18 de jan. de 2016

A Fumaça do Porto Santista

No meio da tarde do dia 14 de janeiro,no Porto de Santos, uma estrondosa sirene gera um corre corre na margem esquerda do porto,lanchas partem em busca dos trabalhadores  que estavam  a prestar serviços em três terminais   e aos poucos o céu foi tomado por uma camada de fumaça. 
Um incêndio de grandes proporções atingia às 15h15, quando a água da chuva entrou em contato com um tanque carregado com ácido dicloro isocianúrico de sódio  o pátio de cargas do terminal da Localfrio, na Margem Esquerda do Porto de Santos, no Guarujá.Grudado a grade que a divide da Santos Brasil.

No primeiro momento a brigada de incêndio deu combate , mas não se tratava de um simples incêndio seguido de uma explosão e uma fumaça espessa e sim de   vazamento de produto químico .

Deu se a  retirada de um navio que estava atracado no Tecon e no atraso do cargueiro que iria para o Tecon. A Travessia de pedestres Vicente de Carvalho-Praça da República foi temporariamente suspensa em virtude de vazamento de produto químico na margem esquerda do canal do Porto de Santos. A interdição correu entre as 16 horas às 17h15, filas se formaram nos dois lados das margens, nos atracadouros de embarque. 
As operações nos terminais TEV ,Tecon,  TGG e Termag , foram interrompidas .A Ecovias, concessionária responsável pelas estradas da região, também interditou a Rodovia Conêgo Domênico Rangoni por volta das 17 horas. A Prefeitura de Guarujá suspendeu  ônibus com destino a Vicente de Carvalho . A balsa entre Santos e Guarujá foram interrompidas  durante 1h15.
No início da noite, parte do Estuário precisou ser interditada pela falta de visibilidade ocasionada pela fumaça. A avenida Ana costa em frente ao pátio Iporanga ficou as cegas. 

Do canal 5 ao 4 a visibilidade era mínima entre a avenida Portuária e a Afonso Pena .As operações na margem direita também foram paralisadas e os trabalhadores removidos .Gerando um certo desconforto para os trabalhadores escalados na madrugada que saíram de suas casas e se dirigiram ao cais.
A Codesp, afirmou que a Guarda Portuária  detectou o incêndio a partir do monitoramento realizado pelo sistema de câmeras. “Imediatamente foi acionada a brigada de incêndio para apoiar as operações de combate ao sinistro.

 O Plano de Auxílio Mutuo entre os órgãos de emergência em Guarujá foi acionado para combater o vazamento no pátio de contêineres. Equipes de emergência da cidade concentram esforços para conter os estragos e atender as pessoas.
“Recomendamos às pessoas que não saiam de suas casas, fechem portas e janelas, e, se possível, coloque um pano úmido no nariz e a boca”, pois, trata-se de uma substância considerada perigosa, sendo corrosivo para pele, olhos, vias aéreas e pulmões.
 Moradores de Vicente de Carvalho passaram mal após os bairros serem tomado pela fumaça.  
Mas a fumaça atingiu toda a região.  De Guarujá passando por Santos ,Cubatão e São Vicente.  Na quinta  a noite e na manhã de sexta-feira 15, diversos bairros da baixada santista, foram tomados por uma densa fumaça.

A Localfrio informou o atendimento de uma, funcionária da empresa, enviada a um pronto-socorro por questões de segurança. O Corpo de Bombeiros, confirmou no início do registro a intoxicação de quatro, todos trabalhadores da companhia, que foram resgatados por companheiros e encaminhados para atendimento médico.


Após a contenção do incêndio, o Corpo de Bombeiros contabilizou que, do lote de 85 contêineres do pátio, 50 pegaram fogo ficado danificados
Conforme dados do secretário de Defesa Social do Guarujá, pelo menos
210 pessoas receberam atendimento médico no Município. Elas foram atendidas em unidades hospitalares da Cidade após inalarem fumaça tóxica.

Os relatos nas redes sociais foram em todas as direções , mas que deixa claro que já o segundo evento que gera dano ambiental e social na comunidade  portuária deixando claro a falta de responsabilidade ambiental e social pela Ultracargo em abril de 2015 que  iniciou a mais longa “catástrofe portuária, que atingiu seis tanques e causou sérios impactos ambientais que poderão durar pelo menos cinco anos. A empresa não tinha recursos suficientes para conter o incidente e foi multada a pagar R$ 22,5 milhões. O maior já registrado no Estado de São Paulo ,durou nove dias. Ao todo, 500 milhões de litros de água foram utilizados no combate ao incêndio  e da empresa Localfrio  que trabalha com container e o que mais era lido nas redes sociais eram  postagem em relação a periculosidade insalubridade no trabalho portuário , como diz Luiz Fernando :Em virtude da GRAVIDADE do acidente e, principalmente, da clamorosa falha do PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA no porto, deveria a Comissão Permanente Nacional Portuária fazer uma REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA para análise e adequação tanto das exigências da NR29 quanto do REGULAMENTO DE EXPLORAÇÃO DO PORTO.
A realidade nua e crua  não sobrou opnião mas  falto  fiscalização dos órgãos públicos  o que gera um enorme prejuízo aos cidadões da baixada Santista .
Imagens Carlos Marcelo Santos
             Eduardo Figueira
             Marcio Nascimento
             Marquinho  Marques

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