Em 2011, as concessionárias transportaram 475,1 milhões de toneladas úteis em todo o país.
O volume ficou abaixo das 530 milhões de toneladas úteis previstas inicialmente pela ANTF.
O movimento de cargas por meio da malha ferroviária brasileira cresceu 87,6% entre 1997 (ano em que a desestatização no setor teve início) e 2011.
Segundo estudo da ANTF Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários, a quantidade de carga transportada por ano subiu de 253,3 milhões de toneladas, em 1997, para 475 milhões de toneladas em 2011. Se a comparação for feita com 2010, a movimentação registrou um aumento de 5 milhões de toneladas.
O setor registra 149% a mais de empregos entre 1997 e 2011, e uma redução de 22% no consumo de combustíveis. De acordo com o Balanço do Transporte Ferroviário de Cargas, divulgado nesta segunda-feira 9/04 pela ANTF, a produtividade da malha aumentou 111,7% desde 1997. O estudo destaca, ainda, a expansão e a modernização da frota de locomotivas e vagões, e “um salto de mais de 82 vezes” no transporte de contêineres.
“São números expressivos, muito impactantes, até porque a malha pouco cresceu nesses 15 anos”, disse o presidente da ANTF, Rodrigo Vilaça.
“Na ideia de revitalização da malha existente, quase nada foi feito pelo Poder Público.
As obras anunciadas em 2003 ainda não surtiram o efeito imaginado”, acrescentou.
A quantidade de contêineres transportados aumentou 8.210% entre 1997 e 2011, passando de 3.459 para 287.428 o número de operações registradas. Este foi outro destaque do Balanço do Transporte Ferroviário de Cargas, divulgado nestaq segunda-feira (9/04) pela ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários).
No mesmo período, o número de vagões aumentou de 43,8 mil para quase 101 mil, enquanto a frota de locomotivas passou de 1.154 para 3.045.
De todos os dados setoriais, de acordo com o presidente da ANTF, Rodrigo Vilaça, o crescimento do número de contêineres em circulação e o total de vagões destinados a transportá-los foi o que mais o surpreendeu.
“De fato, nossa surpresa maior está relacionada ao crescimento no transporte de contêineres, talvez explicado devido à chegada de novos clientes”, afirmou. De acordo com o dirigente, os contêineres “serão, futuramente, peças fundamentais para levarmos produtos de valor agregado para o interior do país”.
A pesquisa também constatou que, no período de 15 anos analisado pelo documento, a produção ferroviária cresceu 111,7%, alcançando em 2011 290,5 bilhões de tons por quilômetro útil. A performance superou em duas vezes o crescimento do PIB brasileiro, que no mesmo período chegou a 54%.
A ANTF Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários pretende apresentar ao governo federal proposta para incluir o setor no Plano Brasil Maior, cuja ampliação foi anunciada em solenidade no último dia 3. A iniciativa integra as políticas industrial, tecnológica e de comércio exterior do governo Dilma Rousseff.
De acordo com o presidente do ANTF, Rodrigo Vilaça, será uma forma de ampliar a produtividade do sistema ferroviário do país, cujo crescimento foi apresentado nesta segunda-feira (9/04) pela entidade.
“Os números positivos podem ficar ainda melhores. Vamos fazer essa provocação ao governo”, afirmou.
O dirigente explica que a meta setorial é duplicar a capacidade do sistema ferroviário até o final da década, para alcançar 6 mil locomotivas e 200 mil vagões em 2020. “Mas isso só acontecerá caso se confirme a expansão da malha”, acrescentou. Sem os benefícios, o crescimento do sistema ferroviário será somente de 3 mil para 5 mil locomotivas, e de 101 mil para 140 mil vagões.
A proposta que a ANTF apresentará a Mantega inclui a desoneração dos usuários, a fim de estimulá-los a usar dos serviços ferroviários; redução de impostos estaduais; e ainda linhas de financiamento com prazos de 20 a 25 anos, com taxas “significativamente reduzidas”, de acordo com Rodrigo Vilaça.
“Os impostos federais já estão praticamente isentos [para o setor], exceto no que se refere à compra de matéria prima. A ideia é estimular a redução dos impostos estaduais e abrir linhas de financiamento com prazos de 20 a 25 anos, a taxas significativamente reduzidas. Isso trará pelo menos mais 30 mil pessoas para trabalhar no sistema”, argumentou o presidente da ANTF.
O estudo da ANTF aponta que os investimentos nas malhas concedidas à iniciativa privada já somam praticamente R$ 30 bilhões entre 1997 e 2011. Destes, apenas R$ 1,39 bilhões foram aplicados pela União. “Ou seja, as concessionárias investiram R$ 28,58 bilhões”, detalhou Rodrigo Vilaça.
De acordo com a ANTF, em 2011 o total de investimentos feitos pelas concessionárias atingiu R$ 4,6 bilhões, configurando crescimento de 56,3% na comparação com 2010. Esses recursos foram aplicados em ações visando à recuperação da malha, adoção de novas tecnologias, capacitação profissional, aumento da segurança, aquisição e reforma de locomotivas e vagões.
* Informações da Agência Brasil
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