25 de mai. de 2020

A Nuvem da Pandemia

Uma das marcas mais negativas na beira do cais são os preconceitos, e diante da pandemia da covid-19 novas faces da antepaixão se manifestam.
 A doença entra no país pelas classes média e alta, em aeroportos e nos portos por passageiros e tripulantes sem nenhuma fiscalização, mas é na cidade portuária que sente os trabalhadores. Não obstante, a MP dos Portos que faz o TPA definha diante do isolamento social que é necessário para frear o contágio. 

Sem nenhum apoio, o TPA, que já vive com um preconceito velado e numa censura previa, está entre os riscos da contaminação para manter o abastecimento da sociedade.
 Estamos no mesmo porto, numa mesma guerra, mas nem todo mundo e corpo estranho ao terminal. Alguns estão noutra realidade. 
Por favor a máscara! 
Somente fornecemos aos nossos funcionários. 
Nossa o dono do terminal esta na portaria as zero hora! 
A crise econômica e seria mesmo! 
Outros têm que assinar lista para demostra baixa de EPI por uso no almoxarifado e como se o funcionário que se economiza em seu turno ganha um bônus.
Mas tem coisa boa, terminal que já te oferece na hora que se entra, estes sim comandados por gestores com responsabilidade social. 

Observa-se uma minoria com este entendimento sendo articuladores de saudê e prevenção atuando na beira do cais, diante desse cenário de desespero e de muita desconfiança. Com a transparência e com a obrigação de ter respeito ao próximo expôs ao escracho público as marcas que agem selvagemente na beira do cais durante a pandemia. 
As fake news estão na reportagem da mídia da cidade portuária que cria uma versão de salvador da cidade portuária. Se tornando um movimento contra a propagação de mentiras. Ao serem cobradas quase todas empresas anunciaram atitudes de combate a pandemia. No final esta tática enfurece o trabalhador que sente no gate do terminal a realidade das hostes bolsonaristas, de uma empresa que ajé como o governo federal.

Casos de Covid-19 em Porto de Santos preocupam terminais 
 Trabalhadores portuários começam a adoecer devido à pandemia de coronavírus, que atinge um dos portos mais movimentados da América Latina. Pelo menos três terminais portuarios que exportam soja, milho, açúcar e café no Porto de Santos registraram dois casos cada um de Covid-19 nas últimas duas semanas, de acordo com pessoas com conhecimento direto do assunto. Embora os casos ainda não tenham restringido as operações, os terminais tentam conter o surto em um momento de alta recorde das exportações e filas de navios. Um dos terminais implementou medidas rigorosas de distanciamento social, bem como um plano de contingência que inclui a contratação de trabalhadores terceirizados, caso o absenteísmo entre os 500 funcionários coloque em risco as operações, disse uma das pessoas. Os dois trabalhadores infectados se recuperaram e podem voltar ao trabalho nesta semana, disse a pessoa. Dois funcionários que ficaram doentes em um terminal de estufamento de café em conteiner em Santos também se recuperaram, disse outra pessoa.A ameaça do coronavírus também está do outro lado do Porto de Santos.
(Bloomberg)

A parte patronal quer aproveitar esse momento para, através de uma medida provisória do governo, contratar trabalhador fora do sistema do Ogmo [Órgão Gestor de Mão de Obra] para fazer as operações portuárias. Sinceramente, as operações portuárias estão reduzidas e serão ainda mais em função das normas que os navios que saem do pais com carga serão obrigados a realizar quarentena de 14 dias para atracarem em outros portos. Agora como colocar a falta de respeito social do empregador portuário em usar a pandemia do covid 19 para destruir os direitos dos tpas que está consagrado na Constituição, na Lei 12.815/2013 e na Convenção 137 e na resolução 145 da Organização Internacional do Trabalho OIT. O que falar de um ser humano que se aproveita desse momento, para cortar direitos, como a MP que reduz 70% do salário do tpa.

A nuvem de COVID-19 muito escura, escancaro a postura anti social das empresas em todos os portos não importando a religião ou idioma. Uma hipocrisia pre fabrica num BBB de preocupações com os custos e nada mais.
Em todos os portos as pressões dos trabalhadores sindicalizados e que causou o aumento da acessibilidade aos Epis e Epcs.
Em essência, pandemia do COVID-19, e a pior crise econômica de nossa história. Não se trata de um exagero retórico. Um exército de jovens entregando comida de bicicleta e de motoristas de aplicativos, precarizados.
Mas, no meio dessa tragédia, há quem esteja ganhando dinheiro, ou melhor, vendendo dinheiro. Os bancos lucram na pandemia.
A pergunta do operador portuário e, porque eu também não posso lucrar nesta nuvem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário