23 de mai. de 2016

O que Tem o Conflito Laboral no Porto de Lisboa

Operadores querem demitir todos os estivadores no Porto de Lisboa
Para a Associação de Operadores do Porto de Lisboa a iniciativa é fácil de fundamentar, tendo em conta que o porto está  parado. 
Os operadores do Porto de Lisboa vão avançar com a demissão em massa por redução da atividade, depois do Sindicato dos Estivadores ter recusado, uma nova proposta para um novo contrato coletivo de trabalho.Chegamos ao limite. 
Há mais de um mês que o Porto de Lisboa está completamente parado.
A Liscont recusou adiantar quantos dos 320 estivadores serão demitidos, adiantando que a análise sera feita seção a seção.A greve ocorre desde 20 de abril  e pelos estivadores terem recusado a proposta de acordo de paz social e a celebração de um novo contrato coletivo de trabalho para o trabalho portuário no porto de Lisboa.Os pontos em que ainda não foi possível chegar a um acordo estão previstos na lei e vigoram nos outros 14 portos.O maior atrito e a empresa de trabalho portuário Porlis, sua extinção.
Os empresários sempre vão , perder  , mas não ,são criados e treinados para ganhar sempre mais , então não tem cabimento uma perda de 300 mil euros por dia , só se no jogo de xadrez  já estudo para as cinco próximas jogadas, entrega-se o bispo para jantar com a rainha.A última fase de sucessivos períodos de greve, que se iniciou há três anos e meio, eclodiu  
em 20 de abril um movimento onde os estivadores do Porto de Lisboa ,cruzaram o braço em qualquer navio ou terminal, além do turno, aos fins de semana e feriados.

Sobre a demissão dos estivadores.
Desde 2012, estes homens limitaram-se a fazer greve às horas extra. Ora, bem se o Porto alegadamente tem uma diminuição de cargas movimentadas, porque motivo uma greve às horas extra prejudica tanto a economia nacional?
Estes homens têm salários atrasados, não porque as empresas estejam com dificuldades, mas porque as empresas de
estiva decidiram criar uma nova e contratar apenas precários e com salários mais baixos.
Estes homens pertencem à única carreira profissional em que legalmente é aceitável para trabalhar contratados à "jorna," nunca sabendo se no dia seguinte têm ou não trabalho.
As mesmas empresas de
estiva que agora anunciam , demissão em massa são as que até sexta juraram manter postos de trabalho, desde que - claro - os trabalhadores aceitassem a precariedade.
Se concordarem com existirem pessoas que passam uma vida sem saber se amanhã são colocados, que trabalham em condições duríssimas, sem equipamentos adequados, como demissão em massa , pode servir de arma apenas porque não se aceita mais precariedade, então não se mexam.
 Um dia toca-vos a vós e esperarão a solidariedade de quem, provavelmente, já se viu obrigado a emigrar.De acordo com o último pré-aviso, a greve vai prolongar-se até 16 de junho.

O grupo dinamarquês Maersk, retirou as operações do porto de Lisboa, seguindo  a alemã Hapag-Lloyd, ambas  trocaram o porto de Lisboa pelo de Leixões .
A de se pensar sobre a influência da Maersk,sua preocupação e com seu ganho e não com a sociabilidade do porto atendido por seus navios ,um exemplo ,desta postura esta no Brasil no porto de Itajaí onde a armadora trocou pelo terminal de navegantes mesmo em itajai tendo um terminal de seu grupo , alegando ganho na operação.
A pergunta aos políticos portugueses de Portugal e  de Lisboa o que se vislumbra para o futuro do Lisboeta mas principalmente do português  .
O que busca ganhar os empresários portugueses do setor
Portuário com tal batalha na muralha?
E a mídia sempre estará com os patrocinadores .

Os trabalhadores das administrações portuárias em Portugal vão estar em greve de 2 a 6 de Junho, junto a paralisação dos estivadores de Lisboa, a greve de cinco dias , o que de concreto ocorreu para não se chegar há um acordo ate este momento.As exigências dos trabalhadores portuários , o plano de carreiras, a definição de estatuto e a intervenção do Governo na resolução do conflito laboral dos estivadores.
A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino tem se reunido com as administrações dos Portos e também com os sindicatos tanto da administração quanto dos estivadores .

Quando não há acordo e a parte que tem que ceder ,mas para ceder terá que abrir mão de suas sonhadas margens de lucros a base de trabalho semi escravo e como fica minha bela  Portugal ,retornando ao século XIX , no emprego  de casa e comida  .
A Rua e a única saída .


Os Estivadores estão em luta contra um movimento de demissão em massa  que pretende substituir trabalhadores com direitos por precários, sem direitos e com salários de miséria, quando existem condições para criar centenas de empregos dignos e permanentes nos portos portuguesesO que nos está a acontecer é a realidade em muitos outros setores de atividade onde centenas de milhares de pessoas continuam sujeitas à precariedade e ao desemprego. Porque sabemos que juntos temos mais força para exigir uma mudança efetiva da legislação laboral, apelamos a toda a população para nos acompanhar neste combate. Ao ataque generalizado aos direitos dos trabalhadores, temos que responder com a generalização da solidariedade e da luta.
 Queremos a revogação da lei do trabalho portuário, na origem dos problemas na muralha e nas nossas vidas, porque lutamos por viver num país sem escravatura. 
Todos por todos, voltamos às ruas!
 fonte http://expresso.sapo.pt/economia/2016-05-23-Operadores-avancam-com-despedimento-coletivo-no-Port e do texto de Rita Garcia pereira o-de-Lisboa

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