ATA DA 13ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA
COMISSÃO PERMANENTE
NACIONAL PORTUÁRIA
Aos vinte e quatro dias do mês de agosto de 2006,
na
Delegacia Regional do Trabalho no Estado de Pernambuco,
localizada na Av.
Agamenon Magalhães, nº 2000, Espinheiro,
cidade de Recife/PE, teve início a
13ª
Reunião Ordinária da Comissão Permanente Nacional Portuária-CPNP, sob a
coordenação do Sr. José Emílio Magro e com a presença dos seguintes membros:
Armando Ribeiro Moreira MT, Daltro de Souza D´Arisbo DSST/MTE, Ernani
Pereira Pinto CONTTMAF, Guanito Prado Alves Filho FNP, José Homero Xavier
Sampaio CNF, José Roberto Paulon Silva MD/Marinha, João José Rocha MTE,
Milton Ferreira Tito CNT, Rosângela Mendes Ribeiro Silva Cassaro DSST/MTE,
Sérgio Mathias Nazaré CONTTMAF, convidado Luis Fernando Resano Marinha do
Brasil
1.Abertura.
O Sr. Coordenador declarou aberta a sessão, iniciando os
trabalhos comentando sobre a visita do dia anterior (23) ao Porto de Suape –
Terminal de Contêineres e passou em seguida a discussão quanto à ausência
continuada de algumas representações, como a da FENOP.
Foi aprovado o envio de
correspondência a todas as representações na CPNP, para a definição de sua
participação nas reuniões.
A seguir, foi aprovada a Ata da 3ª Reunião
Extraordinária, bem como foram repassados os fatos relativos às reuniões em
Itajaí/SC e Rio Grande/RS.
O Sr. Guanito Prado sugeriu a retirada da redação do
texto republicado no Anexo V Classe 3 Líquidos Inflamáveis, pois somente foi
retirado a numeração dos itens 3.1, 3.2 e 3.3.
A coordenação redargüiu
informando que no momento não há lugar para mais modificações na NR29, posto
que recém publicada, e que os membros da Comissão devem fazer suas propostas
por escrito.
Foram superadas as dificuldades quanto à redação do item 29.2.1.2
– “dimensionamento do SESSTP”.
2.Perícia do INSS e aptidão para o trabalho
portuário.
Ao discutir os principais itens da reunião ocorrida em Rio
Grande/RS, houve a citação do fato que envolve os trabalhadores portuários
avulsos, os quais, após doença ou acidente, são considerados aptos para o
trabalho pela perícia do INSS, o que para o médico do OGMO é considerado
incapacidade. O trabalhador que retorna com deficiência pode acidentar-se ou
gerar, com maiores probabilidades, acidentes graves.
O Sr. Daltro D’Arisbo
alertou que o problema já é tratado há anos e que a CPNP não é fórum para a sua
decisão, mas instâncias superiores.
A seguir, foi proposto pelo Sr. Milton Tito
o encaminhamento do assunto à CNPP e CAP.
O Sr. Ernani Pinto adicionou a feitura
de um documento para a SIT e Gabinete do Ministro do Trabalho, o que foi
aprovado. Foi acordado que cada um dos membros fará um resumo com sugestões
sobre o tema para enviá-los à Coordenação da CPNP.
3.Trabalho da mulher nas
operações portuárias.
Na abordagem, foi dito que o trabalho feminino nos portos
tem ocorrência nos Portos de Santos, Salvador e Vitória. Suas atividades são
constatadas, dentre outras, na guarda portuária e como operador de
empilhadeiras. Quanto aos sanitários diferenciados, houve a lembrança que a
Norma Regulamentadora NR-24 já os preconiza, restando o problema quanto aos
sanitários femininos nos navios.
Ao lembrar o aspecto da ergonomia e o trabalho
feminino, a Sra. Rosângela Mendes e o Sr. Guanito Prado recomendaram a criação
de Comitês Regionais de Ergonomia nos Trabalhos Portuários.
A Engenheira Lígia
Scherer do OGMO/ES apresentou um trabalho sobre o trabalho da mulher nos portos
do Espírito Santo, incluindo um estudo estatístico contendo médias de
quantitativos e embarques. Ela demonstrou que a faixa etária média é de 32/33
anos e que, afora o entrave no uso de sanitários, as dificuldades na operação
têm fulcro no “barrote de sacaria de açúcar” (preenchimento de cargas fora da
área de projeção da boca do porão). Também recordou as questões quanto ao peso
carregado, na sacaria e na caixaria da desova de contêineres. Continuando,
enfatizou a necessidade de instruções a estas TPA das melhores posições
ergonômicas para o levantamento de peso. O Sr. Hamilton Loureiro, gerente do
OGMO/ES informou que o ingresso destas mulheres no sistema ocorreu por processo
seletivo, e sua classificação é de TPA multifuncional. Acrescentou a dúvida de
como seria feita a “parede” ? Como resposta geral, foi dito que as mulheres
recusariam ou aceitariam como qualquer outro TPA. Em continuidade a esta
resposta, o Sr. Coordenador lembrou que o PPRA e o PCMSO devem contemplar o
trabalho da mulher nos portos, e sua maior ou menor interveniência nos setores
de maior risco, e conseqüentes precauções em determinadas fainas.
O Cmte. Luís
Fernando Resano discorreu sobre o processo de adaptação das mulheres na Marinha
do Brasil, onde o trabalho feminino ainda restringe-se a tarefas
administrativas, intendência, medicina e engenharia. Em seguimento, foram
abordados os limites de transporte manual de cargas pelas mulheres, recordado o
item 17.2.5 da NR17, o qual impõe limites inferiores aos dos homens para cargas
carregadas por mulheres.
O Sr. Guanito Prado recordou a existência, na própria
NR29, do item 29.1.5.1 e alíneas, como precedente normativo.
4.Outros assuntos.
Houve a discussão de um caso enviado para apreciação da CPNP, de litígio entre
a CPATP e um membro suplente, na Bahia.
O Sr. Guanito Prado disse que
“democracia não pode ser confundida com indisciplina”. O Sr. Coordenador
informou que enviará resposta. Também foi relatado um caso do Porto de Rio
Grande/RS, onde TPAs denunciaram o trabalho junto àquela CPATP em períodos de
descanso, pedindo ajuda de custo mensal para tais tarefas.
A Sra. Rosângela
Mendes e o Sr. João Rocha disseram que no Porto de Santos há remuneração para
os membros da CPATP, as quais devem ocorrer pela média dos ganhos recebidos nos
últimos 30 dias, e que tais questões devem constar em Acordo ou Convenção
Coletiva de Trabalho.
5.Encerramento.
O Sr. Milton Tito sugeriu que sejam
realizadas duas reuniões no ano de 2007, uma por semestre, no Rio de Janeiro/RJ
e em Vitória/ES.
O Sr. Guanito Prado disse preferir Vitória/ES e Santos/SP.
O
Sr. Coordenador informou que estudará as indicações e acrescentou que as
reuniões extraordinárias serão convocadas por bancada.
Ao final, o Sr.
Coordenador lembrou que em 2007, a NR29 completará 10 anos de existência, uma
boa data para a realização de um novo, no caso o 3º Congresso sobre os Trabalho
Portuário e Aquaviário.
E nada havendo mais a tratar, a reunião foi encerrada,
sendo esta Ata por mim lavrada.
Porto Alegre, 02de outubro de 2006.Daltro de
Souza D’Arisbo.
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