13 de ago. de 2018

Sou um estivador

É um tanto engraçado esse sentimento
Não sou daqueles que conseguem esconder 
E você pode dizer a todos que sou estivador 
Pode ser  algo estranho
É um gesto de satisfação 
Quando levanto a carteira na batalha da fe
Liberto-me de suas mãos
Mas ao digitar na maquina  
Projeta-me  na escuridão
Que ao a travesar a catraca  e acessar ao costado 
Abro os olhos e deslumbro o  horizonte, 
Não sou o homem que reclama 
Ah, não, não, não

Sou um estivador 

Que ao subir a escada de portalo 
Vem perdendo a calma
Com a baixa prancha estipulada 
Com a demora na entrada da maquina 
Com a falta de caminhão na minha mão 
Com o terno somente com conteineres vazios 

E acho que vai demorar muito, muito tempo
para você entender  
Que estes seus procedimentos 
Me alimentam 
Não sou o homem que reclama 
Ah, não, não, não

Sou um estivador 

Que  acorda de manhã junto ao galo 
Que corre do 1 ao 40 
Que rechega na pá as exportações 
Que na picareta descola as importações 
Que no ferro e no muque desapea os conteineres 
Como um equilibrista dos céus destrava os conteineres 
Para sorrir no fim da jorna

Não se esqueça disso
Amanha tem mais 
pois nada vem facil 
sem luta  e companheirismo 
E seguindo teu ideal 
seria apenas mais um 
Ah, não, não, não

Sou um estivador  

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