20 de out. de 2017

Diante do Convés

Comparando a paixão do estivador com a estiva e o amor do Pescador com o mar, que e grandioso em si mesmo, tem uma força  ainda desconhecida, e é capaz de encantar e até matar quem Não tiver  a devida atenção.

A beleza  onde mulheres e homens viram crianças , os olhos brilham,o coração acelera, a vida não tem outro sentido sem o vento que corta o castelo de proa, onde os valores se renovam em ciclos como  as marés que elevam e abaixam as águas tem  a sazonalidade das cargas durante o ano. 
O amor são os  pequenos gestos, linguagem, respeito, admiração pelo Porão, as lembranças da parede que vai construindo um sentimento maior que na fê deságua , na correria para a maquina  registrar e  na palma da mão conferir a puli, avançando com o tempo, na cumplicidade do geral com o diretor de portolo.

Diante do convés do navio vejo a lingada num Vai e Vem sem fim e posso ter esperanças que os navios  na barra irão atracar  .
O respeito pode  voltar ou se renovar, e assim como estou diante do Porão, poderei estar diante uma nova geração, para um recomeço, em um indo e vindo infinito como o próprio mar, como na estiva .

Um cais e uma estrutura construída paralelamente à água, para embarcações aportarem nela, ancoradouro onde os estivadores carregarem e descargarem carga e os pescadores pescam e contam suas historias.  
O cais  e uma trilha, melhor ainda e uma  passarela onda desfilam mulheres e homens operando equipamentos movimentando cargas cada dia ou noite com quadro a pendurar no escritório portuário.

imagem Fatima Queiroz 

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