21 de fev. de 2020

O gap salarial da precariedade


“Costumo responder à questão dos cinco mil euros dizendo que se trabalhar por três estivadores sou capaz de ganhar 5 000 euros. A questão é que os salários são bastante inferiores em média, há trabalhadores abaixo dos 800 e 700 euros em Lisboa e outros portos nacionais”, disse. “O salário base, em Lisboa, pode ir dos 1 000 aos 2 000 euros. 
O ponto médio não sabe onde está, poderá estar perto dos 1500 euros.
 São salários decentes que defendemos para quem trabalha numa profissão perigosa, como é o trabalho de estiva”, António Mariano."

A abertura desta partida ocorreu em 2014 é nesta fase os movimentos iniciais foram de aberturas e, quando efetuadas/repetidas foram defendidas por trabalhadores com grande apego solidário. Catalogado em obras de referência trabalhistas como nenhum passo atrás e Dont funk my job

O que se busca nesta partida jogada a 6 anos e controlar a renda do estivador, conseguida esta atitude e tornar este soldo em lucro para a operador portuário.
 Esta via e catalogada como redução de custo a qualquer custo.
Nesta  partida Imortal, disputada pelos estivadores e pelos empresários portuários portugueses e repleta de lances, com combinações entre o poder publico e o interesse econômico, envolvendo o sacrifício financeiro da família do estivador.


Têm salários em atraso há 18 meses e famílias passam por dificuldades. 
Começaram uma movimento social com adesão total da comunidade portuária e a empresa,alega que tem problemas financeiros. Os operadores portuários de Lisboa lutam para criar condições laborais piores e precárias.
Serão de partida duas semanas e meia de cruzada de braços pelos estivadores do porto de Lisboa. Somente o vento que corta a muralha circula nas empresas Liscont, Sotagus, Multiterminal e TMB.

Os operadores portuários de Lisboa desejam reduzir os salários, que estão congelados desde 2010, em 15%, para sanear um gerenciamento danoso, da qual os estivadores não têm culpa. O que busca os operadores portuários e fechar as portas da AETPL(ogmo) para promover demissão em massa dos trabalhadores do Porto de Lisboa, com isso acabar com condições laborais dignas, para que outra a substitua, introduzindo gente sem requisitos, sem experiencia, sem qualificação e com salários de miséria e precariedade em suma, num empreendedorismo de clausulas laborais anti sociais. 

A situação financeira da AETPL só é desequilibrada porque as tarifas  praticadas, de cobrança do custo de estiva à empresa de trabalho portuário, mantém-se inalterado há 26 anos. Se tivesse sido atualizado, em 10 ou 15%, a empresa de trabalho portuário AETPL (ogmo) teria uma excelente situação financeira. Ja para consultoria, só por via da renegociação na redução da tabela salarial, em linha com Leixões, permitiria à A-ETPL uma recuperação da atividade, mas apenas, e num cenário otimista, em 2021. 
A EY salienta que existe um elevado gap salarial entre Lisboa, Leixões e Sines, frisando que a retribuição média em Lisboa (1.645 euros) é superior à de Leixões e de Sines em 14,5% e 53,6%, respetivamente, considerando que esta é uma desvantagem competitiva do porto de Lisboa.
 Ops então não e a rede social que divulga e cria FAKE NEWS, tem jornalista diplomado derrapando.

O International Dockworkers Council (IDC) busca ações de solidariedade para os estivadores de Lisboa.
Uma agressão a um trabalhador portuário é um insulto a todos os estivadores. Não vamos permitir que os nossos companheiros portugueses estejam sozinhos perante estas agressões injustificadas .
“Há 7 anos, as empresas de trabalho portuário de Lisboa tentaram acabar com  A-ETPL, e substituí-la por uma pool de trabalhadores eventuais sem formação, sem direitos laborais, e agora estão a tentar fazer o mesmo”.
E um desrespeito a atitude da A-ETPL  com seus prestadores de serviço, os estivadores, que nos últimos 17 meses receberam os salários  em dezenas de prestações, diz ainda que não tem condições para cumprir o Contrato Colectivo de Trabalho em vigor no Porto de Lisboa.
O estivador, por ter no sangue a chama da solidariedade, não vai virar as costas a muralha, destina-se a lutar para que as empresas portuárias, pertencentes ao grupo Yilport, cumpram os acordos que assinaram e paguem o que devem.

A recusa e continuação deste procedimento empresarial com certeza ira conjugar na recusa dos estivadores dos países vizinhos, cruzando os braços e promovendo  operação tartaruga nas cargas e navios vindos deste grupo financeiro.
Pois, a atitude empresarial esta sendo radical, neste enxadrismo, de olhos vendados. Ficando nítido que experiência, imaginação e memória são elementos essenciais neste processo de precarização do estivador português.

Os estivadores do porto de Lisboa, reunidos em assembleia,face ao comportamento irresponsável das empresas de estiva que são as únicas sócias e únicas clientes da A-ETPL, decidiram agravar as formas de luta na sequência do pedido de insolvência da mesma, decidido na véspera desta assembleia pelas suas parceiras. 
Assim, a partir do próximo dia 9 e até ao dia 30 de Março, decidiram fazer uma greve total a todas as empresas portuárias. 
Para que a paz possa regressar ao porto de Lisboa basta que os patrões cumpram o que assinam e paguem o que devem.
Uma coisa e certa quando o lucro solta a mão do empresario ele corre para outro porto e quem continua são os estivadores na muralha. Agora quando são os empresários que implodem o pool para ter lucro, todo o seu estafe vem a defesa deste procedimento.

 O que a cidade portuária vem entendendo sobre  estes fatos advogados por seus jornalistas nos periódicos locais.

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