29 de fev. de 2016

A Desfuncionalidade da Multifuncionalidade Portuaria

Na discussão do trabalho portuário a multifuncionalidade para alguns  é a qualificação em termos de habilidade cognitiva, capacidade de abstração, iniciativa, responsabilidade, compromisso, cooperação, interesse, capacidade de decisão, trabalho em equipe. A valorização atribuída à qualificação do trabalhador portuário esta direcionado a agilidade no processo do trabalho.

 O estivador e preparado a apresentar sob a forma de múltiplos tipos de atividades operacionalizadas um procedimento operacional que conduza a produção continua . E não estou me referindo ao  sentido de pertencimento extraído da cultura no papel. A multifuncionalidade inserida na lei 8630/1993  no Art. 57. No prazo de cinco anos contados a partir da publicação desta Lei, a prestação de serviços por trabalhadores portuários deve buscar, progressivamente, a multifuncionalidade do trabalho, visando adequá-lo aos modernos processos de manipulação de cargas e aumentar a sua produtividade. Visando adequar os trabalhadores a mecanização e as normas internacionais de saúde e segurança criando uma única categoria profissional  , focada  na qualidade do trabalho .Em meados de 1993 surge o trabalhador portuário avulso gerando  um conjunto de problemas ,que tem a solução na formação ,qualificação e requalificação  , mas fratura no costume laboral e no plano da desqualificação . E a multifuncionalidade não avança mesmo com as soluções a vista . Os atores envolvidos, capital e trabalho,  se apertaram em  circunstâncias  anêmicas , o Centro de treinamento Portuario uma ordem simbólica da Lei de Modernização dos Portos  que ainda não conseguiu atuar para estimular e aperfeiçoar uma pratica já efetuada pela estiva . Por outro lado o Ogmo iniciou com tudo mas logo foi freado num zinabre burocratico pois há possibilidades de avanço que podem ser encontradas em programas de qualificação que não só incorporem o domínio da técnica, mas também os aspectos sociais.

Como o Programa de Desenvolvimento Portuário PDP da OIT , cursos de Gestão operacional do Prepom portuário, Gestão Portuária e MBA.   Na realidade o instrumento para  transformação existe na estrutura mas se manifesta de forma errônea  e equivocada .  Os impasses produzidos desenvolveram a mão de obra própria  sem experiência portuária reduzindo a ordem econômica.
 A gestão do conhecimento e da capacitação Profissional no segmento Portuário traz  em seu bojo, a lapidação e o aperfeiçoamento do  TPA.Mas neste processo de transformação o OGMO  , qual e seu papel para os  trabalhadores no que se refere à capacitação profissional
Do CAP , da Autoridade Portuária  e dos operadores Portuários
Quais são os reais  obstáculos para treinar e capacitar a mão-de-obra.
Houve o tempo em que  o trabalhador não abria mão para perder uma hora de trabalho, ao ficar dentro de uma sala de aula, hoje ele sabe da demanda por profissionais qualificados, polivalentes e multifuncionais, e como protagonista tem que estar cada vez mais preparado.
 Contrariando o círculo vicioso da não qualificação profissional, menor renda e em perda de qualidade de vida.
Para o trabalhador portuário a Lei 8630/1993 não trouxe melhorias , pois com ela veio a poligonal ,tirando terminal do porto organizado e o operador portuário que freia e impede o crescimento profissional do trabalhador Portuario .

Finalmente, com base nesses resultados,entende-se a mudança no bojo da  lei 12815/2013  que  recomenda aos órgãos gestores  e seus administradores competentes que busquem, mediante medidas adequadas, oferecer inúmeras e diferenciadas formas de qualificação profissional para os trabalhadores, na perspectiva de valorizá-los não só como profissionais, mas também como pessoas.
Na perspectiva de apagar  as posturas negativas  empresariais portuárias na relação da capacitação do trabalhador Portuário pertencente aos Quadros dos Ogmos  aos modernos processos de manipulação de cargas.

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