21 de abr. de 2016

A Politica da Lei dos Portos 8630

O povo brasileiro afirma ser a Congresso obstáculo para qualquer tentativa de reforma estrutural, isto ficou claro após o domingo da Família.
Ao verificar os votantes  exclusivamente de acordo com sua concepção a respeito de como estas deveriam ser conduzidas. 
Não e um  resultado desastroso de um ponto de vista democrático, pois sempre seguiu esta linha ,voltemos  aos anos 90.
O estudo da tramitação do projeto de lei Pl8, enviado pelo presidente Fernando Collor de Melo à Câmara em 25 de fevereiro de 1991. 
O projeto ficou conhecido como lei de modernização dos portos e foi aprovado em votação simbólica de subemenda substitutiva em 26 de junho de 1992, após 18 meses de tramitação.
A composição na  Comissão Especial de Reforma Portuária. 
PFL/PRN e PMDB 8,PDT 4 e PDS,PSDB,PTB,PT,PDC,PL e PTR 2 num total de 34 membros. Sendo 7 de São Paulo, 4 do Rio de Janeiro e Bahia, 2 do Amazonas,Maranhão,Minas Gerais,Para,Paraná,Pernambuco,Rio Grande do Sul e Santa Catarina e com 1 Ceara,Espírito Santo e Paraiba.
 Embora contrariando os trabalhadores e as cidades portuarias, a lei de modernização dos portos acabou sendo aprovada. Como isso foi possível? 
Na apreciação de projetos o deputado leva em consideração, o impacto eleitoral de seu apoio .
Porque a Câmara altera sua percepção, após anos de legislação regulatória que defendia os trabalhadores avulsos do setor portuário
A controvérsia gira em torno do porto organizado ou da área fora do porto organizado . 
A lei dos portos era considerada de fundamental importância para o governo, pois sua política econômica consistia na abertura dos mesmos.
A estratégia, no caso da lei dos portos, por parte do governo ,consistiu na utilização sistemática da mídia impressa, com o objetivo de revelar a ineficiência e os custos dos serviços. Ex A Mafia dos Portos .Essa campanha desenvolvida na mídia foi importante para persuadir aos legisladores cujo interesse eleitoral não se relacionava diretamente com a cidade portuária.Com a promessa deredução de custos e que esse dinheiro que sobraria seria investido em novos empregos nas areas exportadoras e importadoras no restante do pais.
Os legisladores das cidades portuárias buscaram a persuasão dos deputados a milhares de quilometros de distancia da comunidade portuaria. Para poderem contar com o apoio dos representantes  não afetados pelo projeto. 
Prova das modificações esta  à composição do Ogmo e do Conselho de Autoridade Portuária e a concessão de indenização para os  trabalhadores eventualmente prejudicados pela implementação da nova política,e a criação dos Centros de treinamento , sem que os três pontos essenciais do projeto tivessem sido alterados. Em compensação os empresários foram contrários a incorporação da Convenção 137 da OIT ,alegando que a mesma norma não era aceita em solo nacional.


O conflito girou nas tarifas portuárias,  mão-de-obra e terminais privados.
A questão era saber se as tarifas continuariam sendo cobradas da mesma forma e no mesmo nível para todos os portos. O governo propôs a fixação diferenciada por um Conselho de Autoridade Portuária
O maior potencial de conflito, pois o projeto visava enfraquecer a força representativa dos estivadores. Reduzir a mão de obra das Docas. O governo pretendia que a capatazia passasse a ser de responsabilidade das empresas de operação portuária, e as agências poderiam utilizar trabalhadores avulsos, contratados junto ao Ogmo
A indicação  da privatização do setor portuário, uma pois o projeto permitia aos terminais privados prestar serviços a terceiros. Em sua maioria em áreas que podem se tornar fora da área do porto organizado.Com a mudança da poligonal.Esse sim o grande gerador de conflitos nas cidades portuarias.
O prazo estabelecido para a apresentação de emendas encerrava-se no dia 12 de março, foram apresentadas 119 emendas dos Dep NILSON GIBSON , Dep FELIX MENDONÇA , Dep MAURILIO FERREIRA LIMA , Dep GASTONE RIGHI , Dep FLAVIO ROCHA ,Dep CARLOS ALBERTO CAMPISTA, Dep RENATO JOHNSSON , Dep JOSE DIRCEU , Dep EDESIO PASSOS ,Dep BONIFACIO DE ANDRADA, Dep VALDEMAR COSTA NETO , Dep LUIZ SALOMÃO ,Dep BETO MANSUR , Dep SERGIO CURY , Dep PINHEIRO FILHO , Dep HAROLDO LIMA , Dep CARLOS LUPI ,Dep MAURICI MARIANO , Dep UBIRATAN AGUIAR  , Dep RUBERVAL PILOTTO  e Dep DELCINO TAVARES  . 
Em 2 de abril, a Secretaria-Geral da Presidência da República encaminha mensagem à Mesa da Câmara solicitando o cancelamento do regime de urgência do projeto. 

