18 de abr. de 2022

Cobrando as promessas.

 Os estivadores do Chile, em todos os 22 portos do Chile, solicitam a aprovação do projeto de lei da quinta retirada de 10% das AFPs (Administradoras de Fundos de Pensão). A entidade sindical, neste quadro, convocou o Governo para apoiar esta transferência.


 “Fazemos um apelo enérgico e claro ao novo governo, chefiado por Gabriel Boric Font, um governo que se declarou e se declara do lado do povo, também do lado dos trabalhadores, para realizar todos os passos para ser capaz de concretizar o chamado quinto saque de fundos da AFP”, indicaram os trabalhadores portuários.

 A organização continuou afirmando que “embora especialistas de todos os setores apontem que uma nova retirada de fundos teria consequências irreversíveis para o sistema, AFP e para essa lógica de capitalização individual, não podemos olhar por cima dos ombros para o que está acontecendo hoje nos territórios do Chile”.

 “Hoje há uma necessidade urgente de ajudar os grupos mais vulneráveis do país, a pandemia e os preços da cesta básica e de primeira necessidade estão em alta, este último desencadeado pelo conflito geopolítico e pela guerra na Ucrânia. Ainda nesta linha, pedimos ao governo central que tome providências sobre o assunto e gere instâncias de revisão de preços e eventuais especulações, conluios ou superfaturamento que possam se esconder por trás das importações e exportações de produtos de e para o país”.

 O projeto em questão segue tramitando no Congresso chileno, apesar da oposição inicial do governo e do ministro da Fazenda Mario Marcel, que manifestou preocupação com os efeitos inflacionários que uma nova retirada de recursos causaria na economia do país, que é já está sendo afetado pelo aumento dos preços.

Trabalhadores do porto de San Antonio iniciam greve pela solicitação da quinta retirada.

Da mesma forma, os estivadores não descartam uma paralisação nacional das atividades caso o projeto de quinta retirada estendida não seja aprovado.

Os estivadores da Federação Estraporfed, paralisaram as suas funções de forma a pressionar o Executivo pela aprovação do quinto levantamento.

 As manifestações, que incluíram barricadas e fechamento de ruas, começaram por volta das 15h, perto do Porto de San Antonio.


 Através de um comunicado, eles expressaram que "fazemos um apelo enérgico e claro ao novo governo, chefiado por Gabriel Boric Font, um governo que se declarou e se declara do lado do povo, também do lado dos trabalhadores, para realizar todas as diligências necessárias para concretizar a chamada quinta retirada de fundos das AFPs”.

 

“Mais uma vez, a União Portuária do Chile, estávamos, estamos e estaremos ao lado das pessoas e dos mais necessitados. Não concordamos com a lógica de “arranhar com as próprias unhas”, mas dada a real necessidade dos chilenos, a União Portuária do Chile apoia a quinta retirada de fundos das AFPs”.

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