Importadores poderão ser dispensadas de recolher o Imposto
de Importação por um período de até cinco anos, desde que invistam os recursos
na construção de embarcações.
Uma das medidas do programa de incentivo à navegação
de cabotagem em estudo pelo governo, o Procabotagem.
O objetivo da presidente Dilma é direto, e
repetido por quase todos os técnicos do governo envolvidos com as medidas:
igualar a operação dos portos brasileiros à dos principais do mundo, como
Roterdã .
Isso deve acontecer em
todos os sentidos - tributários, custos com mão de obra, infraestrutura básica
e modelo gerencial.
Eliminar algumas taxas,
como as cobradas pela utilização de faróis e canais.
Já cortar aquelas cobradas
pela Polícia Federal e pela Anvisa é algo mais delicado, pois indicaria pouca
atenção à fiscalização.
Técnicos estimam que a
mão de obra representa 50% do custo portuário, por isso estão na mira as
despesas vinculadas aos práticos.
Todo navio que chega a um porto brasileiro é necessário
ter um prático.
No porto de Santos, por exemplo, custo até US$ 8 mil por
manobra.
Atualmente, para que um
brasileiro se torne prático, ela precisa passar por concurso público e realizar
cerca de 70 manobras por ano em um porto.
Em Roterdã são necessárias apenas 20
operações.
O pacote terá um
programa de incentivo à navegação de cabotagem, batizado provisoriamente de
Pró-Cabotagem.
Ele envolverá investimentos nos portos de rio e sua interligação
com os portos marítimos.
A gestão dos portos
também será tratada no pacote.
A ordem é uniformizar o funcionamento e evitar o
que ocorre hoje: cada unidade tem um modelo singular de operar.
Ao todo, o País
conta com 18 portos ligados a sete Companhias Docas, 13 portos administrados
por Estados, três de responsabilidade de municípios, um porto público privado Imbituba-SC,
além dos terminais privativos, que pertencem a companhias como Transpetro e Vale. Para melhorar e padronizar a gestão, a
tendência é que seja criada uma Autoridade Portuária nos moldes da extinta
Portobrás.
O lançamento depende de uma avaliação mais
detalhada da situação fiscal em 2014.
Se houver condições, porém, a intenção é
lançar o programa, pois essa é uma parte que ficou faltando na estratégia de
modernização da logística brasileira da qual fazem parte as concessões e a nova
Lei dos Portos.
O governo quer fortalecer esse modal para desafogar
o transporte rodoviário e oferecer uma alternativa mais barata às empresas.
Porém, ainda há muitos problemas a serem superados.
A oferta de navios, que o governo pretende contornar com a autorização do uso
do Imposto de Importação, é uma delas.
Outra ideia para viabilizar a construção de novas
embarcações é utilizar os recursos do Adicional de Renovação do Frete da
Marinha Mercante ARFMM para financiá-las.
O governo avalia que poderia dispor
de até R$ 3 bilhões, sendo R$ 2,2 bilhões para os navios e R$ 800 milhões para
a instalação de dois estaleiros.
Os recursos seriam emprestados a juros baixos, com
um desconto de 30% sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo TJLP, atualmente em 5%
ao ano.
As instituições financeiras que operarem os recursos poderão cobrar um
spread de até 1,5%.
O objetivo é ampliar a frota da cabotagem, que era
de 53 embarcações em 2011, para 96 em 2017.
Seria priorizada a construção de contêineiros,
graneleiros e cargueiros.
A construção de navios seria também beneficiada com
a suspensão da cobrança do PIS e Cofins sobre peças e equipamentos com as
embarcações sendo incluídas no Regime Especial de Incentivos para o
Desenvolvimento da Infraestrutura Reidi, que hoje já e usado em usinas
elétricas e nas concessões rodoviárias.
Em pesquisa realizada pelo Ilos, aponta que, do
ponto de vista dos empresários, o maior problema é o tempo gasto no transporte
de cabotagem.
Com 66% dos pesquisados
em seguida, vêm a infraestrutura, falta de integração com outros modais e a
baixa frequência nos navios.
O governo estuda formas de reduzir a burocracia.
Uma ideia é identificar os contêineres, para que não passem pelo desembaraço. Também
se procura agilizar a fiscalização por outros órgãos do governo.
Dar ao óleo bunker, o mesmo tratamento do diesel
rodoviário.
A navegação de cabotagem em 2011, transportou 194
milhões de toneladas e 77% da carga eram combustíveis e óleos minerais, 11%, bauxita
e 3% contêineres.
Após ler o estudo e os levantamentos nos
jogos dos números o estado e o grande entrave
nessa agilização poderia seguir o estilo americano.
O investimento deveria ocorrer também na construção de navios
rollon rollof , pois este tipo de embarcação demanda um menor investimento ao
porto para recebe-los.
A mão de obra sempre
eleita como o grande obstáculo desta nação no tocante ao custo , mas não seria
mais econômico órgãos públicos se
fizessem seus estudos sem a contratação de consultorias .
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