Os estivadores possuem uma peculiar capacidade de alterar a seu favor o ambiente portuário, reduzindo riscos. Na literatura, o risco é assumido como entidade probabilística, fazendo com que a previsão de ocorrência dos agravos não seja indiscutível, incontrolável. Para a epidemiologia, o risco é, sinteticamente, a probabilidade de ocorrência de um dado acontecimento relativo à saúde, estimado a partir da ocorrência deste acontecimento em um passado recente.
Em relação
ao trabalho portuário, identifica-se o risco portuário. Todavia como o Brasil e
o pais do jeitinho brasileiro e a convicção de livre mercado do funcionário
público, o estivador tem que provar que isto e uma realidade a despeito da
modernização portuária. O adicional de riscos portuário é previsto no artigo 14
da Lei 4.860/65 (lei não revogada pelas Leis 8.630/93 e Lei 12.815/13) e tem
por finalidade remunerar os riscos relativos à insalubridade, periculosidade e
outros riscos porventura existentes. Colocando uma grade diferença entre a
propaganda dos profissionais liberais de um porto perfeito, uma utopia de
mercado, a nua e crua realidade brasileira, na qual existem riscos e agravos à
saúde dos estivadores.
Os prejuízos
econômicos e sociais dos acidentes – como, por exemplo, os impactos na vida
familiar das vítimas. Mas quais são as sequelas crônicas.
Os acidentes
sempre fizeram e sempre farão parte da beira do cais, e isto pode explicar, em
parte, o porquê de eles poderem ser considerados como um risco portuário uma
parte real da modernização. É verdade que os acidentes podem ocorrer em todos
os lugares (convés, porão, costado, pátio e armazém), em diversas
circunstâncias, e derivar de múltiplas causas. Esta fatalidade social à qual
todos nós estamos sujeitos depende dos riscos e dos perigos que corremos ao
longo das nossas vidas. Apesar de alguns acidentes serem dramáticos nas
consequências que produzem, eles são por definição, eventos relativamente
raros, visto que representam desvios à normalidade. Em traços gerais, julgamos
que não é possível prevenir e evitar todos os acidentes, mas estamos convictos
que as investigações sobre acidentes podem ajudar a prevenir (Areosa, 2009a).
A automatização portuária no Brasil, defendida e dita como prática da modernização portuária, após a regulação do setor, deve estar em greve devido aos baixos salários. Para alguns frutos do lobby dos operadores portuários, para outros somente o reflexo da liberdade de mercado defendida por quem não disputa campo de trabalho, pois tem garantia de emprego.
Mesmo com
estes por menores os sindicalistas estão mais preocupados com restruturação
sindical em contrato coletivo do que com insalubridade, periculosidade e risco
portuário ou estes problemas estão anexados no banco de horas do terminal,
mesmo local onde está guardado a saúde e a segurança portuária do trabalhador
avulso ou vinculado.
Uma coisa e
certa, o risco portuário não e uma jabuticaba brasileira ou cena de ficção
cientifica da imaginação do estivador,
mas sim uma dura realidade mundial nos portos, como demostrada na similaridade
com o corrido no porto alemão.
Pois, em
2022 os contêineres ainda caiem na beira do cais, bem distante do prédio
administrativo.
Meus parabéns companheiro é assim mesmo sem tirar nem por um trabalho de alto risco ainda querem tirar a nossa exclusividade é fácil ver quem tá no escritório mas quem vive no cais no dia a dia sabe os riscos são por segundo e por minutos
ResponderExcluirSer portuario é viver no risco dia e noite e eles ainda pensam em acabar com a nossa exclusividade é lamentável
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