ESTIVADOR
Estou aqui hoje, numa madrugada com clima ameno, com o
coração disparado pela notícia de uma tão suada e esperada, vitória,
sobre algumas pessoas e Empresas gananciosas que estão tentando
deixar , a mim e mais, uma centena de pais de famílias a deriva a beira do
caminho, com uma mão na frente e a outra atrás.
Caminho este que é uma vida, de , trabalho duro, de muito
suor, de muita luta, cansaço físico e agora também emocional. Mas graças a DEUS
e a alguns gigantes companheiros meus de trabalho, estes gananciosos comeram
comida crua!
Meu nome é Jânio, sou Estivador no Porto de Imbituba, com muito orgulho. Orgulho este porque ser estivador antes de ser uma escolha de vida profissional, é um Dom, o Dom de ser um Estivador.
Além
de concluir, diversos cursos especializantes, para poder, conhecer ao fundo,
uma embarcação de grande porte e saber como manusear os aparelhos que nela
possui, para que as diversas cargas sejam movimentadas através de seus porões e
conveses. Você tem que estar preparado pra enfrentar muitos obstáculos , muitas
adversidades...
Ser Estivador é;
trabalhar arduamente, arrastando correntes grossas e pesadas, pelos conveses e
porões das embarcações, carregar os macacos esticadores de um bordo para o
outro, de proa a popa. É bater sacos de açúcar, arroz, grãos de café, de 50 kgs
mesmo estando derretendo em suor, num porão de chapa de aço, em dias de calor a
35, 38 graus ao ar livre, e no porão, sabe-se lá quanto? E daqui a pouco, já no
próximo engajamento ou pegada, descer no porão de outro navio, com temperaturas
negativas, bem abaixo de 0° graus, para operar empilhadeiras elétricas ou para
segurar com punhos e pulsos firmes e fortes, caixas congeladas e escorregadias
de produtos perecíveis. É num dia ser operador de guindaste e no outro Portoló,
é estar pendurado a quase 20 metros de altura, lá no 6°container de alto, pra
destravar ou tirar aquela castanha que desprendeu da sapata do container e que,
se você não tirar o container não vai encaixar! É ter que descer aquela escada
reta do porão, lotada de carvão coque, sal grosso ou fertilizantes como uréia
ou salitre grudadas nas paredes e você ter que se segurar firme na escada, e
começar a esgravatar com os pés para que o material caia e assim você poder descer,
até acessar o cobro, para então, poder fazer o rechego, com a pá carregadeira,
trator de esteira ou com a pá manual mesmo.
Ser Estivador e estar sempre lhe dando com os extremos.
São tantos riscos, perigos, inúmeras funções e fainas...
Mas se você é um Estivador, deve estar
preparado para tudo isso.
E depois de descrever um pouco sobre o que é ser um Estivador, vou encerrando estas tão poucas linhas, comparado ao tanto de que ainda ficou por ser descrito, sobre esta tão honrosa profissão, que me foi concedida por DEUS, poder exercer. Obrigado meu DEUS.
E depois de descrever um pouco sobre o que é ser um Estivador, vou encerrando estas tão poucas linhas, comparado ao tanto de que ainda ficou por ser descrito, sobre esta tão honrosa profissão, que me foi concedida por DEUS, poder exercer. Obrigado meu DEUS.
ESTIVADOR JÂNIO N°267, na Estiva de
Imbituba-SC.
A luta vem ocorrendo há tempo numa dura batalha .
Há dois anos ...
TRT 12ª Região: Justiça anula contratação de
32 estivadores sem registro no Porto de Imbituba
Decisão obriga operador portuário a preencher as vagas
com trabalhadores registrados no órgão gestor de mão de obra OGMO
Uma liminar da Vara do Trabalho de Imbituba anulou, na
semana passada, a contratação de 32 movimentadores de carga que trabalham para
a empresa Santos Brasil, concessionária que opera o terminal de contêineres do
porto local. A decisão atende a uma ação declaratória de nulidade proposta por
dois trabalhadores portuários avulsos, que argumentam que as funções só
poderiam ser exercidas por trabalhadores registrados, como prevê a legislação.
No caso julgado pela VT de Imbituba, o grupo de
movimentadores de carga foi contratado por meio de edital, em junho do ano
passado, para trabalhar com vínculo permanente. Ao apresentar sua defesa, a
contratante alegou que os trabalhadores registrados no OGMO não se encaixavam
no perfil profissional das vagas, levando a empresa a contratar trabalhadores
não registrados.
A juíza do trabalho Ângela Konrath deferiu a liminar,
apontando que a contratação foi feita “em total dissonância com a legislação
portuária”. Ela também apontou que o edital desrespeitou as normas coletivas da
categoria, que exigem a aprovação de um acordo coletivo aprovado em assembléia
antes de qualquer tipo de contratação.
“A negociação coletiva é fundamental para que a
contratação de trabalhadores com vínculo não configure a implosão da estrutura
do trabalho portuário”, a liminar determina ainda que a empresa terá de pagar
multa de R$ 5 mil, por trabalhador, caso descumpra a decisão, o valor será
revertido para o respectivo trabalhador registrado no OGMO, que foi prejudicado
pela contratação irregular.
Mas uma batalha se da contra a falta de responsabilidade
social do operador portuário
No ultimo dia 3 de novembro a justiça do trabalho do tribunal regional do trabalho da 12
região vara do trabalho de Imbituba
.
Suspensão da vinculação pela operadora portuária ILP.
Devido a forma violenta
que a operadora portuária tem imposto a contratação vinculada aos
trabalhadores sujeitando ao seu poderio
econômico toda a categoria de estivadores do porto de Imbituba ,desprezando o contexto social em que atua ,
em flagrante desrespeito as negociações
coletivas exigidas por lei para a vinculação
.
Por conta disto multa em R$1.000,00 por trabalhador
vinculado sendo revertido aos
estivadores preteridos .
Foi mais uma vitória nesta lingada, mas a batalha será dura
porão a porão para no convés se dar o respeito.
Parabéns aos estivadores de Imbituba que se
tornam um marco na luta contra a ganância empresarial portuária .
Fica a dica para os demais portos do território Brasileiro e seus
trabalhadores a luta e a única arma
contra o acúmulo de capital do operador portuário com o a esfoliação do dinheiro do bolso do
estivador numa prova do desprezo social
do gestor portuário com a cidade portuária .Baseados no pressuposto de dedução de
custo a qualquer custo .Pois a responsabilidade social e do Estado .
imagens janio
Saberia informar qual o número do processo judicial? Estou fazendo um trabalho acadêmico sobre isso e gostaria de ler o processo. Obrigada.
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