13 de ago. de 2017

Neste Porto de Verbalismo

E eu desistiria da eternidade pelo respeito 
Pois sei que isso é o mais próximo do paraíso que chegarei
Não sou uma pessoa perfeita 
E eu não quero que o mundo me veja 
Como  um bruto um simples jacinto 
mas como um estivador 
Cresci vendo o cais 
Seu vai e vem 
Sonhando com o que poderia acontecer
E se eu ali estivesse 
Eu rezei para ali estar e 
 hoje rezo para  voltar ao fim do turno pra casa  
Tentando ao máximo produzir 
Mas quando vejo os conteineres pendurados e ao mar 

Sinto como se  fosse um cais fantasma 
Comandado e operado da mesa de controle  
Sem o suor do estivador 
Como se ninguém soubesse apear
Sendo assim  e fácil culpar o trabalhador 
quando o problema da questão esta no gestor 
Mas algo precisa ser feito neste porto de verbalismo 
E farei um pedido,saindo da escuridão 
Correrei o risco
Mas temos de fazer alguma coisa 
Eu não sou a ferramenta 
Cumpri as regras e os procedimentos 
Mas Não faz sentido ser mandado por alguém que só fala inglês 
Que não  viveu diariamente na beira do cais 
A dor da lingada de desbastar a barreira de bater alavanca 
Então o que está errado no cais 
Quando tudo parece como nos filmes
Porque não creio que eles entenderiam
Que rezei para ali estar e  hoje rezo para  voltar  pra casa  
Tentando o máximo produzir 
Mas quando vejo os conteineres pendurados e ao mar 
Sinto quando leio sobre a má qualidade do trabalho da estiva e de nenhum controle sobre a segurança a bordo .
Como se ninguém soubesse apear e não fosse certificado
mas e fácil culpar o trabalhador quando o problema da questão esta no gestor 
Mas algo precisa ser feito neste porto de verbalismo 

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