20 de mai. de 2022

O Prejuízo da Parceria Publico Privada em Montevideo.

 A empresa portuária desencadeou o corte de pessoal devido às consequências do acordo do governo com a Katoen Natie. Que levou a um movimento social dos trabalhadores do porto de Montevidéu que resolveram em assembleia do Supra iniciar uma greve de 24 horas em consequência das demissões anunciadas pela Montecon, empresa que atua nas docas públicas e concorre com o Terminal Cuenca del Plata (TCP), cujo acionista majoritário é a Katoen Natie. A empresa, de origem belga, acordou com o governo a prorrogação da concessão até 2081 e a preferência na movimentação de contêineres, em detrimento a concorrência.

O que gerou uma comoção e todos os trabalhadores das empresas que operam no porto de Montevidéu não retornarão aos seus postos de trabalho.

A partir daí, qualquer um dos portos nacionais, "não atendendo à linha" de serviços às empresas de navegação que recentemente passaram da Montecon para a TCP. Nesse sentido, os trabalhadores solicitaram a "suspensão imediata" do protocolo de regulação de atracação, que é o instrumento legal que deu prioridade no atendimento dos navios contêineiros em favor da TCP, portanto, em detrimento da Montecon, que já perdeu dois serviços de transporte marítimo da Mediterranean Shipping Company (MSC) e a linha GS1 da Hapag Lloyd, passaram para a TCP/Katoen Natie.

 

Os trabalhadores foram ate o ministério, mas foram recebidos por um secretário.

 


O ministro do Trabalho e Previdência Social, Pablo Mieres, garantiu que tentará desbloquear o conflito em diálogo com os trabalhadores e com as empresas. O anúncio das demissões foi "uma novidade repentina por parte da Montecon, que de um dia para o outro" tomou essa decisão.

Após a falta de acordo com o Ministério do Trabalho e Transportes e após a recusa da empresa Montecon em adiar a redução dos salários segurados, o sindicato dos portos decretou uma greve geral de 24 horas, mas que se tornou uma medida para mais de 48 horas.

A realocação dos trabalhadores que serão liberados da Montecon está em andamento. O Terminal Cuenca del Plata (TCP) prometeu reintegrar 110 trabalhadores, em vez dos 77 originalmente planejados. A estes se somam os 50 da Administração Nacional de Portos (ANP), e outros que entrariam para trabalhar em outros projetos no porto, como o cais da UPM

Após o favorecimento há um grupo econômico em detrimento a outro o que restou aos trabalhadores foi o confronto no Porto de Montevidéu, que ficou com os braços cruzados a ver navio há mais de duas semanas.

De acordo com as informações da Supra e da Montecon, o conflito vem ocorrendo nos portos do país, como consequência direta do acordo firmado entre o atual governo e a empresa belga TPC/Katoen Natie. Por meio dele, a empresa belga obteve prioridade no embarque e desembarque de contêineres no porto.

 Este procedimento de política neoliberal ameaça a fonte de emprego de 700 trabalhadores portuários, tanto da empresa Montecon, diretamente afetada, quanto da Bidol e da Albilan, terceirizada dela, ou Tamibel, que realiza diversas tarefas de transferência de contêineres para a mesma empresa”. Toda a beira do cais esta passando por um momento de incerteza em relação ao seu futuro social.

Competitividade é um dos termos mais em voga entre empresários, consultores e representantes do governo. É desnecessário darmos exemplos da popularidade desse termo na mídia, mesmo como todo está evidencia o governo foi na direção oposta.

Esta politica governamental leva a estagnação dos salários reais e em enormes déficits comerciais nas cidades portuárias.

https://webpicking.com/siguen-los-conflictos-en-el-puerto-de-montevideo/

https://www.elpais.com.uy/informacion/politica/conflicto-puerto-sindicato-montecon-resolvio-extender-paro-horas.html

https://moracontenidos.com/sindicato-de-montecon-decidio-extender-paro-en-el-puerto-de-montevideo-por-48-horas/

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