5 de ago. de 2016

O Repúdio do Estivador

O jogo escancara a maquiagem no porto : na vida urbana mediada pelo celular, as corporações definem o que nos falta e nos vendem a reconfortante ilusão de que decidimos reflete a tendência de desenvolvimento para regular e influenciar nossa experiência e entendimento de cidade, transformando e criando um novo tipo de inconsciente:Portuário .
Uma força ideológica que guia nossos movimentos enquanto nos mantemos apenas semi conscientes do que nos move e da razão por que somos movidos nessa direção .Isto e entendido no vídeo comemorativo do Porto da Autoridade Portuária Codesp, mas já foi sentido na Revista Veja maio de 1992 A mafia dos Portos
.Busca de fato simplesmente nos distrair da cidade ao redor, na verdade.
As visões distópicas sobre para onde a tecnologia levara os portos em especial o maior porto do Brasil  apontam ter algo de completamente errado. Os retratos do futuro mastigam o presente desrespeito o passado .
Ou seja, a importância do ambiente físico portuário atual estar sendo  reduzido  em favor da política empresarial portuária. Ao contrário dessas previsões do futuro, vivemos hoje numa distopia  de portos convencionais com empresários e políticos automatizados que se movem pela cidade em direções de sua escolha, financeira, em busca de objetos de desejo, sejam eles rotulados num novo perfil ,num amante colaborador autêntico com um ilusório salario.
Nos anos 1990, as leis Portuárias mudaram  o pais que  impôs a seus portuários sacrifícios essas limitações  decodificadas foram impostas pela redução do Porto organizado ,Poligonal , e com ela o dinheiro da massa salarial portuária foi ser distribuído a quilômetros do porto , mas agora, são os jogos  midiáticos que nos fazem sermos fantasmas em nossas  cidades.
 Mesmo sem considerar o total acesso que esses fantasmas tem ao digitar no  Google suas inverdades, isso nos revela algo de fato perigoso.
Aponta para a crescente realidade de que não há realmente preocupação em informar mas sim em replicar o desejo dos patrocinadores portuários.
“O pior é a impunidade e a seletividade. A  Seletividade que permite que a operadora portuária opere com estrangeiros, a Justiça, não tenha cobrado dos mesmos com  tanto rigor, tanta eficiência, tanta punição, como gostaríamos que tivessem em todos os casos,  não só como na  incorporação da OIT 137 ,145 e 152a miopia a lei 12815/2013 , a obrigação do treinamento e da requalificação   na contratação do vizinho do gerente do terminal  que não possui registro ou cadastro no Ogmo dentro do porto organizado .Ao defender a  globalização e a  livre requisição em nenhuma lauda se tem  adoção de leis  que fortalecem o respeito social da cidade portuária.
Ouvimos o especialista portuário  dizer que os portos brasileiros são automatizados que os custos portuários estão diretamente relacionados ao custo da mão de obra portuária   e é isso que não nos eleva ao nível dos portos americanos .
 Ao acessar nas ondas da Web  veremos que o continente americano possui cinco terminais de Container semi automatizados sendo 4 nos Estados Unidos entre eles o primeiro em Portsmouth, Virginia,que foi entregue ao mercado em 2007 ,o quinta fica no porto de  Lazaro Cardenas no México, na America latina  .Deixando claro que os demais são convencionais .
No planeta terra existem 25 terminais automatizados . 
 E então por que nós não pegamos esses exemplos para  deixar claro o que ocorre no  Brasil.
O estivador esta vendo uma condução coercitiva, sem justificativa, da sua profissão  numa arbitrariedade  criticada e combatida nos países utilizados como exemplo pelos especialistas portuários  com excessivas e desnecessárias inverdades .
Segue ao bel entender no relato daquele que  e o mais prejudicado no jogo do centavo de dólar .

PINGO É LETRA...
Não viemos ao mundo para agradar a todos, viemos para cumprir com o nosso destino. Infelizmente tentam de todas as formas afetar, denegrir ou apagar uma linda história. Quando acontece é necessário que algo seja feito para mudar isso.
 Não sou o dono da verdade, todavia é imprescindível mostrar que sempre há o outro lado de uma determinada história.
No dia 26/07/2016 estava assistindo, o Jornal da TV TRIBUNA (1ª edição), notei que durante o seu intervalo aparecia uma matéria publicitária 
PORTO DE SANTOS” (Realização TV Tribuna). 
Tal matéria passava informações sobre o nosso PORTO, porém dando maior ênfase aos Terminais Privativos e seus funcionários.
Vendo aquelas lindas cenas e a narração maravilhosa, achei engraçado. Porque surpreendentemente não falava uma só palavra sobre os
TRABALHADORES PORTUÁRIOS AVULSOS DO PORTO DE SANTOS/SP
Então pensei...
Será que EXTINGUIRAM os
TPA’s desses terminais? 
Afinal temos o direito de trabalhar nos terminais especializados de acordo com a Lei 12.815/13.Qual seria o verdadeiro intuito de tal matéria?
 Porque omitiram essa relação dos TPA’s com os terminais?
 Nós trabalhadores sabemos a resposta!
Mas para lembrar aqueles que insistem em fazer de um tudo para desaparecer com o
TPA
Lembro lhes que somos:
Conferente;
Vigia;
Sindogeesp;
Consertador;
Bloco;
Capatazia;
Estiva.
Este último, os
Estivadores, desempenham funções tanto de Monotécnicos (operam diversos equipamentos de movimentação de carga) como também trabalham nos convéses/porões dos navios atracados nos terminais especializados na movimentação de contêineres.
Assim sendo, mostro o meu REPÚDIO e, também, espero que PAREM de querer empurrar os
TPA’s - ESTIVADORES para debaixo do tapete.
REINALDO NASCIMENTO, Estivador no maior Porto da América Latina, Santos/SP - Brasil.


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