Exatamente no dia 24 de março de 1992, isto é, um pouco mais de um ano de tramitação do projeto, a Mesa da Câmara decide, por intermédio de despacho da Secretaria-Geral, instalar Comissão Especial para avaliá-lo. 
O ato de instalação ocorre no dia 6 de maio  vai até o dia 17 de junho, a Comissão Especial Presidente Dep LUIS ROBERTO PONTE; 
1 Vice-Presidente Dep PAULO ALMEIDA; 
2 Vice-Presidente, Dep KOYU IHA; 
3 Vice-Presidente, Dep CARLOS ROBERTO MASSA; 
Relator, Dep JOSE REINALDO. TITULARES: 
Bloco Parlamentar - Dep CARLOS ROBERTO MASSA, Dep JOSE REINALDO, Dep SANDRA CAVALCANTI e Dep TOURINHO DANTAS; Suplentes: Dep ATILA LINS, Dep MALULY NETTO, Dep MAVIAEL CAVALCANTI e NELSON MORRO; PMDB - Titulares: Dep DEJANDIR DALPASQUALE, Dep GEDDEL VIEIRA LIMA, Dep LUIS ROBERTO PONTE e Dep MARCELO BARBIERI; Suplentes: Dep CID CARVALHO, Dep ELIEL RODRIGUES, Dep JOSE MARANHÃO e Dep MAURICI MARIANO; PDT - Titulares: Dep ALOISIO SANTOS E Dep BETO MANSUR; Suplentes: Dep SERGIO GAUDENZI e Dep VALDOMIRO LIMA; PDS - Titular; Dep FERNANDO CARRION; Suplente: Dep CARLOS VIRGILIO; PSDB - Titular: DEP KOYU IHA; Suplente: DEP VITTORIO MEDIOLI; PTB - Titular; Dep PAULO ALMEIDA; Suplente: Dep CARLOS KAYATH; PT - Titular: Dep CARLOS SANTANA; Suplente: Dep EDESIO PASSOS; PDC - Titular: Dep EDUARDO BRAGA; Suplente: Dep SERGIO BRITO; PL - Titular: Dep VALDEMAR COSTA; Suplente: Dep MAURICIO CAMPOS; PTR - Titular: Dep ALBERTO HADDAD; Suplente: Dep JOÃO COLAÇO trabalha, com a presença de técnicos dos ministérios envolvidos na elaboração do projeto, representantes de grupos de interesse e deputados.
As reuniões contaram com a presença de JORGE GERDAU, Presidente da Associação das Siderúrgicas Privadas e Representante da  Associação Brasileira de  Exportadores , OSMAR REBELO DE OLIVEIRA, Presidente da  Associação Brasileira de Terminais  Privados; JUAN LERENA, Vice-Presidente da Associação Comercial do RIO DE JANEIRO; SERGIO SALOMÃO, Presidente do Sindicato dos Armadores,

Telma de Souza Prefeita de Santos, MAURICIO SANTANA, Presidente da CONTTMAF, ABELARDO WIKMAN, Representante do Movimento Nacional de Defesa dos Portos, MARIO TEIXEIRA, Presidente  da FENCCOVIB,LUIZ AUGUSTO VIEIRA BRAGA, Presidente da F N E
No dia 4 de junho, a Comissão aprova por unanimidade o parecer de seu relator, ressalvados os destaques, recurso fartamente utilizado pelos deputados interessados em evitar a tramitação do projeto. No dia 16 do mesmo mês, os destaques são aprovados em bloco também por unanimidade, expressando o alto grau de consenso existente entre os membros da Comissão. No dia 17 é aprovada a sugestão de seu presidente para que o substituto fosse a plenário.
A discussão em plenário tem início no dia 19 de junho com a leitura e a publicação do parecer da Comissão Especial. O parecer da Comissão Especial recebe 254 emendas no plenário, o que implica designação de novo relator. Este elabora subemenda substitutiva que é aprovada por votação simbólica em 26 de junho. 
APROVAÇÃO da Redação Final Relator, DEP JOSE CARLOS ALELUIA.

Mas em Brasília, no dia 25 de fevereiro de 1993; 172° da Independência e 105º da República.
O Presidente ITAMAR FRANCO ,Alberto Goldman  e Walter Barelli

E publicado no D.O.U. de 26.2.1993

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