Percurso metodológico
A pesquisa realizada foi de caráter exploratório, com metodologia
qualitativa que, de acordo com Triviños (1987, p. 109), “permite ao
investigador aumentar sua experiência em torno de determinado
problema”.
A amostra teve âmbito nacional, visando corresponder ao que
determinam os objetivos da pesquisa. Teve, como limite, estudar os
programas em Ensino na Saúde existentes e reconhecidos pela Capes até
o ano de 2013. Esse recorte possibilitou a identificação de 13 programas
de MPES existentes no país
NOME DO PROGRAMA INSTITUIÇÃO
Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde Unifesp
Mestrado Profissional em Ensino na Saúde Ufal
Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde UNIR (Rondônia)
Mestrado Profissional em Ensino na Saúde UFG
Mestrado Profissional Ensino em Saúde Famema-SP
Mestrado Profissional em Educação nas Profissões da Saúde PUC-SP (Sorocaba)
Educação para o Ensino na Área de Saúde FPS – PE
Mestrado Profissional em Ensino na Saúde UFRGS
Mestrado Profissional em Ensino na Saúde UFVJM (MG)
Ensino na Saúde: Formação docente interdisciplinar para o SUS UFF
Mestrado Profissional Ensino e Saúde na Amazônia Uepa
Mestrado Profissional em Ensino na Saúde Uece
Mestrado Profissional em Ensino na Saúde UFRN
Neste estudo, entende-se como essência de um MPES o
programa que tem como objetivo tomar a prática docente do mestrando
como ponto de partida para empreender mudanças no cotidiano do
ensinar e aprender no âmbito dos serviços de saúde e das IES, em um
movimento de ação-reflexão-ação.
Para a coleta de dados, optou-se por dois instrumentos: análise
documental e realização de entrevistas semi estruturadas com os
coordenadores dos programas que estavam em funcionamento há pelo
menos um ano, para aprofundar o conhecimento sobre as experiências
desafiadoras dessa modalidade de pós-graduação.
Como primeiro momento, foi realizado o estudo documental
dos dados dos programas na página da Capes e identificados os cursos
de pós-graduação voltados para o Ensino na Saúde, na modalidade
MP, reconhecidos e recomendados por essa coordenação, ou seja,
aqueles que obtiveram nota igual ou superior a 3 na última avaliação
e que, portanto, atendiam aos requisitos básicos de qualidade e,
consequentemente, tinham permissão para a emissão de diplomas de mestrado com validade nacional.
Em seguida, foi realizado um
estudo exploratório e investigativo da realidade, visando a uma “maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a
construir hipóteses” (GIL, 2002, p. 41). Dessa forma, a pesquisa de campo
pôde contribuir para a concretização dos objetivos propostos.
O roteiro de entrevista semiestruturada foi elaborado a partir dos
seguintes núcleos direcionadores:
desafios, nós críticos e mecanismos
de sustentabilidade dos programas.
Uma carta-convite, contendo
informações, esclarecimentos, relevância e objetivos do estudo, foi
enviada por meio dos endereços eletrônicos aos sujeitos da pesquisa,
juntamente com o link de acesso ao Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE).
Foram contatados 11 coordenadores dos 13 programas de MP
em funcionamento.
Destes, nove aceitaram participar, respondendo ao
roteiro de entrevista, que foi encaminhado para armazenamento dos
dados no GoogleDocs. Esse número não implicou limitações aos objetivos
propostos na pesquisa.
Como procedimentos de análise de dados, foi realizada análise
temática, uma das técnicas de análise de conteúdo. Inicialmente,
trabalhou-se na organização dos documentos selecionados e na
transcrição das entrevistas. Em seguida, foi realizada a leitura flutuante
e a identificação do material de análise, constituindo assim o corpus da
pesquisa.
Por fim, foram identificadas as unidades de registro e de
contexto para a formulação das categorias de análise e a interpretação
dos núcleos de significação encontrados (MINAYO, 2006).
O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Plataforma Brasil e
aprovado com o Parecer nº 428.955. Todos os participantes assinaram
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. E, para preservar o sigilo
dos entrevistados, eles foram nomeados por ordem sequencial de E1 a
E9.
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