3 de set. de 2009

PDZ-CAP X APM

A APM Terminals, operadora portuária do Grupo A.P. Moller-Maersk, estuda apresentar à Codesp uma proposta para licitação da área de Prainha, na Margem Esquerda (Guarujá) do Porto de Santos, a fim de construir no local um terminal de contêineres.
O projeto inicial da Maersk, era de instalar na região portuária da Alemoa, às margens do Canal do Estuário.
Com um investimento de US$700 milhões, com a construção de 700 metros de cais, o terminal teria capacidade de 1,2 milhão de TEUs por ano,
com a geração de 5.800 postos de trabalho diretos.
No entanto, o projeto esbarra no Conselho de Autoridade Portuária (CAP), o pedido foi recusado. O Conselho alega que são necessárias maiores evidências que justifiquem a modificação.
De acordo com o presidente do CAP, Sérgio Aquino, o órgão apenas respeitou uma solicitação feita pela Companhia Docas.
"A Codesp entendeu que deveríamos fazer uma análise do PDZ apenas após o resultado de seu master plan (estudo sobre o potencial de expansão do complexo marítimo, sendo elaborado por uma consultoria) e o CAP concordou".
Aquino explicou que a estatal já enviou duas cartas solicitando que a região fosse considerada apta à movimentação de contêineres.
Porém, a plenária do Conselho aprovou por unanimidade que seja aguardado o estudo contratado pela Codesp para, então, se posicionar.
"Queremos que nos apresentem análises de mercado sobre o segmento de contêineres. Precisamos saber qual a evolução de líquidos e a de contêineres.
É importante que tragam ainda soluções para os acessos daquela região e também para o plano de expansão dos berços de atracação do Píer da Alemoa.
O CAP não pode mudar o PDZ de forma inconsequente", afirmou Aquino.
Diante do impasse, a APM Terminals afirmou que irá insistir, junto à Codesp e ao CAP, para que a instalação seja construída na Alemoa.
A fim de atingir esse objetivo, mostrará a viabilidade econômica do empreendimento e que Santos comporta e precisa de mais um terminal.
Pois o estudo de viabilidade já foi feito e os preliminares de impacto ambiental, ambos com colocações extremamente favoráveis.
Porém, caso o problema permaneça, a empresa pretende solicitar à Codesp a licitação da área de Prainha, que já consta no PDZ como um local destinado a contêineres.
Ademais, os estudos sobre esta opção já foram iniciados.
Sendo a Alemoa seu projeto preferencial. Mas diante das dificuldades, estamos com os estudos bem adiantados.
A empresa quer participar do Porto de Santos.
O Governo Federal, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), planeja retirar as famílias que moram na área, de propriedade da União e reservada à expansão do Porto.
Os investimento necessário para construir o terminal na Margem Esquerda, sera inferior ao previsto para a Alemoa, pois a área é um pouco menor é com melhor calado.
Ainda sem dados concretos sobre o empreendimento, seria possível construir
um cais com 900 metros, com um pátio de 360 mil metros quadrados.

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