28 de out. de 2016

A lingada jamais será a mesma novamente?

E talvez nós voltemos
No porão, quem pode dizer?
Eu suponho que não há ninguém a se culpar
Nós levantamos a carga
A lingada jamais será a mesma novamente?
Nós seguimos o sindicato e ainda continuamos firmes
Com tantos anos luz a seguir e coisas a serem descobertas
Tenho certeza que sentirei  a falta  da batalha da Fe
O Estivador  voou pelo oceano
Deixando apenas uma lingada desfeita
Foi atrás das verdades portuárias
Quando descemos no porão
Expondo todas as nossas fraquezas
Mesmo que escondidas atrás das mascaras
Mas na cidade do orgulho portuário
Nas praças as crianças brincam de estivador
Sob olhares atentos de suas mães
No fim das contas, e uma cidade portuária
Numa sinergia cósmica com cada escada de portolo
Seria este o  Paraíso ou um sonho
Um lugar tão encantador Estivador
Qualquer época do ano, você pode vir aprender
Compartilhar a  dança dos conteineres  no pátio,
 o doce suor da sacaria de café
A acides do lashing  as partículas suspensas da soja
Os  álibis espalhados no navio roro
Espelhos na carga geral , a champagne rosa no gate.
A lingada jamais será a mesma novamente?
Nós seguimos o sindicato e ainda continuamos firmes
Com tantos anos luz a seguir e coisas a serem descobertas
Tenho certeza que sentirei  a falta  da batalha da Fe

Ele chama pelo velho
estivador
Ele continua  desfazendo a lingada, não olha pra trás
Ele finge que não e com ele
Tem um terno de distância entre nós
A despeito de toda a dor entre uma saca e outra
Você sabe que as pessoas são estranhas as vezes
Mas o tempo nos caleja
Até a eternidade, será sempre assim
Carga para dentro ou para fora num circulo, rápido e devagar
O mundo não pode parar
Eu suponho que não há ninguém a se culpar
Nós levantamos a carga

A lingada jamais será a mesma novamente?

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