25 de jun. de 2022

A luta dos Estivadores por um acordo coletivo no porto de Pireu.

 São 6 da manhã de um dia frio em Perama, centenas de estivadores, a maioria (vestindo) jalecos, laranja refletivo, os mesmos que usam para trabalhar na Dport (Cosco), exigem um acordo coletivo que melhore suas condições de trabalho e econômicas até que sejam iguais às dos estivadores da Autoridade Portuária do Pireu (PPA).

 “No outro cais eles ganham muito mais do que nós. Ganho 58 euros por dia porque trabalho há dez anos, enquanto os novos ganham 42”, estivador Stavros. “A Cosco paga menos e estou convencido de que pagaria um dólar por hora, mas o governo grego também é o culpado, pois, permite que o Cosco faça o que quer”. Neste porto esta, o segundo maior terminal de contêiner do Mediterrâneo, onde infelizmente faleceu recentemente um estivador.

 

Os mil estivadores da PPA trabalham no Píer I, nos escritórios e nos terminais de cruzeiros, veículos e outras atividades. Estão protegidos por um acordo que, por incentivos, lhes permite obter um salário médio de 1.600 euros líquidos.

 “Nossa negociação parte de um mínimo que garantimos há décadas. Além disso, o PPA presta, contas aos investidores que querem manter um bom perfil na sociedade”, explica Giorgos Gogos, secretário-geral do Sindicato dos Estivadores do PPA. No entanto, os 2.100 estivadores que trabalham para o Dport nos cais II e III carecem de um acordo coletivo que realmente proteja seus direitos.

Recebemos, cerca de 1.300 euros, e é por isso que há greves, protestos e cruzadas de braços que procuram melhorar a formação, a segurança e o salário.

A Piraeus Container Terminal, subsidiária da Cosco, conta com a força de trabalho que, desde 2010, é fornecida pela empresa Dport. O diretor do Dport, George Petsis, nega qualquer relacionamento com Cosco. “Nossa empresa assinou um acordo coletivo de trabalho de três anos com o SYNEDEP em 2019. Em outubro de 2021, conforme exigido por lei, iniciamos uma negociação com o mesmo sindicato, que representa mais de 55% dos trabalhadores”. “Os estivadores em greve são membros do ENEDEP que reúne cerca de 20% dos empregados. Estamos dispostos a discutir disposições que melhorem a remuneração e todos os demais aspectos das condições de trabalho de nossa força de trabalho, desde que o sindicato que assina o acordo coletivo tenha toda a documentação legal necessária”.

O sistema e foda, sempre vai ter um amarelo ou doce na relação capital trabalho.

“Não há provas, mas suas posições públicas o sugerem: o SYNEDEP só mostra, divergências políticas e não convocou um único dia de greve, nem mesmo quando um estivador morreu em outubro”. "O Dport sabe que é difícil arranjar emprego e obriga-os a aderir ao SYNEDEP", denuncia o estivador Petros.

 Por isso, e, porque a organização majoritária tem o poder de negociar o acordo, o capital gera uma disputa entre os dois sindicatos, o que prejudica os estivadores. “Os sindicatos têm que negociar, unir-se em certas demandas, também têm que obter o apoio da população de Pireu. Confiamos que nossas condições serão estendidas aos estivadores do Dport e que a mentalidade desta empresa não chegará ao PPA”.

A luta dos estivadores mostra a crescente falta de proteção trabalhista na Grécia, a infiltração corporativa nos sindicatos e a ganância das multinacionais que se aproveitam das leis neoliberais para reduzir os benefícios.

A Cosco é a terceira maior empresa de transporte de contêineres do mundo. É a principal empresa de navegação da Ocean Alliance, que junto com a 2M e a The Alliance formam o oligopólio que controla quase todo o tráfego de contêineres na Europa. No Mediterrâneo, a Cosco administra o principal terminal do primeiro porto de carga de contêineres, Valência (Espanha), e dirige o Pireu. Neste último, obteve primeiro a concessão dos cais II e III, dedicados a contêineres, e em 2016 a maior parte da participação da Autoridade Portuária do Pireu, entidade gestora do porto, até 2052, em contrapartida, de um investimento estimado em 1.500 milhões de euros, que inclui projetos de desenvolvimento de infraestruturas e 410 milhões em dividendos e juros para o Estado.

O Acordo Coletivo de Trabalho foi assinado no porto de Pireu.

Para o Trabalho nos cais de contêineres II e III do porto de Pireu entre a empresa DPort(COSCO) e os sindicatos.

O novo Contrato, que terá a duração de 3 anos a partir de 1.6.2022 e efeito retroativo dos aumentos a partir de 1/1/2022, prevê aumentos salariais que com benefícios financeiros indiretos ultrapassem 20% ou cerca de 2.500 euros anuais, conforme com um anúncio relevante. Aumento salarial de 11,64% para vencimentos mensais até 2.000€, e 150€ brutos com vencimentos mensais superiores a 2.000€.

Artigos do BCC são:

cartão Edenred de 10€ por cada salário produtivo, com efeito, retroativo a partir de 1/1/2022. De acordo com os cálculos, os aumentos salariais, mas também a duplicação do benefício, após impostos, o valor aproximado de 2.500€.

A partir de 01/01/2022 com efeito retroativo, serão pagos mais 5€ por cada salário produtivo do trabalhador, para os meses de janeiro a novembro de cada ano. A partir de 01/01/2022 adicionará ao lucro líquido de pelo menos cerca de 1.000 euros por ano.

Vale-presente de € 200 no Natal

Plano de Saude até 10.000€ por ano com cobertura desde o primeiro euro pelas empresas nos hospitais (Metropolitano, Saúde e Mãe e outras clínicas do grupo HHG )

Seguro de Acidentes de Trabalho.

Lanches em cada turno.

300 euros brutos por cada nascimento de um filho e alterações no horário de trabalho do pai trabalhador de acordo com as necessidades da sua família durante 2 meses

Pagamento de 1 salário por cada dia letivo (seminário), com efeito retroativo a partir de 01/01/2022

Conversão de 250 Contratos avulsos para Pleno a partir de 1/6/2022 e conversão de pelo menos 100 Contratos avulsos para Pleno a cada ano, desde que a carga não diminua

Upgrades em especialidades e salários para 125 estivadores.

Fornecimento de Laptop para todos os filhos de funcionário que ingressa na universidade

1 dia de licença para participação de doação de sangue para apoio ao Banco de Sangue DPort Services

Estão excluídos do turno da noite os funcionários com idade de 60 anos.

As horas extraordinárias para o salário hora 50% até 3 (três) horas por dia.

Formação e requalificação regular em todos as funções por entidades formadoras reconhecidas e certificadas internacionalmente.

A luta dos estivadores iniciou o processo de mudanças para ampliar os pontos que tratam melhorar os direitos sociais de sua profissão. E as regras que respeitem a relação dos serviços no porto. 

 

https://www.equaltimes.org/los-estibadores-que-luchan-por-un?lang=es#.Yre5eXbMLrf

https://www.capital.gr/epixeiriseis/3636634/upografike-i-sullogiki-sumbasi-ergasias-sto-limani-tou-peiraia

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