Nível do ensino e capacitação laboral, com seus reflexos
no país e nos portos
Triste um país que não se indigna contra os
vergonhosos níveis de ensino
Depois de longo período com embates políticos,
acusações de todos os lados e momentos em que o ambiente legislativo beirou a
uma sala de espetáculo cômico, finalmente decidiu-se sobre o impeachment da
presidente Dilma Rousseff.
O tema que norteou as pautas jornalísticas, os
bate-papos ou conflitos nos diálogos de finais de semana e principalmente as
ruas do país, aparentemente, havia chegado ao seu capítulo final.
Da mesma forma que os capítulos finais, das
tradicionais novelas, permanecem sendo comentados e debatidos ainda durante
algum tempo, também esta página da história política brasileira continuou
presente na mentalidade nacional.
Aparentemente ainda vamos levar um bom tempo para
virar esta página e, portanto, outros fatos de grande importância para o país,
poderão ser prejudicados nos seus níveis de atenção.
Foi exatamente isto que aconteceu no dia 8 de
setembro, quando foram divulgados os resultados do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica Ideb2015 que varia de 0 a 10 e leva em conta o rendimento
escolar dos alunos (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e as médias de
desempenho na Prova Brasil.
Naquele dia foram apresentados os estarrecedores
resultados da péssima qualidade do ensino, que os jovens brasileiros estão
recebendo.
A vergonhosa informação de que dentre as 26 capitais
brasileiras, 16 não atingiram as metas estabelecidas, não mexeu com a
população. Mais deprimente ainda constatar que o problema não foi
resultado de falta de recursos, que seriam justificativas para as regiões
brasileiras com maiores desafios de fragilidade social.
Como explicar que no Estado da Federação, com maior
poderio econômico, a cidade de São Paulo, como também no Estado da Cidade
Maravilhosa, as metas para a qualidade do ensino básico não foram atingidas?
E, quando se pensa em metas, mais frustrante ainda
constatar que nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, as médias alcançadas
estavam abaixo da nota 5 (São Paulo e Rio de Janeiro com a média de
4,3). Vivemos nestes últimos meses recebendo um bombardeio, de informações
na imprensa, quanto aos péssimos índices do PIB e da inflação.
Repetidos programas jornalísticos arregimentam
especialistas para debater a crise econômica nacional.
Todos os dias gráficos e mais gráficos são
apresentados, nas TVs, nos jornais e nas revistas, conclamando a população para
que nos unamos na busca de recuperar os índices econômicos.
Quanto aos vergonhosos índices do IDEB, bastaram
poucas informações no próprio dia de suas divulgações e alguns reduzidos
comentários posteriores, como se estivessem simplesmente ocupando os espaços,
pela perda das pautas políticas.
Se o nível de qualidade de ensino no país é uma
vergonha, como diria um jornalista, o que dizer então da qualificação
profissional.
Quando os reduzidos valores são aplicados, terminam
gerando programas fracassados de treinamentos, com siglas pomposas, porém, sem
efetividade objetiva para atender às reais necessidades do país, para aumento
de qualidade e de produtividade.
No ambiente portuário esta irresponsabilidade, quanto
aos treinamentos e capacitações, por parte do poder público, também se faz
presente.
Muito embora sejam arrecadados valores pelas empresas
portuárias, para um Fundo Público, destinado aos treinamentos e qualificações
de trabalhadores portuários, tais recursos não são aplicados, pois permanecem
contingenciados, para se buscar o equilíbrio fiscal. Isto é apropriação
indébita. Isto, além de um crime contra os trabalhadores, é um crime contra o
país.
Triste um país que não se indigna contra os
vergonhosos níveis de ensino. Triste um país que recebe recursos para
treinamentos e qualificações de trabalhadores e os utiliza para outro fim.
Deveríamos sair às ruas para protestar contra estes crimes, que têm sido
cometidos contra o futuro de nossos jovens, e contra a competitividade dos trabalhadores
de nossos portos. Sem qualidade no ensino comprometemos gerações futuras. Sem
qualificação profissional comprometemos a competitividade do país e os
quantitativos de empregos. Vamos defender a educação e a qualificação.
Fonte: Jornal da Orla / Sérgio Aquino
E uma verdade triste e o país que de jeitinho desrespeita seu trabalhador portuário ou
dando este título a todos os funcionário
dos operadores portuários , funcionários
da autoridade portuária e Ogmos .
Os espaços para formação
.
Prepom Portuário,Cursos correlatos,Programa de desenvolvimento Portuário,
Gestão Portuária , MBAs em Portos e as empresas de treinamento credenciadas pela
marinha .
“A capacitação profissional do trabalhador portuário é
um processo dinâmico que precisa ser continuamente revisado, devido às
exigências crescentes do mercado de trabalho. Ciente dessa necessidade, todos
os currículos são revisados ou atualizados periodicamente, assim como os
manuais dos cursos e neste ano foram criados quatro novos cursos para atender a
demanda de nossos clientes, os portuários”, Chefe do Departamento de Ensino de Portuários em 2010
Na realidade ha
participação da formação e qualificação a exemplo dos cursos do Programa de
desenvolvimento portuário da Organização Internacional do Trabalho OIT , onde
a maioria dos participantes são profissionais liberais uma minoria são
trabalhadores portuários dos quadros dos Ogmos,mesmo o Programa
de Desenvolvimento Portuário PDP, explicar e salientar em seu
material que os cursos são voltados
para o desenvolvimento da mão de obra portuária dos Portos para
prestação de serviços aos Tecons , especializando os processos de
produção e das MBAs em portos , onde ocorre semelhante problema mas conta ainda
com a presença dos funcionários dos armadores ,Ogmo e Marinha do Brasil novamente
tornando os trabalhadores portuários uma minoria .
Voltando
A sim claro não
devemos esquecer que das 50 melhores
escolas da IDEB para o 5 ano 46 se encontram no Estado do Ceará em 19 municípios,
resultado de uma lei estadual de 2009 ,
que o rateio do ICMS passou a ser definido de acordo com a avaliação educacional
.
E SANTOS no
Ideb em 2015 nos anos iniciais da rede
pública atingiu a meta, cresceu e alcançou 6,0.
O foco deve ser manter a situação para garantir mais alunos aprendendo e com um
fluxo escolar adequado.
No quesito formação,qualificação , requalificação e
treinamento constante no trabalho portuário
o que falta ?
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