A batalha do porto: acusações de "monopólios",
"falsidades" e "enganos" entre associações e TCP "Este
novo reajuste das tarifas da TCP, empresa da qual o governo uruguaio é sócio,
nada mais significa senão um novo e grave prejuízo ao setor produtivo nacional",
afirma um comunicado.
A decisão do Terminal Cuenca del Plata (TCP) - 80% da
empresa belga Katoen Natie e 20% da Administração Nacional dos Portos (ANP) -
de aumentar as tarifas portuárias em 17% desde quarta-feira provocou rejeição.
Nas últimas horas, exportadores, industriais e produtores agrícolas se
manifestaram contra o aumento anunciado e afirmam que ele impactará a
competitividade do País. Os presidentes da União dos Exportadores (UEU) e da
Câmara das Indústrias (CIU), Facundo Márquez e Fernando Pache, respetivamente,
questionaram a decisão e até o chefe da CIU apontou que estavam “extremamente
chateados”.
A UEU emitiu nota em que afirma que a decisão da TCP "demonstra uma clara atitude monopolista da empresa, diante da carga cativa do comércio exterior uruguaio" e que com o aumento "o custo da TCP fica quatro vezes mais caro ” do que portos como Río Grande (Brasil) e San Antonio (Chile).
A crítica foi também partilhada pela Câmara das Indústrias
Pesqueiras (CIPU) que se afirmou "preocupada com esta situação que afeta a
competitividade".
As principais associações agrícolas emitiram um comunicado
no qual manifestam a sua "profunda preocupação" com a medida.
“Este novo reajuste das tarifas da TCP, empresa da qual o
Estado uruguaio é sócio, nada mais significa do que um novo e grave prejuízo ao
setor produtivo nacional, que tem um custo que agrava a perda sustentada de
competitividade ", afirmou o comunicado assinado pela Associação de
Arrozicultores (ACA), Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL),
Associação Rural do Uruguai(ARU), Comissão Nacional de Desenvolvimento Rural
Cooperativas Agrárias Federadas e Federação Rural.
As associações agrícolas pediram às autoridades
governamentais "que adotem as medidas que garantam que os custos" do
TCP "deixem de representar mais um entrave à competitividade".
A única resposta do TCP até agora foi para o UEU. A empresa portuária acusou os exportadores de dizerem "uma mentira" e induzirem a um "engano", já que os exportadores "sabem muito bem" que "colocam seus produtos no exterior com custos logísticos menores do que os enfrentados nos demais portos da região". O TCP descreveu a declaração da UEU como um "documento mentiroso, claramente elaborado com o objetivo de confundir a opinião pública".
A TCP Rates, empresa da qual o Estado uruguaio é sócio, nada mais faz do que supor um novo e grave prejuízo ao setor produtivo nacional, que está sobrecarregado com um custo que agrava a perda sustentada de competitividade sobre o qual temos alertado".
Os sindicatos signatários são: a Associação dos Produtores
de Arroz (ACA), a Associação Rural dos Uruguai (ARU), Comissão Nacional de
Desenvolvimento Rural, Cooperativas Federação Agrária e Federação Rural.
Comunicado dos sindicatos agrícolas Atendendo ao anúncio do
aumento das tarifas portuárias, comunicado pelo Terminal Cuencadel Plata (TCP)
em acordo com o Poder Executivo, as entidades abaixo signatários querem
expressar sua profunda preocupação com esta medida produção nacional, que tem
um custo que agrava ainda mais perda sustentada de competitividade para a qual
temos vindo a alertar com consistência.
Pedimos às autoridades nacionais que adotem as medidas que
garantir que os custos deste terminal deixem de ser mais um obstáculo para a
competitividade e que o porto é, como não poderia deixar de ser, um parceiro
estratégico da que produzem e contribuem com seu trabalho e esforço para o
desenvolvimento do país.
Associação dos Produtores de Arroz
Associação Nacional dos Produtores de Leite
Associação Rural do Uruguai
Comissão Nacional de Desenvolvimento Rural
Federação Rural das Cooperativas Agropecuárias Federadas
As seis associações que assinam o documento (veja) pedem às
autoridades governamentais nacionais a adotar "medidas que garantam que os
custos deste terminal parem representam mais um entrave à competitividade e que
o porto é, como não poderia deixar de ser, um parceiro estratégico de quem
produz e contribui com o seu trabalho e esforço para o desenvolvimento do
país".
https://www.elpais.com.uy/negocios/noticias/gremiales-agropecuarias-y-pesqueras-se-suman-al-rechazo-por-suba-de-tarifas-en-el-puerto
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