6 de ago. de 2022

O diálogo do Estado com os Estivadores é através das forças de segurança.

 Milhares de estivadores foram às ruas na noite de lua cheia contra a ganância dos operadores portuários. Mas a passeata, que começou pacífica, com estivadores e seus familiares, e simpatizantes tocando tambores, cantando, carregando cartazes e distribuindo flores para a população , terminou com cenas de guerra em diversas ruas do bucólico bairro portuário.

 

As primeiras bombas de gás lacrimogênio lançadas pela Polícia cortaram o céu num longo assobio, deram início a uma sequência de atos violentos por parte das autoridades de segurança pública. 

A ação policial, aconteceu devido à alegação dos policiais que afirmou ter sido rompido um "acordo" que havia sido feito com os manifestantes.

Os estivadores não iam ficar a ver as bombas e estas foram respondidas com pedras. E as pedras foram respondidas com tiros de bala de borracha, os estivadores então responderam com rojões.

 

Mas porque a segurança pública não importando o país, religião e idioma age com truculência não só com as manifestações dos estivadores, mas de todos os grupos sociais que reivindicam seus diretos. A questão é mais complexa e remonta aos atritos históricos entre forças policiais e manifestações políticas. Porém, como há uma forte identificação das bases policiais com o autoritarismo. Neste entendimento a força pública de segurança sai de sues batalhões para o enfrentamento e tem como consequência alguns atos de quebra-quebra e a prisão para mostrar a sociedade alguns culpados.

Nos últimos anos os processos de criminalização e o uso de instrumentos de repressão vêm se expandindo para restringir ou impedir protestos populares urbanos especialmente no Brasil, na Argentina e no Chile, ainda que em níveis diferenciados. Na América do Sul, as polícias são altamente hierarquizadas e militarizadas, são os principais atores na garantia da segurança, que é intendida a partir da manutenção de uma dada ordem social que quando perturbada, pela atuação dos movimentos sociais dos estivadores, por exemplo, gera respostas violentas por parte dessas forças de segurança do Estado.

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