15 de jan. de 2018

O diamante Empresarial Portuário

O dossier do trabalho portuário tem sido desde há década de 80 ,parte da agenda empresarial do setor, mas durante anos havia pouco a relatar sobre esse  movimento empresarial  mas com o saída  do regime militar, o destino  elege , Tancredo que  morre antes mesmo da posse e assume seu vice, José Sarney . 

Para os trabalhadores dos portos,  incertezas pois as  federações   Portuárias haviam entregue, em 12/84, um documento ao então candidato Tancredo Neves, com reivindicações ,entre elas, o temor  da ameaça da criação  das empresas estivadoras.
O que fez os trabalhadores portuários recorreram ao   Supremo Tribunal Federal para confirmar a exclusividade dos trabalhadores avulsos, que  por unanimidade, o STF decidira pela constitucionalidade da lei estadual nº 3.767, de 83, que estabelecia a prioridade dos avulsos nas contratações dos serviços do porto em 1986.

A partir de 87, a Assembléia Nacional Constituinte torna-se o novo cenário da  luta portuária . Uma oportunidade de assegurar e reforçar direitos conquistados a duras penas e  mostrar ao políticos ,empresários e acionistas financeiros   que não eramos um obstáculo ao ideal de modernização.
Os empregadores sempre sonharam com  um trabalho portuário flexível (salario minimo) .
Todas as categorias portuárias têm longas histórias de lutas pelo estabelecimento das relações de trabalho, hoje tão contestadas.Essas relações foram estabelecidas na prática de um trabalho , cujo conhecimento era transmitido oralmente. No dia-a-dia do cais aprendia-se a melhor estivagem, a mais rápida operação, a mais adequada maneira de movimentar cada tipo de mercadoria, estabelecida senão em decorrência da própria atividade dos trabalhadores portuários .E não foi diferente com a entrada em operação do Tecom Santos ou dos navios Rollon Rollof , que geram muitas brigas com a policia , pois em nenhum lugar do mundo empresario retira a graveta e vem na pratica labutar .
Até mesmo o modo de gerenciar a mão-de-obra , num longo caminho do guindaste ,do grabe, das correiras transportadoras ao conteiner.
Na questão qualidade da mão de obra a  Marinha do Brasil por meio do Departamento de Portos e Costas DPC com norma do ensino profissional portuário  prepom portuário  estando a frente na formação e na qualificação da evolução mecânica das operações portuárias 
Voltando a tabelinha  politico,empresario e acionista financeiro. 
Em 1989 o Neo Liberal Fernando Collor vence as eleições caçando os marajás do judiciário, reclamando das carroças e   abrindo os portos em fevereiro de 1991 envia a camará federal o   projeto de lei Pl8 projeto que ficou conhecido como lei de modernização dos portos .



 Embora contrariando os trabalhadores e as cidades portuarias, a lei de modernização dos portos acabou sendo aprovada. Com um diamante bruto a área fora do porto organizado . 
Como uma  lei  considerada de fundamental importância para a nação, cria dois mundos num mesmo território .
Com a promessa de redução de custos e que esse dinheiro que sobraria seria investido em novos empregos nas áreas exportadoras e importadoras no restante do pais.
Os anos passaram  mais a unica coisa  de fato que foi posta em pratica foi a redução de custo principalmente da massa salarial portuária brasileira .
Retiraram a exclusividade da Marinha do Brasil  da responsabilidade pela formação treinamento e requalificação da mão de obra portuária , nomeando empresas particulares de treinamento , colocando em pratica a politica mais hostil ao campo de trabalho a  formação de mão de obra reserva , com um novo perfil vem  também a idéia da desmontagem da representação sindical. O estado agindo como agente   desagregador e desorganizador dos trabalhadores Portuários .
Para alguns o sonho empresarial e o retorno a década de 10 do seculo passado com uma grande roupagem de marketing automatizado .

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