11 de mai. de 2021

O que tem a Cepa Indiana

Há informações de que a B.1.617 é mais contagiosa”, mas também há evidências que sugerem “um certo grau de resistência às vacinas” e, “portanto, classificamos como uma variante de preocupação global”. Médica e pesquisadora Maria Van Kerkhove,.devemos saber" quanto desse vírus circula” e qual e seu grau de “gravidade”. E isso é importante”, para sabermos como vamos agir na aplicação das medidas de saúde, como o distanciamento social, o uso de máscaras de proteção e a redução de contatos.

E possível intender a mudança na postura dos órgãos de saúde da Espanha. Que eram contrários a vacinação dos estivadores com a prospectiva da cepa indiana circular nas cidades portuárias espanholas. Agiu para reduzir a transmissão e as infecções, imunizando com a vacina, de uma só dose, os estivadores, práticos e todos os trabalhadores portuários que adentram em navios que atracam nos portos espanhóis para prevenir o contágio e a reduzir a gravidade da doença. Gerando uma barreira sanitária.



Essa variante é uma das razões que explica a explosão da pandemia na pior foco do surto no mundo hoje. De acordo com estatísticas oficiais, mas de 4.000vitimais fatais a cada dia de Covid-19 na Índia.

O surto recorde de coronavírus na Índia preocupa todas as cidades no mundo que tem contato com pessoas vindas da índia.

Pais, vizinho ao Brasil pela primeira vez encontram variantes B.1.617.2 e B.1.617.1 (originariamente isolada na Índia) e B.1.351 (originariamente Sul africana)”, informou Anália Rearte, diretora Nacional de Epidemiologia e Informação Estratégica do Min da Saúde Argentino.

Os três casos são de viajantes que chegaram ao país em 24 de abril. A variante indiana foi encontrada em dois menores de idade procedentes de Paris que cumpriram o isolamento com seus pais, embora eles tenham testado negativo; já a variante sul-africana foi detecta uma pessoa de 58 anos, procedente da Espanha.

No Brasil.

Um grupo de pesquisadores da Unesp em São José do Rio Preto vem desenvolvendo estudos visando investigar a possibilidade de uma nova variante do vírus Sars-Cov2 relacionada à B.1.1.28. O fato preocupa a comunidade médica e as autoridades sanitárias do país, pois, apresenta a mutação L452R presente na variante indiana.

Todos os vírus modificam-se com o tempo como um subproduto natural, resultando as novas cepas, variantes ou linhagens.

No comunicado técnico número 16, publicado em 4 de maio, assinado pela professora Cintia Bittar, do Programa de Pós-graduação em Microbiologia do Ibilce, e membro do projeto Corona-Ômica.BR, a nova linhagem tipificada pelo grupo apresenta a mutação L452R na proteína S do Sars-Cov2. Ao todo, 148 amostras foram analisadas, sendo 118 da variante P1 (identificada inicialmente no Amazonas), e B1.1.7 (no Reino Unido). Mas quais são as medidas fundamentais para evitar a dispersão dessa possível nova linhagem nos portos.

A cepa original,  é "muito minoritária" atualmente no território nacional, em relação às três variantes predominantes: a de Manaus (P.1), do Reino Unido (B.1.1.7) e da África do Sul (B.1.351).

Lembrando que a cepa sul-africana, por exemplo, não teve boa resposta com os imunizantes AstraZeneca e Novavax.

A médica pneumologista  Margareth Dalcomo, pesquisadora e professora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), afirmou que a chegada da cepa indiana do novo coronavírus (SARS-CoV-2) ao Brasil pode gerar o surgimento de uma terceira onda da doença, caso a variante não seja sensível à imunização. 

O médico sanitarista Gonzalo Vecina, afirmou que considera mais provável que o Brasil mergulhe em uma terceira onda da Covid-19 . Na segunda onda tivemos uma participação da P1, a variante desenvolvida em Manaus, mas já estão no Brasil as variantes inglesa e sul-africana. E os indianos estão produzindo alguma coisa muito explosiva lá. O brasil não esta tomando medidas para diminuir a probabilidade de circulação dessas variantes no Brasil, Isto e percebível nos aeroporto e portos.

Os fatos falam por si. A total contrariedade dos especialistas do plano de vacinação na imunização dos trabalhadores de fronteira. O Brasil é o país que lidou pior com a pandemia, aponta análise de 98 governos. Mesmo sendo eleito o pior país na luta contra a Covid os especialistas do governo não querem mudar sua postura e programação do plano de imunização;

Sem querer desmerecer o estudo, mas esta conclusão não é novidade para este blog. Na contramão do restante do mundo, o Brasil continua sendo o único país sul-americano sem restrições à entrada de estrangeiros, como apresentação de diagnóstico negativo para covid-19 ou quarentena obrigatória de 14 dias. O único pré-requisito é o seguro saúde obrigatório.

O Brasil virou as costas para o que esta sendo realizado na imunização nas cidades portuárias das Américas, Ásia, Europa e Oceania.

A exemplo dos portos de Adelaide, Ad Dammam, Al Jubayl, Algeciras, Asdode, Auckland, Brisbane, Cairns, Cingapura, Colón, Coronel, Curtis Island, Dalian, Dampier , Dalrymple Bay , Darwin, Eilat, Fremantle, Guangzhou, Geelong, Gladstone, Haifa, Hay Point , Hedland , Hobart, Hong Kong, Houston, Huasco, Huelga, Jebel Ali, Jeddah, Lyttelton, Karratha, Kembla, King Abdulla, Lirquen, Los Angeles , Long Beach, Manukau Harbor, Marsden Point, Melbourne, Mejillones, Mina' Qabus, Mina Sulman, Mina Zaíde , Nanjing, Newcastle, Ningbo, Nova York e Nova Jersey, Oakland, Puerto Ventanas, Quintero, Qingdao, Qinhuandao, Rashid, Salalah, San Antonio, San Vicente, Savannah, Seattle, Shanghai, Sydney, Suhar, Tacoma , Tauranga, Walcott , Wellington, Yanbu, Valparaiso e Virgínia.

 Exemplo: Cingapura liderou o ranking da agência Bloomberg de resiliência para a covid, com um programa de vacinação eficiente.

Regras estritas de segurança na fronteira, com os passageiros que chegam sendo imediatamente isolados. E quarentena obrigatória e testagem de dois tipos diferentes de testes quando se comprova casos da doença e as máscaras são obrigatórias em todos os lugares, mesmo ao ar livre.

Quando se chegou a marca de 15% da população imunizada os trabalhadores de fronteira (aeroviários e portuários) estavam vacinados.

O Brasil aparece desde o início de abril como o pior lugar para se estar na pandemia entre os 53 países avaliados.

E se depender da postura e procedimento, teremos uma onda braba. Como estão as pesquisas sobre rastreamento da frequência das variantes que circulam nas cidades portuárias e nas cidades com aeroporto internacional.

Mas podemos cravar que a cepa indiana não circulou em um aeroporto ou porto brasileiro.

A luz no fim do túnel.

A variante indiana está no radar também dos gestores brasileiros, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) prepara uma posição para apresentar ao governo federal ainda esta semana, com recomendações sobre controle da malha aérea e vigilância de portos e aeroportos. Não é possível o Brasil seguir enfrentando mais um ano de pandemia sem que boas práticas de vigilância de aeroportos e portos não sejam adotadas pela União.

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