Preço da modernidade: 130 estivadores perdem trabalho no Porto de Salvador
Por: Marivaldo Filho -
Quando um navio aportou em Salvador, no dia 1º de dezembro, trazendo três novos portêineres da China com a promessa de modernizar e aumentar a capacidade do porto da capital foi muito comemorado pelos governantes baianos.
Por: Marivaldo Filho -
Quando um navio aportou em Salvador, no dia 1º de dezembro, trazendo três novos portêineres da China com a promessa de modernizar e aumentar a capacidade do porto da capital foi muito comemorado pelos governantes baianos.
Mas, o que deveria ser positivo, principalmente vislumbrando a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, não pôde ser festejado por todos.
Com a compra dos novos equipamentos, o Tecon Salvador, concessionária do porto da cidade, precisará apenas de 50 do total de 180 trabalhadores que prestam serviços sem vínculo empregatício. Muitos com mais de 30 anos de trabalho no porto.
Se a expectativa do crescimento econômico é favorável, o lado social é preocupante: 130 pais de famílias ficarão sem o 'ganha-pão'.
O Tecon Salvador é a empresa responsável pela maioria dos embarques e desembarques de contêineres na cidade e contrata os trabalhadores através do Orgão Gestor de Mão-de-Obra Ogmosa.
Após ganhar disputa judicial contra os funcionários que tentavam garantir a permanência no trabalho, o Tecon, que antes tinha oferecido 100 vagas para o processo seletivo e contração dos trabalhadores com vínculo empregatício, reduziu para 50 o número de vagas.
Após ganhar disputa judicial contra os funcionários que tentavam garantir a permanência no trabalho, o Tecon, que antes tinha oferecido 100 vagas para o processo seletivo e contração dos trabalhadores com vínculo empregatício, reduziu para 50 o número de vagas.
Desesperados, os estivadores procuram a reportagem do Bocão News para expor a situação. Preocupados com a retaliação no processo seletivo que está sendo realizado, pediram para não serem identificados.
Para preservar as identidades dos trabalhadores, nomes fictícios foram usados nesta reportagem.
“Um companheiro nosso foi eliminado no psicoteste e tentou ontem (terça-feira) colocar fogo na Ogmosa. Isso é desumano. Ele sempre trabalhou com isso. Não é possível que agora, aquele psicoteste besta que ele fez e que eu já fiz também, ateste que ele não tem condições de exercer um papel que ele sempre exerceu muito bem.
“Um companheiro nosso foi eliminado no psicoteste e tentou ontem (terça-feira) colocar fogo na Ogmosa. Isso é desumano. Ele sempre trabalhou com isso. Não é possível que agora, aquele psicoteste besta que ele fez e que eu já fiz também, ateste que ele não tem condições de exercer um papel que ele sempre exerceu muito bem.
É uma estratégia deles para descartar os trabalhadores”, disse João Almeida.
Outro estivador criticou o governador do Estado.
“É muito fácil Jaques Wagner chegar na televisão e falar na modernização do Porto de Salvador. Falar que vai atrair turistas, mas ele está esquecendo do preço desta modernidade. Não percebe quantas pessoas vão ficar sem tem o que levar para as suas famílias. Logo um governo de um partido de esquerda e que diz que defende os trabalhadores”, reclamou Marcelo Oliveira.
Há 20 dias sem trabalhar, Givanildo Ferreira vai ter que tirar o filho da escola particular.
“É muito fácil Jaques Wagner chegar na televisão e falar na modernização do Porto de Salvador. Falar que vai atrair turistas, mas ele está esquecendo do preço desta modernidade. Não percebe quantas pessoas vão ficar sem tem o que levar para as suas famílias. Logo um governo de um partido de esquerda e que diz que defende os trabalhadores”, reclamou Marcelo Oliveira.
Há 20 dias sem trabalhar, Givanildo Ferreira vai ter que tirar o filho da escola particular.
“Mexe com a condição de toda uma família. Além da educação, da questão social, de pensar numa aposentadoria e garantir uma tranquilidade para o futuro, modifica a perspectiva de vida de trabalhadores e pais de família”, desabafou.
O Tecon foi procurado pelo Bocão News dar sua versão sobre o problema dos estivadores.
Até o fechamento da matéria, às 19h09, a reportagem do Bocão News tentou contato com a empresa e não obteve sucesso.
Fonte Bocão News.
Os depoimentos lidos acima não são diferentes dos relatados por trabalhadores portuarios no resto do Brasil.
No final da decada de cinquenta quando se deu o inicio da operação de um terminal de container com porteiner ,foram os estivadores que perderam suas funções a bordo que foram treinados para operar o porteiner os caminhões as empilhaderas e os Rtgs ao longo do terminal , isso sim que e visão social , mas esse modelo no Brasil não e seguido .
A mudança esta em procedimento no cais do Valongo mas a empresa em questão não vai seguir os passos da Convenção 137 nem da Resolução 145 da OIT e a Autoridade Portuaria a Antaq e a Sep vão continuar a ver navio
A mudança esta em procedimento no cais do Valongo mas a empresa em questão não vai seguir os passos da Convenção 137 nem da Resolução 145 da OIT e a Autoridade Portuaria a Antaq e a Sep vão continuar a ver navio
Ate o momento não temos relatos nem contratos coletivos que contrariem essa opnião.
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