6 de ago. de 2011

tallyman,o “homem que conta”

A categoria dos conferentes de carga e descarga é tão antiga quanto a estiva.Conhecidos primeiro como caixeiros, depois conferente e, atualmente,tallyman,o “homem que conta”, ou seja, aquele que confere a quantidade e a qualidade da carga embarcada e desembarcada.
Tem o dia 18 de dezembro de 1932 como data de fundação do sindicato.Alguns dos elementos necessários para exercer a profissão, assim como a natureza do trabalho dos caixeiros no início do século XX.Caixeiros controlavam o trabalho, verificavam, anotavam, conferiam cargas.Em primeiro lugar, era preciso ser da confiança da empresa de navegação ou dos atravessadores de cargas.
Fora isso, a boa letra caprichada e o conhecimento razoável de matemática.
Antonio Carneiro e Manoel Gomes Duque eram dois portugueses, caixeiros profundamente irritados com a exploração a que eram submetidos e – especialmente – com a escolha para os serviços de gente desconhecida da profissão.
Eram os amigos dos encarregados, os recomendados por guardas aduaneiros, os que levavam pedidos “muito especiais” de altos empregados da Cia. Docas – era uma verdadeira invasão em prejuízo dos que corriam cais atrás de serviço havia tantos anos.Mais uma vez, a necessidade de restrição do mercado aos “estabelecidos” não se faz meramente por motivos econômicos, mas também para coibir o poder da Docas, que, ao exercer controle sobre as atividades portuárias,podia indicar aos encarregados os trabalhadores que exerceriam a atividade. Nesse sentido, afirmar o conhecimento do ofício faz-se necessário para garantir a sobrevivência no mercado de trabalho.
Comparando com os dias atuais, a natureza do trabalho do conferente ou tallyman pouco mudou. Os conferentes ainda continuam a verificar,anotar e fiscalizar toda carga embarcada e desembarcada dos navios.Normalmente o trabalho do conferente é dividido em lingada e chefia. Na primeira função é necessário, em média, um conferente. O lingada é responsável por conferir todas as informações sobre a carga, incluindo se foram pagas as tarifas portuárias e se as cargas foram liberadas pela Receita Federal.
Essas informações são anotadas no tally, um formulário de conferência,que atualmente se encontra disponível em papel e também em meio eletrônico, por meio de palm-tops.
A chefia é exercida por dois conferentes, um na função de chefe e outro na função de ajudante. O chefe planeja, coordena, orienta, fiscaliza e acompanha o embarque e desembarque do navio, desde a chegada no cais até a sua saída. Ele também é responsável por requisitar o pessoal avulso necessário para a atividade, assim como equipamentos e material. Ao final da operação, o chefe deve elaborar um relatório das atividades e entregar ao comandante do navio e ao operador portuário.Se, por um lado, o desenvolvimento tecnológico gera desemprego, por outro, permite a aquisição de novos conhecimentos.
Para os conferentes, os dois lados da moeda se apresentaram.
A conteinerização trouxe uma queda no número de trabalhadores necessários à operação, porém permitiu lhes o desenvolvimento de novas habilidades, tornando-os uma das categorias com maior divisão de funções entre os avulsos.Além das funções de lingada e chefia, os conferentes passaram a exercer a função de “planejadores da distribuição da carga”, divididos em “planista” e “planista-master”.
Nos navios porta-contêineres há necessidade de, no mínimo, dois conferentes, um para cada função. Cabe a eles receberem o plano de carga da operadora portuária e indicar aos estivadores onde a carga, no caso o contâiner, será colocada.Caso achem necessário, eles podem realizar alterações no plano de carga. Além disso, são responsáveis pela sistematização das informações registradas e pela elaboração de um resumo que será entregue aocomandante do navio e à operadora portuária.
Para isso, continuam sendo necessários conhecimentos de matemática, assim como sobre a estrutura dos navios, pois uma carga colocada em local errado pode fazer o navio adernar.
A categoria dispõe de um bom nível de escolaridade , 90% têm 3 grau.
Fonte OFÍCIO COMO INSTRUMENTO DE MILITÂNCIA: O CASO DOS PORTUÁRIOS AVULSOS DE SANTOS/SP Carla Regina Mota Alonso Diéguez

Hoje no porto de Santos e uma das funções com mais profissionais orindos da mão de obra propria  que não faz parte do quadro de mão de obra do Ogmo.Fato que somente ocorre  nos portos Brasileiros pela não impalntação da Convenção 137 e Resolução 145 da Organização Internacional do Trabalho -OIT em 1995 .
Que tem  como alvo e publico os trabalhadores portuarios que se  encontravam

 no sistema operacional de cargas nos portos .

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