30 de mar. de 2016

A Evolução do mundo Portuário


Por volta de 200 AC, a carga embarcada e desembarcada dos navios era manipulada pela própria tripulação e por trabalhadores ocasionais contratados pelos capitães dos navios, sendo a maioria composta por homens  que aceitavam o emprego temporário de manipular a carga quando estavam livres de suas ocupações habituais. Quase todos os trabalhadores se dedicavam a diversas atividades, de acordo com a época, a demanda e a remuneração possível. O único requisito era agüentar o tranco. Durante muitos séculos determinaram as operações os capitães dos navios e donos das cargas  e as condições de trabalho. Quando as embarcações passaram a ser movidas por motores à combustão, a tripulação, diminui. Porém, devido ao aumento das embarcações e, a tripulação passa a ser  insuficiente para o manuseio da carga no embarque e desembarque.
Surge assim o trabalhador portuário avulso, caracterizando-se por trabalhadores que antes faziam parte da tripulação das embarcações e escravos alforriados . Nesta época os os estivadores realizavam suas fainas em ambientes inseguros, perigosos e insalubres que não mudou muito nos dias atuais . Eram tratados como simples instrumentos para o enriquecimento pessoal dos patrões sendo contratados e dispensados dia-a-dia e de trabalho em trabalho. Numa época em que não se falava em seguridade social e saúde do trabalhador, acidentar-se no trabalho poderia significar invalidade para o resto da vida ou morte do trabalhador. 
Pois o empregador não responsabiliza-se pela saúde e segurança do trabalhador, aposentadoria, etc, já que tudo isso ficava a cargo dos próprios trabalhadores, durante muito tempo criou-se o apadrinhamento que ocorria quando o pai ,irmão ou sogro se machucava ou mesmo morria era seus dependentes que assumiam seu posto e os mesmos mantinham os parentes inválidos. O filho era a aposentadoria do Pai.

Nos últimos anos do século XIX, os portos e os navios começaram a ser dotados de equipamentos a vapor, o que permitiu agilizar a operação.
 Os estivadores se rebelaram contra as condições abusivas do emprego portuário, organizando sociedades de assistência mútuas que logo se transformaram em sindicatos. Com a criação dos sindicatos, os estivadores começaram a reivindicar melhorias salariais e sociais, estabelecendo um novo sistema trabalhista. 
No Porto de Antuérpia, o Centrale der Werkgevers aan de Haven van Antwerpen (Cepa) foi criada em 1929. Ele agrupa representantes de empresas comerciais, transporte e trabalhadores . 
Nos anos 30 o governos intervieram nas relações de trabalho contrariando os trabalhadores o que gerou conflitos , atrelados aos interesses econômicos dos empresários alegando que os estivadores, monopolizavam as atividades de manipulação de cargas.
Mas com o container que vem como resposta para a agilidade e segurança das mercadorias  numa operação eficiente.
Nos portos americanos entram em operação , e aos poucos já estão circulando o mundo . Em 26 de Abril de 1956, o Ideal X o primeiro conteineiro a operar no Porto Newark. Em 15 de agosto de 1962, a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey abriu o  primeiro terminal  de contêineres do mundo, Elizabeth Terminal Marítimo. Em 1964, primeiro terminal  de conteinteres de Bremen  na Alemanha, o Neustädter Hafen. 
Os dois primeiros contêineres desembarcaram em Santos em meados de 1965, do navio Mormacdawn: foram os primeiros movimentados em um porto sulamericano. Pela inexistência de equipamentos apropriados no cais ou a bordo, foram retirados do navio pela cábrea Sansão, um guindaste flutuante,  sob o olhar curioso dos doqueiros, estivadores e agentes da agência marítima Moore McCormack.Eram contêineres de alumínio, de 6 metros de comprimento por 2,44 de altura e  largura, vinham do porto de New York. Em 1966, Rotterdam recebe seus primeiros conteineres . 
 O porto de Felixstowe, em Felixstowe em 1967,  primeiro terminal de contêineres da Grã-Bretanha com o Serviço de Sea-Land.  Em 1972  o primeiro navio conteineiro em Singapura, M. V. Nihon no Tanjong Pagar Terminal.
Devido os grandes conflitos nas cidades portuárias ao ponto de comunidades inteiras rechaçar empresários os governos juntou as partes e vem uma grande
 convenção internacional  do  Trabalho  Portuário
 CONVENÇÃO N. 137 da OIT
Aprovada na 58ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho em Genebra em se reuniu a 6 de junho de 1973, considerando que os métodos de processamento de carga nos portos se modificaram e continuam a se modificar contêiner, navios roll on roll off, o aumento da mecanização no fluxo das mercadorias.
Considerando que essas mudanças, ao acelerarem o transporte da carga, e reduzirem o tempo passado pelos navios nos
portos e os custos dos transportes, vão beneficiar a economia do país e contribuir para elevar o nível de vida.
E as  repercussões sobre o nível de emprego nos portos e sobre as condições de trabalho e vida dos
portuários e que medidas deveriam ser adotadas para evitar ou reduzir os problemas que decorrem das mesmas,para  os portuários se beneficiar  das vantagens que representam os novos métodos serão acompanhados da adoção de dispositivos  para garantir a regularização do emprego, a estabilização da renda e por outras medidas relativas às condições de vida e de trabalho dos interessados e à segurança e higiene do trabalho portuário, entrou em vigor no plano internacional em 24.6.75.
O ECT de Rotterdam  na Holanda entrou em operação em  25 de outubro de 1975 a linha K .
CONVENÇÃO Nº 152 SEGURANÇA E HIGIENE  do TRABALHO PORTUÁRIO  em 6 junho de 1979 em sua sexagésima quinta reunião; recordando as disposições dos convênios e  recomendações internacionais do trabalho pertinentes ao espaço portuário.
Aprovada na 65ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho .
Em  1980 o Centro de treinamento portuario Ocha ,Porto de Antuerpia e criada para a formação ,qualificação e requalificação dos trabalhadores portuários.A Convenção 152 da OIT  entrou em vigor no plano internacional em 5.12.81.O Terminal de Conteineres da margem Esquerda do Porto de Santos -Tecon foi inaugurado em 30/8/1981.


 Estas premissas serviram para estabelecer sistemas profissionais para a mão-de-obra portuária  respeitando a cidade portuária , independentemente dos  interesses comerciais e econômicos dos  operadores. 

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