22 de set. de 2014

O Processo do currículo Profissional

O Processo do currículo Profissional

A partir das diretrizes curriculares nacionais e das complementações 
a elas feitas pelos sistemas, as escolas devem elaborar seus projetos curriculares próprios, por habilitação ou área, por disciplinas ou módulos,
 com a possibilidade de fazer inclusões, sem prévia autorização,
 utilizando até 30% da carga horária mínima estabelecida pelas diretrizes curriculares.O espaço aberto às escolas para a formulação de seus currículos,com desenhos particulares, inclusive, abre a possibilidade, na organização curricular, de que os mesmos sejam construídos por disciplinas ou por módulos. 
Os módulos devem agrupar conhecimentos ou complementação de estudos.Dessa forma, a organização curricular garante maior flexibilidade  à educação profissional, permitindo ao aluno cursar um ou mais módulos, receber certificados de qualificação e retornar, posteriormente, à escola, para novas qualificações.No ingresso ou retorno à escola, o aluno poderá validar a aprendizagem realizada fora do ambiente escolar, por meio de certificação de competências. Essas certificações podem ser conferidas por módulos,permitindo a obtenção das qualificações profissionais a eles correspondentes, bem como para o conjunto dos módulos que configurem uma habilitação profissional, dando, neste caso, o direito ao diploma de técnico.É importante ressaltar que o nível básico da educação profissional,ainda que não-formal e, portanto, não sujeito à regulamentação curricular,deve ter, na formulação de seus currículos, a mesma perspectiva,orientando-se por competências e habilidades. 

A metodologia para a arquitetura curricular é acrescida da dedicação às competências estabelecidas para a educação básica.  A oferta desta deve articular-se ao propósito de elevação da escolaridade dos trabalhadores. 
Programas que objetivem a melhoria das condições de inserção 
no mercado de trabalho não podem desconsiderar que a educação básica é  condição necessária e essencial de empregabilidade.
Currículos baseados em competências requerem procedimentos de ensino que se coadunem com a sua formulação. 
Nesse sentido, as diretrizes curriculares, ao descreverem competências e habilidades, estão,naturalmente, delineando metodologias de ensino que se caracterizam pela apropriação e aplicação de conhecimentos tecnológicos e básicos .
Os conhecimentos científicos e instrumentais advêm das competências e habilidades desenvolvidas na educação básica. 
Os de natureza tecnológica  têm, na educação profissional,
 o espaço específico para o seu desenvolvimento pleno, dentro das áreas profissionais.

O processo de ensino,  precisa integrar esses conhecimentos,
dar-lhes novos significados, numa permanente interação teoria e prática.
Diante disso, revestem-se de fundamental importância as metodologias centralizadas na participação ativa dos trabalhadores,  no desenvolvimento de projetos  ou de  processos produtivos da área profissional, e envolvendo-se na superação de problemas e desafios que lhe são peculiares, em situações simuladas ou de realidade virtual e no mundo real do trabalho. 
Neste estão presentes variáveis adicionais , impossíveis de serem reproduzidas e, portanto, vividas nos ambientes criados para a aprendizagem.
Espaços, recursos e etapas planejadas de prática profissional supervisionada, dentro da próprio porto e, sempre que possível, 
em terminais, neste caso caracterizando-se como estágio curricular, devem, compor os currículos da educação profissional. 
Como componente curricular, a prática profissional,  incluindo o estágio, deve ser desenvolvida ao longo do curso, fazendo a ponte permanente entre teoria e prática.
É indispensável que a instituição escolar assuma a prática profissional consubstanciada no estágio como componente curricular que, 
como tal, requer tratamento pedagógico e não burocrático. 
Ele deve, portanto, ser planejado, acompanhado e avaliado por ela.
No planejamento curricular, cada competência ou conjunto de competências a serem adquiridas pelo educando deve estar relacionado a fases de prática,
 oferecidas aos trabalhadores em situações reais de trabalho. 

Esse planejamento permite, também, que alunos trabalhadores, quando engajados em atividades produtivas claramente relacionadas à área profissional alvo do curso, tenham, a partir de relatórios comentados e avaliados, essa efetiva prática profissional reconhecida como estágio.
É importante ressaltar que a prática profissional supervisionada,particularmente o estágio realizado em empresas,
 pode e deve ser um valioso instrumento de realimentação do processo de planejamento curricular. 

Para isso, além de um planejamento que envolva a participação da(s) empresa(s), faz-se necessária uma supervisão sistemática dos estágios pela escola, que analise, comente e avalie as atividades neles desenvolvidas.
Através da discussão desses estágios, envolvendo alunos,professores e profissionais da área, pode-se avaliar a adequação do currículo às demandas tecnológicas do mercado de trabalho, bem como as metodologias de ensino adotadas. 
Rápidos ajustes curriculares são, a partir daí, possíveis e desejáveis, 
considerando o espaço de autonomia na organização curricular 
aberto às escolas pela atual legislação educacional.
Avaliar competências e habilidades requer procedimentos metodológicos nos quais alunos e professores estejam envolvidos e comprometidos. 
A avaliação de competências e habilidades requer, também, dos instrutores, o planejamento de situações e a elaboração de instrumentos caracterizados  e contextualização de conhecimentos os de natureza tecnológica.
Metodologias que privilegiem o desenvolvimento de atividades típicas ou de projetos de trabalho característicos da área profissional,que incluam a aplicação operatória dos conceitos e princípios científico tecnológicos nela comumente envolvidos e o conseqüente uso inteligente das ferramentas técnicas a ela disponíveis, possibilitam, naturalmente,uma avaliação compatível com a formulação curricular centrada no desenvolvimento de competências e habilidades.
Durante o curso e ao final deste, essa mesma metodologia pode permitir que os alunos demonstrem, de forma integrada,todas as competências e habilidades adquiridas, em projetos que atendam a interesses próprios e que, de preferência, respondam a propostas ou desafios concretamente enfrentados por empresas ou profissionais da área, identificados através de contatos e intercâmbios permanentemente alimentados pela instituição escolar.
Comitês organizados de avaliação, compostos de representantes de empresas e/ou de profissionais dinamicamente engajados no mercado de trabalho, além de implementar o processo de ensino-aprendizagem,
através do seu componente de verificação, também podem oferecer insumos atualizados ao replanejamento curricular, representando um mecanismo local de constante sintonia com o processo produtivo.

Fonte 
CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
Relatos de algumas Experiências Brasileiras

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