Marco para Ação em
Educação Interprofissional
e Prática Colaborativa
O caso para educação
interprofissional e prática
colaborativa para a saúde mundial
O Marco para Ação em Educação
Interprofissional e Prática Colaborativa reconhece
que muitos sistemas de saúde no mundo estão
fragmentados e com dificuldades para gerenciar
as necessidades de saúde não atendidas. A força
de trabalho de saúde atual e futura é desafiada
a prestar serviços de saúde frente a problemas
de saúde cada vez mais complexos.
Evidências
mostram que, conforme esses profissionais de
saúde percorrem o sistema, oportunidades para
eles adquirirem experiência interpofissional os
ajudam a aprender as habilidades necessárias
para se tornarem parte da força de trabalho de
saúde colaborativa preparada para a prática.
Uma força de trabalho colaborativa preparada
para a prática é uma maneira específica de
descrever os profissionais de saúde que tenham
recebido treinamento eficaz sobre educação
interprofissional.
A educação interprofissional
ocorre quando estudantes de duas ou mais
profissões aprendem sobre os outros, com
os outros e entre si para possibilitar a efetiva
colaboração e melhorar os resultados na
saúde. Ao entender como trabalhar de forma
interprofissional, os estudantes estão prontos
para entrar no local de
trabalho como membro
da equipe de prática
colaborativa.
Trata-se de
um passo fundamental
na transição de sistemas
de saúde fragmentados
para uma posição mais
fortalecida. As equipes
de assistência de
saúde interprofissional
compreendem como
otimizar as habilidades
de seus membros,
compartilhar o
gerenciamento de casos e
prestar serviços de saúde
de melhor qualidade a
pacientes e à comunidade.
Os sistemas de saúde fortalecidos levam à melhores resultados na
saúde.
Os avanços com a saúde integrada
e políticas de educação
Os sistemas de saúde e educação devem
trabalhar em conjunto para coordenar as
estratégias para a força de trabalho de saúde. Se
o planejamento da força de trabalho de saúde
e a elaboração de políticas estão integrados,
a educação interprofissional e a prática
colaborativa podem ser plenamente sustentadas.
Diversos mecanismos determinam como
a educação interprofissional é desenvolvida
e oferecida. Neste Marco exemplos de alguns
desses mecanismos foram divididos em dois
temas:
mecanismos do educador (exemplo:
capacitação dos profissionais acadêmicos,
líderes, apoio institucional, compromisso
gerencial, resultados de aprendizado) e
mecanismos curriculares (exemplo: logística
e cronograma, conteúdo programático,
presença obrigatória, objetivos compartilhados,
princípios de aprendizado para adultos,
aprendizado contextual, avaliação).
Ao
considerar esses mecanismos no contexto local,
os formuladores de políticas podem determinar
quais ações associadas levariam à educação
interprofissional mais forte em
suas jurisdições
.
Da mesma forma, existem
mecanismos que determinam
como a prática colaborativa
é implementada e executada.
Exemplos desses mecanismos
foram divididos em três temas:
mecanismos de apoio institucional
(exemplo: modelos de governança,
protocolos estruturados, recursos
operacionais compartilhados,
políticas de pessoal, práticas
gerenciais de apoio); mecanismos
de cultura de trabalho (exemplo:
estratégias de comunicação,
políticas para resolução de
conflitos, processos para tomada
de decisões compartilhada)
e mecanismos de ambiente
(exemplo: ambiente construído,instalações, projeto do espaço).
Assim que a
força de trabalho de saúde preparada para a
prática colaborativa estiver implementada, esses
mecanismos os auxiliarão a determinar as ações
que poderão ser tomadas para apoiar a prática
colaborativa.
Os sistemas de educação e saúde também
apresentam mecanismos através dos quais os
serviços de saúde são prestados e os pacientes
protegidos. Este Marco identifica exemplos de
mecanismos de prestação de serviços de saúde
(exemplo: planejamento de capital, modelos de
remuneração, financiamento, comissionamento,
fluxos de subsídios) e mecanismos de segurança
do paciente (exemplo: gerenciamento de
riscos, acreditação, regulamentação, registro
profissional).
Chamada para a ação
É importante que os formuladores de políticas
analisem este Marco do ponto de vista global.
Cada sistema de saúde é diferente e deverão
ser implementadas novas políticas e estratégias
que sejam adequadas e abordem os desafios
e necessidades locais. Este Marco não tem o
propósito de ser prescritivo nem de fornecer uma
lista de recomendações ou ações necessárias.
Tem como objetivo apresentar aos formuladores
de políticas ideias sobre como contextualizar
o sistema de saúde existente, se comprometer
em implementar os princípios da educação
interprofissional e da prática colaborativa, e
de promover os benefícios da colaboração
interprofissional com seus parceiros regionais,
educadores e profissionais de saúde.
A educação interprofissional e a prática
colaborativa podem desempenhar um papel
importante na redução de muitos desafios
enfrentados pelos sistemas de saúde no
mundo. Os itens para a ação identificados
neste Marco podem ajudar as localidades e
regiões a avançarem em direção a sistemas
de saúde fortalecidos e, por fim, à melhoria
de resultados na saúde. Este Marco é uma
chamada para a ação dos formuladores
de políticas, responsáveis pelas decisões,
educadores, profissionais de saúde, líderes
comunitários e defensores mundiais da
saúde, para que tomem atitudes e caminhem
em direção à incorporação da educação
interprofissional e prática colaborativa em
todos os serviços que prestarem.
O programa da
faculdade de
desenvolvimento
da educação
interprofissional foi uma
experiência enriquecedora
(mente e alma) para
que eu interagisse com
outros profissionais de
várias áreas da saúde...
uma oportunidade de
troca com pessoas com a
mente parecida em outras
profissões que valorizam a
educação interprofissional
e são comprometidas
em implementá-la.
– Educador
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