Holandeses terão 30% de
megaporto no ES
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O Porto de Roterdã,
empresa formada pelo governo holandês e conhecida
como
uma das principais operadoras portuárias do mundo,
decidiu entrar na
sociedade daquele que pretende ser
o maior porto do Brasil.
O chamado Porto Central de
Presidente Kennedy,
que será erguido no litoral sul do Espírito Santo,
vai
receber investimentos de R$ 5 bilhões.
A previsão é que as obras sejam
iniciadas
em meados de janeiro de 2015.
Controlado pelo governo holandês e pela prefeitura de Roterdã,
o Porto de
Roterdã terá 30% das operações do projeto.
Uma participação próxima de 70%
ficará nas mãos da TPK Logística,
empresa criada no Espírito Santo
com o
propósito exclusivo de tocar o empreendimento.
A TPK, tem 60% de sua
composição controlada
pelo grupo Polimix,
uma das maiores concreteiras do
país.
Os demais 40% pertencem a três investidores locais,
donos das terras
onde o porto
será construído e o governo do Espírito Santo,
que deverá ter
ainda uma pequena participação
(cerca de 1%),
ao ceder áreas complementares
ao empreendimento.
Dos R$ 5 bilhões de investimento,
70% virão de financiamento.
O projeto já
foi previamente apresentado ao BNDES,
que deve ser o grande financiador do
Porto Central,
disse Novaes.
O executivo não descarta, porém,
a entrada de
outros bancos europeus,
dado acesso facilitado do governo holandês
a recursos
de bancos europeus.
Para negociar o empréstimo,
os sócios ainda aguardam a
emissão da licença prévia
ambiental do projeto,
que está em fase de conclusão
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama).
"Tivemos uma reunião com o Ibama na semana passada.
A licença
deve ser liberada entre 15 e 30 dias.
A partir daí, vamos entregar a
carta-consulta ao BNDES",
disse Novaes.
O projeto está atrasado.
O cronograma original previa que as obras já
tivessem
começado, mas, segundo o executivo,
houve lentidão no processo de
licenciamento.
Para ganhar tempo, os empresários já começaram
trabalhar no
levantamento das medidas ambientais
compensatórias, com a perspectiva de
receber,
até janeiro, a licença de instalação,
que libera o início efetivo
das obras.
Os números do Porto Central,
que será instalado no município de Presidente
Kennedy,
dão uma perspectiva do que se ambiciona com
o empreendimento.
Desenhado para ocupar uma área de 20 milhões
de metros quadrados
(o
equivalente a cerca de 3 mil campos de futebol),
o porto contempla a
construção de 30 terminais portuarios,
além de áreas industriais.
A
estrutura,
que vai se apoiar em um cais com 10 KM de extensão,
terá
operações por etapas.
Até 2017,
deve iniciar com capacidade de movimentar
50
milhões de tons por ano,
mas deverá chegar a 150 milhões de tons
anuais
quando estiver em funcionamento pleno,
em meados de 2022.
Para se ter uma idéia do que isso significa,
o porto de Paranaguá (PR),
segundo maior do país ,
movimentou 41,9 milhões de toneladas em 2013,
segundo
balanço de cargas da Antaq.
"O governo do Espírito Santo decidiu entrar na sociedade
do
empreendimento porque entende
que é um projeto estratégico para o país.
Esse
porto será o hub do Porto de Roterdã
para toda a América Latina",
disse
o secretário de desenvolvimento do Estado capixaba,
Nery De Rossi.
O propósito do porto é receber cargas em geral,
mas o objetivo maior é
atender novas
demandas geradas pelo petróleo extraído do pré-sal e
pós-sal
das bacias de Campos (RJ)
e do Espírito Santo (ES),
que estão localizadas a
uma distância de 150 a 250 KM do Porto .
Para isso,
prevê-se a
construção de parque de tancagem de petróleo
e outros líquidos,
transferência
de petróleo para petroleiros e estaleiros,
além de dois terminais para
derivados.
A estimativa é de que aproximadamente 3.200 navios
passem pelos
terminais por ano, podendo atingir até 4.500 navios,
de embarcações menores a
cargueiros de transporte de minério,
óleo e gás, entre outras cargas.
Nos primeiros três anos de construção,
o projeto deve envolver investimentos
de até R$ 2,5 bilhões.
José Maria Novaes, diretor-presidente do Porto
Central,
afirma que já tem vários memorandos de entendimento
assinados com
potenciais interessados em explorar o porto,
mas prefere não citar nomes.
Numa segunda etapa, o projeto quer se beneficiar de outros empreendimentos logísticos planejados para chegar
ao litoral do Estado.
É o caso da prometida
construção da ferrovia Rio-Vitória.
O traçado de aproximadamente 550 km de
extensão.
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Fonte : Valor Econômico/André Borges | De Brasília
O diferencial do Porto Central e seu conceito
de porto indústria lembrando alguns
portos europeus.
Sua área de 20 milhões de metros quadrados e
Sua área de 20 milhões de metros quadrados e
águas
profundas nada valera sem infraestrutura de acesso .
Como a construção da
Ferrovia Litorânea Sul e
a Ferrovia Uruaçu-corinto-Campos,
e a duplicação da Rodovia do Sol (ES-060), BR-101 Sul
e ES-162.
E a construção de um
aeroporto .
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