27 de jun. de 2014

Porto de Rotterdam terá porto no Espirito Santo

Holandeses terão 30% de megaporto no ES
O Porto de Roterdã,
 empresa formada pelo governo holandês e conhecida 
como uma das principais operadoras portuárias do mundo, 
decidiu entrar na sociedade daquele que pretende ser 
o maior porto  do Brasil.
 O chamado Porto Central de Presidente Kennedy, 
que será erguido no litoral sul do Espírito Santo, 
vai receber investimentos de R$ 5 bilhões. 
A previsão é que as obras sejam iniciadas 
em meados de janeiro de 2015.
Controlado pelo governo holandês e pela prefeitura de Roterdã, 
o Porto de Roterdã terá 30% das operações do projeto.
 Uma participação próxima de 70% 
 ficará nas mãos da TPK Logística, 
empresa criada no Espírito Santo 
com o propósito exclusivo de tocar o empreendimento.
 A TPK, tem 60% de sua composição controlada 
pelo grupo Polimix, 
uma das maiores concreteiras do país.
 Os demais 40% pertencem a três investidores locais, 
donos das terras onde o porto 
será construído e o governo do Espírito Santo, 
que deverá ter ainda uma pequena participação 
(cerca de 1%),
 ao ceder áreas complementares ao empreendimento.

Dos R$ 5 bilhões de investimento, 
70% virão de financiamento. 
O projeto já foi previamente apresentado ao BNDES,
 que deve ser o grande financiador do Porto Central,
disse Novaes.
 O executivo não descarta, porém, 
a entrada de outros bancos europeus, 
dado acesso facilitado do governo holandês 
a recursos de bancos europeus.
 Para negociar o empréstimo, 
os sócios ainda aguardam a emissão da licença prévia 
ambiental do projeto, 
que está em fase de conclusão 
 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). 
"Tivemos uma reunião com o Ibama na semana passada. 
A licença deve ser liberada entre 15 e 30 dias. 
A partir daí, vamos entregar a carta-consulta ao BNDES", 
disse Novaes.

O projeto está atrasado. 
O cronograma original previa que as obras já tivessem 
começado, mas, segundo o executivo, 
houve lentidão no processo de licenciamento.
 Para ganhar tempo, os empresários já começaram 
 trabalhar no levantamento das medidas ambientais 
compensatórias, com a perspectiva de receber, 
até janeiro, a licença de instalação, 
que libera o início efetivo das obras.

Os números do Porto Central, 
que será instalado no município de Presidente Kennedy, 
dão uma perspectiva do que se ambiciona com 
o empreendimento. 
 Desenhado para ocupar uma área de 20 milhões 
de metros quadrados 
(o equivalente a cerca de 3 mil campos de futebol), 
o porto contempla a construção de 30 terminais portuarios, 
além de áreas industriais.
 A estrutura, 
que vai se apoiar em um cais com 10 KM de extensão, 
terá operações por etapas. 
Até 2017, 
deve iniciar com capacidade de movimentar 
50 milhões de tons por ano,
 mas deverá chegar a 150 milhões de tons anuais
 quando estiver em funcionamento pleno,
 em meados de 2022.

Para se ter uma idéia do que isso significa,
 o porto de Paranaguá (PR), segundo maior do país ,
 movimentou 41,9 milhões de toneladas em 2013, 
segundo balanço de cargas da Antaq.

"O governo do Espírito Santo decidiu entrar na sociedade 
do empreendimento porque entende
 que é um projeto estratégico para o país. 
Esse porto será o hub do Porto de Roterdã 
para toda a América Latina",
disse o secretário de desenvolvimento do Estado capixaba,
 Nery De Rossi.

O propósito do porto é receber cargas em geral,
 mas o objetivo maior é atender novas 
demandas geradas pelo petróleo extraído do pré-sal e
 pós-sal das bacias de Campos (RJ) 
e do Espírito Santo (ES), 
que estão localizadas a uma distância de 150 a 250 KM do Porto . 
Para isso, 
prevê-se a construção de parque de tancagem de petróleo
 e outros líquidos,
 transferência de petróleo para petroleiros e estaleiros, 
além de dois terminais para derivados.
 A estimativa é de que aproximadamente 3.200 navios 
passem pelos terminais por ano, podendo atingir até 4.500 navios, 
de embarcações menores a cargueiros de transporte de minério,
 óleo e gás, entre outras cargas.

Nos primeiros três anos de construção, 
o projeto deve envolver investimentos de até R$ 2,5 bilhões. 
José Maria Novaes, diretor-presidente do Porto Central, 
afirma que já tem vários memorandos de entendimento
 assinados com potenciais interessados em explorar o porto,
 mas prefere não citar nomes.

Numa segunda etapa, o projeto quer se beneficiar de outros empreendimentos logísticos planejados para chegar 
ao litoral do Estado. 
É o caso da prometida construção da ferrovia Rio-Vitória.
 O traçado de aproximadamente 550 km de extensão.

Fonte : Valor Econômico/André Borges | De Brasília


O diferencial do  Porto Central e seu  conceito 
de porto indústria lembrando alguns portos europeus.
Sua  área de 20 milhões de metros quadrados e 
águas profundas nada valera  sem infraestrutura de acesso .
Como a construção da Ferrovia Litorânea Sul e 
a Ferrovia  Uruaçu-corinto-Campos,
 e a duplicação da Rodovia do Sol (ES-060), BR-101 Sul
 e ES-162.
E a construção de um aeroporto .

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