A greve vai regressar ao porto de Lisboa, depois de um
pré-aviso de greve comunicado aos operadores portuários pelo Sindicato dos
Estivadores. A greve foi agendada entre 20 de Abril e 5 de Maio.
O movimento em si significa que falhou a negociação mesmo
com a mediação da ministra Ana Paula Vitorino. A Agepor - Associação
dos Agentes de Navegação de Portugal como já
era de esperar expressa a sua indignação e condena a continuação do
atentado ao porto.
"Trabalhadores acordem! Não é só o porto que morre é
também o vosso trabalho! São os vossos postos de
trabalho!". "Desde há muito que a Agepor clama por um acordo que
trave o declínio do porto de Lisboa. Ultrapassa a nossa capacidade de
compreensão que o mesmo não tenha sido atingido. A quem serve esta
greve?"
Na realidade não só em Portugal mas em todos os países que
abraçaram a austeridade como bandeira política
empresarial os operadores portuários estão a "anarquizar o regime de
organização e de estabilidade das relações de trabalho portuário no porto de forma
a desqualificar e precarizar o mesmo, com vista à diminuição acentuada,
desregrada, ilegítima e desnecessária do seu custo para engordar seus lucros ".
A longa batalha dos estivadores tem resistido a todo o tipo de
pressões e golpes, da duplicidade governo empresário . Primeiro pois buscam o direito
social de poderem manterem suas famílias decentemente, tendo portos em que recebem pouco mais do que um salário mínimo e em outros estão com os salário congelados há anos. Já
enfrentaram, um sindicato fantoche criado pelos patrões contra todas as leis,não
lutavam contra outros trabalhadores mas contra a ganância que busca os discípulos da austeridade agora, depois de mais um vai e vem negocial e
depois de terem aceito boa parte das propostas , os operadores portuarios continuam tentando trocar estivadores
profissionais por trabalhadores precários e sem formação adequada, protelando
também o Contrato Coletivo de Trabalho por quererem travar a progressão na
carreira o crescimento profissional.
A
greve e a ultima face de uma luta ,a carta na manga o apelo a sociedade mas de
fato e o resultado do desrespeito e da falta de compromisso do empresario com a sociedade que
nele , porto tem seu ganha pão direto ou indireto .
Os armadores mudam
suas escalas, pois se for olhar com uma
lupa todos no fundo tem um pedaço de cada negocio reflexos de mercado , o imobiliário que quer parte da área
para edifícios de luxo , o turismo quer os iates mas as mercadorias vão para os
portos de sempre e para Lisboa virão de
trem ou caminhão no mesmo volume de mercadorias movimentadas.
Nas greves os estivadores são acusados de conspirar
contra o abastecimento de Lisboa quando na verdade têm sido os patrões a desviar
cargas para os portos onde também tem participação e o trabalhador não mija no seu posto de
trabalho ,pois e dali que leva o leite para o seu filho .
A mídia já faz o jogo de seu patrocinador o mesmo
operador portuário ao jogar a sociedade contra estes trabalhadores , a
rotulação e uma força de ofensa sem direito de resposta e uma jogada irregular
que somente o dinheiro e capaz de efetuar . Claro no texto Economia no Mar.
Um depoimento de Conceição do Face .
Força gente com
coragem, Estou convosco. Não liguem a quem por aqui quer vos denegrir, ou ainda
não perceberam que a luta terá de ser a de todos os trabalhadores - espero que
não venham a entender isso da pior forma - ou não passam de lacaios ou de
simples trolls.
Resenhas dos textos economico.sapo.greve-regressa-ao-porto-de-lisboa e obeissancemorte.wordpress.estivadores-razoes-de-uma-greve-e-de-uma-luta-exemplar/Imagem Fatima Queiroz
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