiro e outubro de 2009.  
Porto de Itajaí é o quarto no ranking em movimentação de contêineres  em  2009, com 593,27 mil TEU. E uma vitoria  significativa, com o retornos dos armadores que haviam se retirado do Complexo após as enchentes de 2008.
Segundo as estatísticas relacionadas a 2009, a performance por terminal indica um crescimento de 82% na Portonave [216,54 mil TEU em 2008 e 394,9 mil TEU em 2009], com a movimentação média mensal de 18,05 mil TEU em 2008 e 32,91 mil TEU em 2009.

A decisão de um grupo de clientes que opera linhas no porto de Itajaí passar a operar em Navegantes e Itapoá deixou em polvorosa o mercado da região, mas principalmente colocou em evidência as contradições do modelo portuário nacional.
Estima-se que o grupo de armadores que opera linhas para o Golfo Pérsico, Ásia e outras regiões ao decidir levar seus negócios para  Navegantes e Itapoá vai reduzir em 40% a 50% a movimentação em Itajaí.
Um dos principais atores nessa novela, a APM Terminals, do grupo Maersk, que arrenda parte do porto de Itajaí, diz que não quer ir embora da cidade, mas pleiteia prorrogar até 2043 seu contrato de arrendamento e autorização de operar mais dois berços de atracação além dos dois que já opera.A APM Terminals não quer ir embora, mas pode ir se não derem o que ela quer porque analistas do setor consideram que nas condições atuais não tem condições de competir.
Nesse sentido, pensar as relações entre produção-circulação de mercadorias demanda um esforço e uma tentativa, em primeiro lugar, de apreender as mudanças no caráter e nas formas de confecção dos bens. O desafio na produção  é conseguir operar progressivamente nas funções que agregam valor adicional aos produtos isso impõe um sistemas de transportes, responsáveis simultaneamente pela distribuição, coprodução e comercialização de mercadorias.
Não esquecendo que o mercado e volátil e heterogêneo. Isto implica um movimento constante atender demandas específicas e plurais em diversas partes do mundo e circulam por suas praças comerciais.
A competitividade encontra-se assim mais ligada à capacidade organizacional presente nos territórios para gerir tais fluxos de forma produtiva; o que implica não só investimentos e planejamento de meios e infraestruturas de transportes eficientes, mas também a estruturação de projetos  dotados de sistemas logísticos integrados a uma cadeia produtiva de serviços a‘infraestrutura social’ conta tanto quanto a infraestrutura física”.
É neste contexto qual o papel das cidades-portos, ressaltando sua qualidade e importancia. Somando-se a isso, as praças portuárias têm sua posição redefinida no conjunto da estrutura urbana, haja vista  que sua hinterlandia e seu maior legado
.Os portos menores estão “condenados” ao desaparecimento , buscar ser um Hub port de um so segmento o Container .Foi o que levou a esta situação ou o equivoco vem de Brasilia , ao autorizar  concorrentes sem dalhe as mesmas obrigações .Ta parecendo o Time da TV que nunca sofre perda  de pontos com o erros da Arbitragem.

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