O Sindicato dos Estivadores afirma que a ministra do Mar , pactua com a tentativa “ilegal” de substituir trabalhadores avulsos do porto de Setúbal, parados há mais de uma semana, por estivadores avulsos de Aveiro e Lisboa. “Fomos confrontados com a tentativa de convocar estivadores do porto de Lisboa para substituir os trabalhadores que estão em luta no porto de Setúbal.
Num gesto tipico da Beira do cais ou melhor da muralha , os estivadores de Lisboa e de Aveiro recusaram a proposta para trabalhar em Setúbal.
Eles foram abordados para trabalharem durante três dias em Setúbal, em substituição dos avulsos parados há mais de uma semana em protesto contra a situação de precariedade em que se encontram dado que são contratados ao turno. Via sms (mensagem de texto ) de um responsável da GPA, Empresa de Trabalho Portuário de Aveiro, a pedir-lhes para dizerem se estavam disponíveis para trabalhar durante três dias no porto de Setúbal. “Não contentes com a primeira tentativa fracassada, melhoraram a oferta com transporte de 300 quilômetros em cada sentido, com direito a cama, a serem pagos por verba surpresa e com escolta segurança . O que pretende a parceria publica privada e ver um conflito armado entre trabalhadores para, assim, responsabilizar o SEAL,sindicato por eventuais consequências de atos irresponsáveis, deliberadamente provocados pelos operadores portuários, em despudorado e notório conluio com a tutela do setor.
. Bingo como numa cena dos filme ABC da Greve, Cesar Chavez, Sal da Terra e Gun City
O SEAL alerta ainda a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para eventuais ilegalidades que possam ocorrer durante a eventual substituição de trabalhadores no porto de Setúbal e considera
que este tipo de medidas não contribui para uma solução duradoura nos portos nacionais. .
Um depoimento
"Amanhã [Hoje], os trabalhadores precários (ou eventuais) do Porto de Setúbal continuam a sua luta. Fazem muito bem. Estar há dez anos a fazer 30 ou 40 turnos por mês, sem nunca ter um contrato que dure mais do que um dia é escabroso. A somar-se à vergonha do trabalho à jorna num Porto onde 90% são precários e só 10% efetivos, hoje acrescentou-se mais uma razão que justifica a greve deles e a nossa solidariedade: a manobra para substituir os trabalhadores em luta por trabalhador trazidos de Aveiro, feitos mercadoria, com a conivência da administração do Porto e da própria Ministra do Mar. Em vez de conduzir um processo negocial para garantir que os direitos mais elementares são respeitados, que há contratação coletiva, que se respeita o princípio da liberdade sindical, a Ministra terá validado esta manobra gravíssima. Sejamos claros: o que está a prejudicar a economia do país é a inflexibilidade das empresas, que olham para os estivadores como se fossem escravos e não aceitam contratos coletivos nem a vinculação de 56 trabalhadores (é a proposta do sindicato nacional), e é a conivência das autoridades com este esquema de praça de jorna e de substituição de grevistas. Os estivadores merecem o nosso apoio e solidariedade ativa. Já venceram uma vez a prepotência, hão-de vencer outra vez. Estão de parabéns pelo exemplo." - José Soeiro.
https://www.dinheirovivo.pt/economia/sindicato-dos-estivadores-acusa-ministra-do-mar-de-pactuar-com-ilegalidades-nos-portos/?fbclid=IwAR1kifPpDUBR4jmVtJHDoN_TZCw_LrWgHbZICs4f7eyjhjrL1XmleW7g_NY
https://observador.pt/2018/11/15/sindicato-dos-estivadores-acusa-ministra-do-mar-de-pactuar-com-ilegalidades-nos-portos/?fbclid=IwAR3dq4aUsLnz71l3o_79YU5VOkXmIh4llh5GArwl1LLlIgQwQ90lQ9aD-6w
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