O trabalho portuário no Brasil
No Brasil, essa atividade remonta ao início de sua
colonização, quando daqui eram retiradas riquezas como o pau-brasil, ouro
etc.,eram embarcadas pelos indios e tripulantes. Com o passar
do tempo, os indios, pouco a pouco, foram deixando de realizar esse trabalho,
como os tripulantes devido a utilização da mão-de-obra escrava.
Na
Bahia , os negros se organizaram em "Cantos de Rua",
espécie de associação de Estivadores e realizaram antes mesmo
da abolição em 1789 a primeira greve no Brasil protestando
contra o uso de uma Chapa de Ferro no pescoço e cobrança de
Taxas extras pela Estiva.
Em 1812 surge em Pernambuco a Associação dos
Estivadores, primeira associação profissional no Brasil e anos depois da
Abolição,
a lei Áurea, 13 /5/ 1888, o trabalho que se executava nos
portos passou a ser prestado por homens livres. Em 1903 nasce a União dos
Operários Estivadores do Rio de Janeiro em 1903.Em 1919 foi fundada a Sociedade
dos Estivadores de Santos (SES).
As associações se tornaram sindicatos , nos
anos 30 dependia de autorização do Ministério do Trabalho. A regulamentação nas
relações do trabalho portuário visando o procedimento operacional.
Decreto nº 23.259 de 20 /10/1933 cria as Delegacias do Trabalho
Marítimo (DTM), reestruturadas pelo Decreto-Lei nº 3.346 de 12 /6/1941.
Orientar e opinar sobre o trabalho portuário; Matricular e Fixar o número de
trabalhadores portuários necessários ao movimento do porto; Fiscalizar e
aplicar penalidades , Expedir instruções reguladoras de serviços sobre o
trabalho portuário. Atribuições exercidas pelos Conselhos, com composição
tripartite, membros do poder público, empregadores e trabalhadores e presidido
pelos Capitães dos Portos. Decreto no 30.078, de 19 /10/ 1951, artigo 2o Os
filhos de estivadores, conferentes de carga e descarga, vigias portuários e
consertadores de carga terão preferência no preenchimento de 50% das
vagas que existirem nos quadros de cada Sindicato, pelas Delegacias
do Trabalho Marítimo.
A Lei nº 4.589 de 11 /12/1964, cria o Conselho
Superior do Trabalho Marítimo (CSTM) como instância recursal das decisões dos
Conselhos Regionais, para expedir Resoluções Normativas da aplicação da
legislação de proteção ao trabalho para todos os portos e do funcionamento dos
serviços da DTM.
Com a promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
pelo Decreto-Lei nº 5.452 de 1/5/1943, nas seções (as de nº VIII e IX), ou
seja, dos artigos 254 a 292, os quais regulamentam o trabalho portuário avulso
das atividades da estiva de cargas a bordo das embarcações e a movimentação
dessas cargas nas instalações portuárias. Em 26 /11/1965 foi sancionada a Lei
nº 4.858, dispondo sobre as “novas atribuições da COMISSÃO DA MARINHA MERCANTE
E DO CONSELHO SUPERIOR DO TRABALHO MARÍTIMO. Visando estabelecer
normas para a recuperação econômica da Marinha Mercante, o governo federal baixou o Decreto-lei nº 5 de 4 /4/1966 que, determinou em seu artigo 21 a
unificação das atividades de estiva e capatazia, criando a categoria dos
operadores de carga e descarga, fossem executadas por um mesmo
trabalhador, embrião da multifuncionalidade.
Essa determinação foi mantida pelo
Decreto-Lei nº 127 de 31/1/1967 e pela Lei nº 5.480 de 10 /8/1968. A unificação
nunca ocorreu.
Pois as funções de direção e chefia das equipes de trabalho eram
de ocupas por profissionais com experiência. A regulamentação desse rodízio se
deu pelo artigo 54 do Decreto nº 59.832 de 21/12/1966 que regulamentou o Decreto-Lei
nº 5 de 4 /4/1966. No mesmo período os estivadores conquistaram o direito a
férias remuneradas e o décimo terceiro salário.
Fundo de
Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo (FDEPM) e criada pela LEI Nº
5.461, DE 25 /6/1968, e pelo decreto-lei nº 828, de 05/09/1969 institui
FDEPM.
A COMISSÃO DA MARINHA MERCANTE E DO CONSELHO
SUPERIOR DO TRABALHO MARÍTIMO,que passou a denominar-se
SUPERINTENDÊNCIA DA MARINHA MERCANTE – SUNAMAM Decreto nº 64.125 de 19 /2/1969
no decreto nº 67.992 de 30 /12/ 1970, a SUNAMAM foi reestruturada em suas
atribuições, competindo-lhes fixar os percentuais de aumento ou reajustamento
salarial , os ternos,os horários e o regime de trabalho das categorias
profissionais.
No mesmo ano o Porto de Santos recebe os
primeiros cursos do prepom portuário , nos anos anteriores o treinamento era trainer in job , o estivador mais velho ensina o bagrinho ,4 cursos com 140 vagas
,atualização de conferente,consertador ,estivador e vigia .
Em
1972 inicia o treinamento com equipamentos portuarios em Empilhadeira , Guindaste e guincho de bordo e tratoe e pa carregadeira em
1981 a primeira turma do curso de carreteiro e cavalo mecânico para trabalhar
nos novos navios Rollon-Rollof .
A partir de 1983, com o ingresso de médicos do
trabalho, engenheiros e agentes de higiene e segurança nos quadros das DTMs, iniciou-se a fiscalização das
condições de segurança e saúde nos trabalhos portuário.
Onde surgi as primeiras propostas de adequação da
legislação e as primeiras estatísticas de acidentes de trabalho no setor
portuário, a partir de estudos realizados pelo escritório da FUNDACENTRO em
Santos.
O último ato expedido pela SUNAMAM foi a Resolução nº
8.179 de 30 /1/1984, estabeleceu as taxas da remuneração de todas as
categorias, regulamentando o montante de mão-de-obra despendida,os custos e os
ternos-padrão.
A Lei nº 7.731 de 14 /2/1989 extingue as
DTMs, as Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs) da-se a participação do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nos portos.
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