Com a missão de descobrir ate onde quer chegar os empresários do setor portuário.Apesar de estar aqui digitando de forma simples sem exageros .
A Operestiva, que durante mais de duas décadas não contratou nenhum dos trabalhadores precários que garantem 90% do trabalho no cais, tenta agora contratar "sem termo" e com um contrato "acima da média".
Esquece a ilegalidade dos contratos, posto que em período de greve as empresas não podem contratar, e ignora que tem 93 trabalhadores que são os titulares desses postos de trabalho há duas décadas, cujos contratos “sem termo” as empresas recusam negociar colectivamente.
Face à incapacidade da ACT de Setúbal (que parece continuar a ignorar esta intolerável realidade local), e à evidente conivência do governo, quem mete cobro a tanta ilegalidade antes que as irresponsáveis manobras da Operestiva, integrada ao grupo turco Yilport, possam resultar num confronto de proporções imprevisíveis entre trabalhadores portugueses?
Esta entrevista com o Doutor Marecos é lapidar. Deixa claro que a Operestiva – Yilport reconhece que não consegue trabalhar em Setúbal porque há anos que os seus lucros dependem do trabalho de uma maioria esmagadora de precários, assume que está a tentar contratar trabalhadores em período de greve e deixa claro que há dois planos de luta concretos, o da greve nacional às horas extraordinárias e a indisponibilidade dos estivadores eventuais de Setúbal em resultado da coação que estavam e continuam a sofrer.Não diz que ele é o responsável pela operadora portuária TCL (100% Yilport) a qual detêm no mínimo 50% da GPL, a empresa de trabalho portuário do porto de Leixões, logo responsável pelas razões iniciais que levaram à convocação da greve ao trabalho extraordinário em curso, a intolerável discriminação salarial em virtude da filiação sindical que se pratica em Leixões há 22 meses para com os sócios do SEAL.
Em suma, o Doutor Marecos tem responsabilidade direta , num turbilhão de posições que deixa evidente que é sua, como responsável da Yilport, em conjunto com os restantes grupos econômicos que dominam os portos nacionais – ETE e SOUSA - toda a responsabilidade pelo atual estado de excepção da nação portuária.
António Mariano, no Jornal da Noite da TVI, esclarecendo a sociedade sobre o problema que atravessa os portos Portugueses.
Ainda que seja pequenina os exageros a Precaridadeflix no Recrutar sem Termo , cumpre seu papel de entreter a comunidade portuária global ,alem de ir um tiquinho ,alem de convidar os leitores a fazer reflexões que devem ser feitas nas relações humanas de poder econômico .
Nenhum comentário:
Postar um comentário