30 de mai. de 2021

Qual o reflexo na politização da vacina contra a covid-19 na cidade portuária.

Desde 31 de dezembro de 2019, quando foram anunciados os registros iniciais do covid19, mais de 1.770 novas cepas do vírus já foram identificadas por pesquisadores de todo o mundo, aponta mapeamento de linhagens Pangolin, do Centro de Vigilância de Patógenos Genômicos de South Cambridgeshire, na Inglaterra. Segundo estudo da Fiocruz, ao menos 92 cepas do covid19s já transitam pelo Brasil, entre elas às três variantes até então consideradas “de preocupação global”: do Reino Unido (B.1.1.7), da África do Sul (B.1.351) e a P.1, de Manaus. 

Agora, a variante considerada mais transmissível e “agressiva” , identificada como B.1.617 e popularmente conhecida como variante indiana é apontada como a principal responsável da explosão de casos e óbitos por sua característica de garantir maior transmissibilidade do vírus. 

O país registrou, seguidos recordes de tripulantes contagiados e navios em quarentena nos portos. Apesar destes fatos não podemos contabilizar precisamente os dados por falta de transparência. O avanço da pandemia, combinado com a falta de medidas sanitárias para conter a transmissão do covid 19 em aeroportos e portos, levou aos números atuais que enfrentam a sociedade brasileira. 

Em completo caos que ultrapassou a beira do cais indo circular na avenida portuária, casos da Covid-19. Segundo a política posta em prática em maio de 2021 com a ponta pé inicial da imunização dos trabalhadores de postos de fronteira, pelo estado de Alagoas, com um atraso de 90 dias.

Desde que o governo centralizou a elaboração do plano de vacinação PNI, o governo de São Paulo lança a vacina são Paulo, nesse trecho aparece, na prática, a chamada “corporação da vacina” que inequivocamente não foi combatida nem mesmos revisada pelas secretárias municipais de saúde. Opa tem o caso que ocorreu em fevereiro na reunião da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que garantiu que ia alterar o Plano Nacional de Vacinação (PNI) para incluir professores como prioridade na estratégia de imunização. A medida é uma das reivindicações dos prefeitos. E de fato os prefeitos das cidades com postos de fronteiras (aeroportos e portos) tiveram a mesma postura ou a Associação Brasileira dos Municípios Portuários (ABMP).

Nesse contexto preocupante, não foi a cepa de Manaus que circulou pelo pais, com o deslocamento interno com acompanhantes, motoristas e tripulações de aviões e navios. Qual foi a atitude das autoridades da área da saúde repensarem seus procedimentos sanitários junto aos postos de fronteiras. Foi Organização Mundial da Saúde (OMS) quando classificou, em 10 de maio, a cepa Indiana como uma “variante de preocupação global”, de acordo com a entidade, além da Índia, outros 52 países e territórios já registraram casos da variante indiana, incluindo o Brasil.

Imunização, vacinação e responsabilidade social da área de saúde e não um discurso politico ditado em solenidade pública. Esta postura da área gerencial dos portos tem consequências negativas nas vidas dos brasileiros, em especial nas regiões portuárias. Quais são as pesquisas que detectam genoma do coronavírus em locais portuários. Um reflexo de poucos dados a respeito da presença do vírus em superfícies de instalações portuárias. Apesar de não ser científico, evidências mostram que o contato com tripulantes em navios, por exemplo, podem apresentar mais chances de transmissão que nos escritórios da autoridade ou dos operadores da atividade portuária, ou nos Gates de acesso ao porto. Quais são as profissões com maior risco de contágio e o grau de vulnerabilidade diante da covid-19 na atividade portuária.

Mas as autoridades portuárias ou as secretarias de saúde de cidades com postos de fronteira mapearam o risco de contaminação pelo covid-19 de suas territoriedade. Sistema utilizado como um dos pilares do plano de imunização de 20 países.

Diante dessa preocupação e com 90 dias de atraso, estados e municípios brasileiros começam a anunciar novos protocolos e barreiras sanitárias para mapear possíveis casos da mutação. Incluindo os trabalhadores de aeroportos e portos com datas para vacinação. Mas, como que cidades com postos de fronteira, não incluíram no plano de vacinação os trabalhadores de acordo com o grau de risco a exposição a contágio de covid19. Sabemos que a transmissão do vírus também é dependente do comportamento da população, do clima e do organismo da próxima pessoa.

E comum que toda ação que envolva a sociedade tenha repercussão política, mas o problema é o exagero da politização, principalmente em uma temática delicada como a da vacina contra o covid 19.

Uma competição inusitada entre atores que ocupam cargos eletivos visando serem os pais e mães das doses da vacina. Os envolvidos nessa corrida para se ter imunização nos portos só tiveram respostas negativas e inusitadas da secretaria estadual e municipal de saúde. Velos disputando os clicks dos fotógrafos e os microfones, deixaram nítido para o conjunto da sociedade portuária, mas uma parte, que são..............

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