18 de mai. de 2021

Buscando as doses carimbadas

 O que poderia ter mitigado as consequências fatais da não vacinação dos trabalhadores portuários, foi a falta de uma definição sobre quem deveria modificar o plano de vacinação dentro de cada cidade.


Ou seja, quem é a prioridade na cidade com aeroporto, na cidade portuária e na cidade de fronteira.

Quem deveriam ser as pessoas imunizadas com as doses disponíveis numa cidade portuária?

Estudantes da área de saúde, profissionais da educação física, atendentes de médicos do trabalho, donos de clínicas laboratoriais ou os trabalhadores portuários que tem contado direto com as tripulações de vários países que não são testadas pela Anvisa.

O que se vê e muita politica desde que se iniciou a vacinação, pois, estados e municípios têm autonomia para montar seu próprio esquema de vacinação e dar vazão à fila de acordo com as características de sua população, demandas específicas de cada região e doses disponibilizadas.

No meio do ano passado, quando fabricantes anunciaram que estavam desenvolvendo vacinas, vários países negociaram a compra desses produtos ainda na fase de testes.

Por exemplo, comprar doses da Oxford-AstraZeneca, CoronaVac, Covaxin, Pfizer, Sputnik V, Janssen e Moderna.

Butantan/CoronaVac Tecnologia A vacina de origem chinesa é feita com o vírus inativado: ele é cultivado e multiplicado numa cultura de células e depois inativado por meio de calor ou produto químico. O corpo que recebe a vacina com o vírus gera os anticorpos necessários no combate da doença. A eficácia geral da CoronaVac é 50,38%.

Oxford/AstraZeneca/Fiocruz. A vacina produzida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) usa uma tecnologia conhecida como vetor viral não replicante, utiliza um "vírus vivo", como um adenovírus modificado por meio de engenharia genética para passar a carregar em si as instruções para a produção de uma proteína característica do coronavírus, conhecida como espícula. Eficácia desta vacina —62%.

Pfizer/BioNTech.A vacina utiliza a tecnologia chamada de mRNA ou RNA-mensageiro. Os imunizantes são criados a partir da replicação de sequências de RNA por meio de engenharia genética, o que torna o processo mais barato e mais rápido. O RNA mensageiro mimetiza a proteína spike, específica do vírus Sars-CoV-2, que o auxilia a invadir as células humanas. Precisa ser estocado a -75ºC —um dos grandes desafios para os países, tem 95% de eficácia.

Moderna, utiliza a tecnologia de RNA mensageiro, que mimetiza a proteína spike-específica do vírus Sars-CoV-2-que o auxilia a invadir as células humanas, tem eficácia de 94,1% na prevenção da doença. Não realizou testes no Brasil. Já aprovada e utilizada na União Europeia e nos Estados Unidos.

Sputnik V. Assim como a da AstraZeneca, é uma vacina de "vetor viral", ou seja, ela utiliza outros vírus previamente manipulados para que sejam inofensivos para o organismo e, ao mesmo tempo, capazes de induzir uma resposta para combater a covid-19.eficácia de 91,6% contra a covid-19 .

Janssen vacina, da companhia Johnson & Johnson, diferente das outras, precisa apenas de uma dose única. A tecnologia é baseada em vetores de adenovírus-tipo de vírus que causam o resfriado comum, mas ao serem modificados para desenvolver a vacina, eles não se replicam e não causam resfriado. Contra covid-19 tem 87% de eficácia.

Covaxin do laboratório indiano Bharat Biotech usa versões inativadas do Sars-CoV-2. Essa é uma tecnologia tradicional e semelhante à utilizada pela Coronavac, do Instituto Butantan. Eficácia da vacina de 78%.

 Voltando ao tema, na cidade do maior porto do Brasil. 

A Prefeitura de Santos recebeu, na terça-feira 18 de maio, o pleito dos trabalhadores do Porto no sentido de antecipar a vacinação contra a covid-19 para a categoria.

Representantes da Santos Port Authority (SPA) e de sindicatos de trabalhadores portuários estiveram no Paço Municipal e ouviram do prefeito Rogério Santos o detalhamento de todas as ações feitas no Município para vacinar a população.

O presidente do Sindicato dos Estivadores, Bruno, expôs dados  sobre a situação de Itaquí do Maranhão que, com o empenho da prefeitura conseguiu a vacinação dos portuários.

O presidente do Sintraport Miro, expôs que só apoiar não adianta, tem que arrumar um jeito de antecipar a vacinação..

Santos segue o Plano Nacional de Imunização (PNI) e as diretrizes do Governo do Estado. "Entendo que o correto foi definir a vacinação por grupos etários, mas depois houve aberturas para outros grupos, como trabalhadores da Saúde e da Segurança", comentou o prefeito. Já o secretário de Saúde, Adriano Catapreta, ressaltou que as doses chegam "carimbadas" ao Município.


Este, com certeza, é um grande desafio e uma enorme dificuldade que encontramos em nossa cidade portuária. O olhar contrariado quando expomos a nossa opinião e logo em seguida recebemos outra que é totalmente contrária à nossa.

E nos sentimos diretamente ofendidos e como se no contexto virtual fossemos invisíveis, os colaboradores de pagar impostos.

Diante da postura, é preciso que realmente façamos uma análise e pensemos se de fato os gestores da cidade portuária correm com pagadores de imposto do suor portuário, ou seja, deixando que a opinião alheia nos afete tão profundamente assim.

Mas não e exatamente uma opinião e um obstáculo que gera uma grande armadilha, que é a dificuldade de aceitar o direto do portuário em ser vacinado na cidade portuária.

https://www.santos.sp.gov.br/?q=noticia%2Ftrabalhadores-do-porto-de-santos-solicitam-antecipacao-de-vacina-da-covid-19

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