O que provoca a greve dos estivadores do porto de Lisboa? A
utilização de ‘estivadores’ de uma empresa paralela, a Porlis, criada pela
Mota/Engil (que a vendeu ao grupo turco, a Yildirim) ao lado da empresa já
existente e onde há contratos de trabalho socialmente corretos
A Porlis não tem capacidade para operar, como está
claramente demonstrado: o porto está parado.
Mas obriga os estivadores
a irem a greve para defenderem seus postos de trabalho. E de fato
funciona como uma empresa de fura-greves (e para quebrar a contrato coletivo e os direitos dos
trabalhadores). Como a utilização de fura-greves e proibida por lei, cria-se
uma empresa paralela para fazer o mesmo.
Há mesmo lodo no cais!
Greve provoca prejuízo de 300 mil euros por dia , tem
certeza .Quem fez a conta , qual formula
foi realizada .Operadores portuários já entregaram pedidos de indenização
no tribunal, mas ainda acreditam que é possivel chegar a acordo para travar os
protestos. Governo voltou a pedir às partes para se sentarem à mesa.
Desde 20 de Abril, cada dia de greve custou em média cerca
de 300 mil euros aos operadores do Porto de Lisboa. É esse valor indenizatório que a Associação dos Operadores
de Lisboa cobra no Tribunal de Trabalho, a ação, exige compensações por danos emergentes
e lucros cessantes, seguiu também um outro pedido: que o tribunal se pronuncie
sobre a legalidade da greve efetuada pelo Sindicato dos Estivadores (SETC).
Os
serviços mínimos poderão atenuar o valor, mas não chegam para compensar os dias
em que as perdas superam aqueles montantes. Com 13 dias de greve os prejuízo já
e de 3,9 milhões de euros.
A ministra do Mar afirmou que não teve outra opção senão, em
conjunto com o Ministério do Trabalho, decretar os serviços mínimos “para
satisfazer necessidades sociais básicas e impreteríveis, nomeadamente
abastecimento às regiões autônomas, bem como a perecíveis e animais ”. Ana
Paula Vitorino avisou que “se houver extensão da greve, os serviços mínimos
serão naturalmente estendidos”.
Na argumentação que os operadores estão a dirimir ao tribunal constam os termos com que o SETC tem vindo a fazer os pré-avisos de
greve. “É uma greve à condição, ou seja, ocorre se acontecer isto ou aquilo.
Não há previsibiidade”, explicou Carlos Caldas Simões, da Associação dos
Operadores de Lisboa, admite que os impactos são ainda superiores pelo fato de
o pré-aviso incluir paragens a todas as horas extraordinárias.
Segundo a greve convocada pelo sindicato, a paralisação dos
trabalhadores só ocorreria no caso de os operadores escalarem estivadores que
não façam parte da Empresa de Trabalho Portuário (ETP), pool de
trabalhadores, que historicamente sempre desempenharam todas as funções. Caso
os operadores não chegassem a “escalar” esses trabalhadores – cuja contratação passou a ser legalmente
possível com a entrada em vigor da Lei dos Trabalho Portuário, em 2013 – a
greve não chegaria a avançar. Foi o que aconteceu nos protestos anunciados em
Novembro.
Apesar de várias semanas sucessivas de greve, o Porto de
Lisboa nunca chegou a parar por completo.
Mas paralisou nos últimos dias de
Abril,devido a escalação para o trabalho dos estivadores da Porlis, uma das
empresas do universo da Mota-Engil que foi vendida aos turcos da Yildirm.
Mas qual a intenção dos patrões de criarem um novo pool
.Para formar novos estivadores e fazer concorrência essa e alógica o que fica de fato estranha e a
postura dos políticos .Saindo um pouco e como se fosse criado um novo
parlamento português com parlamentares
recebendo a metade e sem o direito de falar na tribuna o que bem entender . O
que se busca e lucrar com a redução salarial .
Regressando ao Porto de Lisboa, a greve para acabar e só as
empresas e o governo respeitar a profissão portuária este sim e o grande
problema dos políticos e empresários da Austeridade
PTP quer acabar com "o monopólio nos portos"
A Assembléia Legislativa da Madeira está a discutir uma
"reestruturação portuária,defendo a abertura para "acabar com o
monopólio nos portos".
A situação que se verifica na Região, "é caso único no
país", com "um grupo explorando os portos praticamente de
graça" pois o "o monopólio do grupo Sousa cria graves problemas à
economia da Região".
A situação concreta na vida concreta – a crise é vossa mas é
grande, levem agora o fundo de pensões, que faliu. E o subsídio de Natal
também?
Há Lodo no Cais?
Pode ser que sim pode ser que não, no cais de Leixões,
Sines, Aveiro talvez, não sei, sei que por lá há alegadamente sindicatos
paralelos de empresa ilegais; há alegadamente esquemas mafiosos de pais para
filhos; há alegadamente medo, alegadamente controlo interno, há de certeza mais
mortos e acidentes de trabalho, tudo sem a presença regular da ACT.
Mas
em Lisboa Há Flores no Cais. Os estivadores de Lisboa exigem sabem o quê?
Trabalho para todos! Para todos? Mas isso não era viver acima das nossas possibilidades?
Dividir o trabalho suplementar que existe – alguns já fizeram mais de 250 horas
extraordinárias desde Janeiro! – pelos desempregados. E todos serem contratados
sem precariedade, pela lei, com o mesmo contrato.
São Rosas, Sr., São
Rosas!.
Um pacote doce pode trazer uma bomba lá dentro e um estivador
bruto pode descarregar um caminhão de flores.
Acima das nossas possibilidades é
termos um porto público, arrendado à
Mota Engil/empresa turca que faz das mercadorias que consumimos uma renda fixa
apoiada na vida e na exaustão de quem as descarrega, e sonha com este mundo
pequenino e rude, bruto, de gente a ganhar 500 euros, e que ou cai da grua ou
morre lentamente com aquilo que 500 euros dão – casa fria, má alimentação,
trabalho sem ócio, sem ver a família, sem ter tempo para ser humano.
Mas o que e mais
chocante e a relação jornal , empresário e governantes para estes o trabalhador pode viver com 500
euros .
fonte https://raquelcardeiravarela.wordpress.com/2016/05/02/ha-flores-no-cais/
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